Arquivo do mês: abril 2009

Keila Silveira comprova que as gordinhas arrasam na dança do ventre. Basta querer!

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Não é fácil sair do sedentarismo e permitir se entregar à uma nova arte e a um novo estilo de vida. Para quem tem mais de 100 Kg, se imaginar com uma roupa de dançarina do ventre, se apresentando com charme, sensualidade e elegância, pode ser difícil de se concretizar, um sonho distante. Para Keila Silveira, 28 anos, 1,70m e atualmente 85 Kg, isso é realidade. Há quase três anos ela pratica a dança, quebrou tabus, venceu a depressão, perdeu 15 Kg, e deixou o queixo de muita magrinha caído no chão com sua técnica apurada e movimentos graciosos.

Ela ainda não se considera profissional, faz curso com Lulu Sabogi, que considera uma das melhores professoras de dança do ventre do Brasil, mas já dá aulas e coreografa para grupos em Campo Grande, sua cidade. Keila também é graduada em letras, cursa psicologia e faz pós graduação em gestão de pessoas.

Quer saber mais? Então confira a entrevista abaixo. Quem sabe você não se anima e começa a dançar também?

 

Mulherão – Como surgiu a vontade de fazer dança do ventre?

Keila – Sempre me interessei pela dança, mas os horários e a situação financeira não me permitiam. Um dia uma amiga me convidou, disse que queria companhia. O convite tinha outros motivos: eu pesava quase 100 Kg, havia acabado de sair de um relacionamento de quase 4 anos, tomava anti-depressivos que detonavam minha libido, não queria mais sair de casa, não sentia prazer em nada, só queria mesmo era chorar, dormir e comer.

 

Mulherão – Como foram as primeiras aulas?

Keila – Eu me sentia ridícula e que todos iam ficar rindo da minha cara. Mesmo com a vontade de fazer a dança, ficava incomodada com o espelho da sala de aula, ia de calça e camiseta. Não houve milagre. Foi só com o passar do tempo que passei a me ver diferente, a me admirar, e foi aí que o mundo mudou para mim.


Mulherão – Ser gordinha atrapalha ou ajuda na hora de dançar?

Keila – Já vi pessoas comentarem que as gordinhas são mais lentas, desajeitadas, não têm fôlego para dançar muito tempo e que sofrem dos joelhos. Qualquer pessoa de vida sedentária tem essa dificuldade no começo, gorda ou magra. Sinceramente, o que mais atrapalha é a nossa mente, sejamos gordas ou magras. Se você se empenha, gosta do que faz, algo bom tem de sair daí, nós é que estragamos quando não nos consideramos capazes. Ser gordinha me atrapalhava quando eu me sentia feia, achava que iriam rir da minha dança e tantas outras neuras que eu tinha. Só que ser gordinha deixa alguns movimentos muito mais graciosos, coisas que as muito magras sofrem para fazer aparecer.

 

Mulherão – Culturalmente, as dançarinas do ventre do oriente são mais gordinhas ou magras?

Keila – Tradicionalmente, os árabes valorizam as mulheres “avantajadas”, é uma questão cultural: sinal de saúde, nobreza e que ela seria uma ótima mãe. Uma das bailarinas mais famosas, Fifi Abdo, tem um corpo lindo, mas não está dentro dos padrões ocidentais e esses, infelizmente, têm influenciado no corpo das bailarinas do mundo todo. Hoje, comercialmente falando, há muito preconceito com as gordinhas. Não importa se arrasam, o que importa é que é gorda. Se é magra, pode ser uma dançarina ruim, mas é magra.

 


Mulherão – Você já sentiu preconceito por ser gordinha ao se apresentar?

Keila – Várias vezes, como quando estou entrando e algumas pessoas fazem aquela cara de “o que essa gorda pensa que vai fazer?”. Aliás, adoro desfazer essas caras quando mostro o que sei fazer. Quando comecei, não havia outras gordinhas no studio onde faço, elas foram chegando depois e muitas vinham me elogiar, dizendo que se animaram ao me ver, que não se sentiam bem, afinal, é difícil você ficar num lugar onde não se identifica com ninguém. Ouvi coisas desagradáveis, mas não desisti. Hoje, pouquíssimas vezes sinto algum preconceito, mas aprendi que os outros eu não posso ir lá e mudar, se eu tentar fazer isso, sempre vou me frustrar. Mas se eu mudo a mim, se deixo de fazer me sentindo feia e me entregando de alma e coração, tudo flui, e posso não mudar o mundo, mas se isso influenciar uma ou outra cabecinha vazia e fizer uma gordinha sequer se sentir linda e sensual, já fico feliz.

 

Mulherão – Que conselho você daria ás meninas que desejam se iniciar na dança do ventre?

Keila- Dance. Se você sente vergonha ou medo, saiba que o que determina o nosso modo de agir não é a realidade existente, mas aquilo em que cremos e que, para nós, é a verdade. Se sempre pensar “sou gorda, isto não é para mim”, então não vai ser mesmo, não pelos outros, mas porque você acredita nisso. Permita-se viver essa experiência, imagine-se fazendo, é a nossa imaginação que controla o mundo.

 

Assista a apresentação de Keila:

 

 

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Renata Poskus Vaz, autora do Mulherão, participa de programa de TV online

Olá meninas e admiradores de gordinhas. Confira parte da minha participação no programa 8a. ARTE da Tv Orkut. O programa, apresentado por Lu Oliva, teve duração de 50 minutos. Dividi a cena com Mariana Makarausky, dançarina tribal.

Falei um pouco sobre o Mulherão e meu outro blog, o Sociedade Secreta do Feromonio.

Um abraço,

Renata

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Andrea Boschin fala sobre a sua trajetória como modelo plus size

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No Brasil, há alguns exemplos de modelos que desafiam a ditadura da magreza, vestem manequins acima do tamanho 44 e realizam diversos trabalhos para grifes de roupas GG.

Andrea Boschin, 31 anos, é formada em terapia ocupacional, mas ajuda a administrar a empresa da família. Desde 2003, aos 25 anos, iniciou a carreira de modelo e hoje é uma das mais requisitadas profissionais da área de sua geração. Ela foi eleita a gordinha mais sexy do Brasil, pela Rede Record e ganhou a Batalha de Modelos da MTV. Com muita simpatia, 1,70m, 95 Kg e usando manequim 48, ela tem outras características especiais que colaboraram com a sua consagração no meio profissional, como a responsabilidade e o comprometimento com tudo o que se propõe a fazer.

Confira a experiência da Andrea no mundo da moda.

 

Mulherão – Como começou a sua carreira?

Andrea- Uma amiga minha que era modelo do CriaturaGG me inscreveu para um concurso que elegeria a WEBGGGIRL ou seja, uma miss virtual. Venci a competição e fui capa da edição seguinte do site. Depois disso a minha carreira deslanchou.

 

Mulherão – Você já teve problema de auto-estima por estar acima do peso?

Andrea – Todas as pessoas por mais belas, saudáveis ou ricas que sejam, têm dias de baixa auto-estima. Eu não sou diferente! Há dias em que acordo, olho no espelho e me acho linda. Em outros dias me acho um trapinho. Mas na maior parte do meu tempo, me acho uma pessoa bacana, simpática, inteligente e isso me basta.


Mulherão – Qual a sua dica para quem deseja se tornar uma modelo plus size?

Andrea – Beleza é importante, mas não é fundamental. É preciso muito mais do que um rosto bonito. É necessário ter um rosto bonito, ter um corpo proporcional, ter carisma e ser fotogênica. O mercado de moda tamanho GG está crescendo e tendo paciência dá pra trabalhar sim.

 

Mulherão – Dá para sobreviver só com o cachê?

Andrea – Não dá para viver apenas como modelo porque as faixas de cachê são bem diferentes das modelos magrinhas.

 

Mulherão – Há muita inveja no mercado de modelos de tamanhos grandes?

Andrea – Infelizmente a inveja existe e esse sentimento move algumas pessoas. Tenho muita fé, acredito em Deus e antes de fazer qualquer coisa peço proteção a Ele. Não sei o porquê de algumas pessoas insistirem em competir agressivamente uma com as outras. Estamos num mercado privilegiado, em expansão e que abre oportunidades para várias meninas. Não há porque ser desleal!

 

Mulherão – Você auxilia outras modelos?

Andrea – Eu sempre indico meninas para dividir trabalhos comigo. Quanto mais gordinhas bonitas no mercado, melhor para as marcas que conseguem divulgar bem as roupas. Conseqüentemente, os clientes se identificam, percebem que dá para se vestir bem, compram mais e surgem novas oportunidades.

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 Com Marcio Garcia, no programa O Melhor do Brasil, da Rede Record.

 

 

 

 

 

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Peças únicas que te deixam linda de morrer

Imagine aquela festa de aniversário tão esperada. Você se prepara, gasta horas no cabeleireiro e na manicure. Para vestir, um modelito adquirido em uma loja de tamanhos especiais no shopping center. Resultado? Você dá de cara na festa com alguém vestindo a mesma roupa que você. Para evitar essa situação, tenho duas sugestões que vão te deixar linda de morrer e com um visual diferente de todas as outras mulheres.

Vestidos especiais da Casaco Amarelo

A confecção quase artesanal de saias, vestidos e casacos, garante um ar retrô a todas as peças das coleções da Casaco Amarelo. Roupa perfeita para quem curte o visual Pin-up. Todas os modelos são desenvolvidas em algodão. De acordo com Marichilene Artisevskis, modelista da Casaco Amarelo, mulheres acima do peso jamais deveriam usar vestidos de malha, que marcam exageradamente a silhueta. Embora a confecção trabalhe até o manequim 44, aceita encomendas especiais, principalmente de vestidos para festas. Um vestidinho de algodão sai em média por R$180,00. Mas certamente suas chances de encontrar alguém com uma peça semelhante por ai são mínimas.

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http://casacoamarelo.blog.com

Sofisticação com os Corsets da Madame Sher

Aperta daqui, espreme dali. Não há nenhuma peça de vestuário tão glamorosa e capaz de conferir uma cinturinha de pilão a qualquer mulher quanto os corsets. Peça chave para uma superprodução, são produzidos sob medida por diversas modelistas, mas a melhor delas, sem dúvida, é a Madame Sher. Para comprar uma peça é muito fácil. No site há uma infinidade de modelos como sugestão. Basta escolher o seu. Os preços também estão disponíveis no site. Prepare o bolso. Um modelo pode custar até R$1000,00.

madame-sher

http://www.madamesher.com

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