Arquivo do mês: março 2009

Minha experiência com remédios para emagrecer

balancaJá tive minha época de negar a  própria condição física e querer fazer loucuras para emagrecer. Sempre que perdemos o “eixo”, ao invés de encontrarmos amigos dispostos a alavancar nossa auto-estima, encontramos amigos da onça prontos para nos ajudar a afundar, cada vez mais.

Foi isso o que aconteceu comigo, há pouco tempo atrás. Após sair de um relacionamento conturbado, em que meu namorado tinha pavor de minhas gordurinhas extras, resolvi apelar para as anfetaminas tentando emagrecer.

Procurei um amigo, dono de uma farmácia e, sem prescrição médica, ele formulou um composto emagrecedor com diuréticos, anfepramona e prozac. Tomava 70mg diária de anfepramona por dia, enquanto o máximo permitido é 20mg.

Sentia terríveis dores de cabeça, fiquei desidratada… Vivia drogada. Emagreci muito rápido em pouco tempo. Certamente você está pensando: “que maravilha emagrecer tão rápido”, não é mesmo? Eu também pensava assim. Mas quando você para de tomar anfetaminas, passa a engordar tudo de novo, muito mais rápido do que o tempo que levou para emagrecer.

Quando comecei a tomar anfetaminas, já sabia disso. Estava plenamente ciente que assim que deixasse de me drogar, emagreceria. Mesmo assim,achei tentadora a idéia de ficar magérrima por alguns dias. Como de costume, sempre tenho uma frase filosófica de meia-tigela na ponta da língua, e dizia: “quero sentir o prazer de ser magra, mesmo que seja só por uma semana”.

E nesta novela da vida real, de querer emagrecer em tempo Record, acabei tendo um colapso. Certa vez, tomei as anfetaminas e, depois, tomei duas doses de caipirinha. Passei mal, muito mal mesmo. Achei que iria morrer. Tive taquicardia, vômitos, diarréia e quase desmaiei. Certamente você vai achar que isso só aconteceu porque eu misturei álcool com anfetaminas, mas não foi. Por outras inúmeras vezes me senti mal, com uma sensação terrível de estar morrendo.

Mesmo sem tomar anfetaminas há quase um ano, ainda sinto alguns efeitos maléficos em meu organismo, como gastrite, diarréias e fortes tremores nas mãos.

Ah, e estou quatro quilos mais gorda do que antes de começar a tomar as anfetaminas.

93 Comentários

Arquivado em Saúde

Agência de Modelos Plus Size

1.140 Comentários

Arquivado em Modelo GG

Diga não aos apelidos!

boteroGorda, gordinha, gordona, gorducha, fofinha, fofucha, fofolete, fofona, fofão, porpeta, bolota, bolinha, bolão, balão, hipopótamo, elefante, elefantinho, mamute, mamutinho, dinossauro, barriguda, barrigudinha, barrigudona, pancinha, pançuda, pançona, orca, jubarte, baleia, leão marinho, rolha de poço, pneu de caminhão, colchão amarrado, monte de banha, toucinho, pururuca, pururuquinha, barril…

Existem milhares de apelidos ofensivos, desde o aparentemente inofensivo gordinha até os mais agressivos como rolha de poço. Acredite, você não merece e não deve ser chamada por nenhum deles.

Alguns apelidos, no diminutivo, como gordinha e fofinha, escondem por meio de uma falsa delicadeza a verdadeira natureza ofensiva da palavra. Você tem nome e, acredito eu, deve ser sonoramente muito mais agradável do que qualquer apelido que faça referência ao seu peso.

O apresentador de TV Jô Soares, freqüentemente, defende o uso da palavra “gordo” ou “gorda” para definir uma pessoa acima do peso. Segundo ele, não existe gordinho ou gordinha e sim gordo ou gorda. Entretanto, embora o apresentador goste de ser chamado de “O Gordo” e utilize expressões como “um beijo do gordo”, para se despedir da platéia, a palavra em questão é sim extremamente ofensiva.

Segundo o Larousse Cultural, a palavra “gordo” origina-se do latim “gordus”, que quer dizer grosseiro e estúpido. Portanto, nem toda pessoa acima do peso é grosseira ou estúpida o que torna essa palavra completamente pejorativa, ofensiva e dispensável.

Quer ver só? Se alguém pergunta: “quem é a Renata”. Antes de dizer: “é aquela gorda ali”, pode dizer: “é aquela moça de azul”, ou “é aquela moça à esquerda”, ou “é aquela moça sorrindo”. Percebeu?

 

Marido que xinga não merece seu respeito

Se o seu companheiro te chama de alguma forma pejorativa ou faz piadas sobre o seu peso, você pode acabar com isso. Afinal, os homens são meninos grandes. E como todo menino, eles gostam de substituir os nomes das pessoas por apelidinhos.

Caso este seja o caso do seu marido, deixe claro que você não gosta de receber apelidos. Deixe claro o quanto te magoa ser chamada dessa forma.

Quer um exemplo?

“Amor, não gosto quando você me chama assim. Acho o meu nome tão bonito, porque você não me chama por ele. E quando a gente estiver em casa, sozinhos, você pode me chamar de gostosa*”

*Fale como gostaria de ser chamada

Caso ele continue insistindo nos apelidinhos indesejáveis, parta para o ataque. Às vezes, uma provocaçãozinha consegue deixar claro o quanto é triste ser ridicularizado. Por exemplo, quando ele te chamar de gorda ou por qualquer outro apelido ofensivo fale, com muita calma e com ares de superioridade:

“Realmente sou gorda. Mas posso emagrecer. E você? Será que pode voltar a ser um homem educado?”

Ou então, você pode ser um pouco mais agressiva:

“Realmente sou gorda. Mas posso emagrecer e ficar linda. E você que é feio mesmo sendo magro?”

Se depois de todas essas reações contra os apelidos indesejáveis, seu marido insistir em chamá-la assim, tome uma atitude séria! Isso, mais do que uma falta de sensibilidade, é falta de respeito. E ninguém merece ter ao lado, dividindo todos os momentos da vida, uma pessoa que a ofende, como se você uma adversária e não uma companheira.

 

39 Comentários

Arquivado em Relacionamento

O tal do Xenical

xenical12Alguns jornalistas se consideram os seres mais inteligentes do universo. Comigo não poderia ser diferente. Só que quando o assunto é se automedicar para emagrecer, demonstro, na verdade, toda a minha burrice.

Certa vez, uma amiga também acima do peso me convidou para jantar. Fomos ao paraíso das gordinhas esfomeadas, o Mc Donald´s. Chegando lá, sem cerimônia, ela fez seu grandioso pedido que mataria a fome de um time inteiro de basquete: quarteirão, mc duplo, suco, bata-frita grande, nuggets com doze unidades, molho barbecue e torta de banana como sobremesa.

Achei admirável, porque toda mulher obesa quando vai jantar com uma amiga um pouco mais magra, acaba passando fome só pra não perder a pose. Minha amiga fez justamente o contrário. Fiquei me indagando o motivo de toda aquela falta de culpa por comer tanto. Não resisti:

– Você não fica com a consciência pesada de comer assim? –falei. Não pensa no tanto que vai engordar?

Ela sorriu meio de lado e, já na mesa, abriu a bolsa retirando dois comprimidinhos.

-Olha, Renata, vou te dar este comprimido… O elixir dos Deuses! Você come o quanto quiser, toma o remédio e elimina 30% da gordura que ingeriu. – disse com ares de doutora sabe-tudo.

Confiei na minha amiga, comi feito uma porca e, depois, tomei o comprimidinho milagroso. Tudo bem, ela disse a verdade. Xenical, o comprimido, elimina cerca de 30% da gordura ingerida. O único probleminha é que ela não havia mencionado as formas de eliminação dessa gordura.

Durante quase uma semana, e com apenas um único comprimido ingerido, eliminava gordura juntamente com as fezes. Imagine a macarronada com almôndegas que a sua Nona cozinha aos domingos. Se você prestar atenção, notará que, sobre o molho de tomate, sempre forma aquela gordura alaranjada. Imaginou? É justamente uma gordura como essa que fica boiando na privada depois que você faz coco. Desculpe-me os termos chulos. E não ria da minha desgraça, pois o pior nessa história toda ainda está por vir.

Além de eliminar a gordura pelas fezes, o Xenical também é eliminado por meio de gases. Isso mesmo, gases. Só que eu só fui descobrir isso da maneira mais triste.

Depois de alguns puns leves, inodoros e inaudíveis, jamais poderia imaginar as marcas destrutivas em minha peça de roupa íntima. Tamanha foi minha surpresa quando notei uma mancha laranja em minha calcinha.

Você deve estar pensando: “que nojo”. É mais ou menos isso o que eu senti. Juntamente com essas manifestações semi-fantasmagóricas e gordurentas em minhas calcinhas, fiquei filosofando sobre o quanto tudo isso poderia ter sido muito pior.

Veja só, tomei apenas um comprimido de Xenical e passei a semana inteira eliminando gordura por meio de fezes e gases. Aquela gordura, por outro lado, representava apenas 30% da gordura que eu ingeri no Mc Donald´s. Resumindo, onde estariam os outros 70% da gordura ingerida naquela refeição e os outros 100% ingeridas nas outras refeições? Certamente, corroendo minhas coronárias e entupindo todas as minhas veias.

Essa experiência serviu para perceber o tanto que absorvemos de gordura em uma refeição. Eu posso até não me importar de estar acima do peso, mas não quero pertencer à estatísticas de mulheres que morreram jovens vítimas de trombose, infarto, ou outras doenças associadas ao colesterol.

Por outro lado, não indico o uso indiscriminado de remédios como o Xenical. Remédios controlados devem ser comprados com prescrição médica. Esse tipo de remédio deve ser excelente para mulheres com alto índice de colesterol, mas que se propõem a consumir uma dieta balanceada.

O que minha amiga faz é justamente o contrário. Ela toma o remédio só pra poder aumentar a quantidade de gordura que ela ingere. Só que ela não percebe que o Xenical não consegue eliminar toda a gordura do organismo. Portanto, mesmo tomando o remédio, ela aumenta os níveis de colesterol. Isso nada mais é do que uma auto-sabotagem.

Depois daquela experiência, nunca mais tomei Xenical. Mas passei a comer um Mc por mês, ao invés dos meus Mcs semanais.

 

Por Renata Poskus Vaz

247 Comentários

Arquivado em Saúde

O que você quer ver no Mulherão?

12 Comentários

Arquivado em Enquetes