Protesto II

Por Eduardo Soares

Pela primeira vez neste espaço pegarei o bonde andando. Longe de mim querer comparar o estilo/padrão irretocável Keka Demétrio de escrever com o estilo rascunho-no-papel-de- pão- do Eduardo, mas nessa onda de protestos iniciado pela mineira deixarei o meu também.

Ferrucci. Nunca ouvi falar na tal marca. Conheço Ferrero Rocher, Ferrari, Ferracini (marcas citadas, aceito brindes) mas até ontem desconhecia a empresa citada pela Keka. E compartilho a queixa não apenas dela como também de várias mulheres que passam pelo mesmo transtorno.Não vou entrar numa questão que conheço pouco ou quase nada. Minha reivindicação é por algo diferente mas não menos revoltante (guardadas as devidas proporções, claro).

Como vocês sabem, sou cinéfilo de carteirinha (literalmente). E para os amantes da sétima arte qualquer dia é dia para ficar sentado de frente ao telão (com direito a espiadas no projetor de vez em quando). Mas como não estamos na parte nobre da Europa (Suiça, Dinamarca, Luxemburgo, Mônaco…), cento e quinze por cento da população brasileira precisa trabalhar para conseguir algo na vida. Ou seja, poucos são aqueles que podem se dar o luxo de frequentar o cinema entre segunda e sexta-feira. Sendo assim, resta apenas aquela sessão no final de semana…dentro do shopping lotado, cuja praça de alimentação tem mais gente que comida propriamente dita, com direito a falatório capaz de incomodar surdo, fora o esbarra-esbarra digno de noite de baile funk com cerveja a um real. PROTESTO Nº 1) Cadê os cinemas de rua? Tinha coisa melhor do que sair da sessão e respirar o ar (im)puro da cidade grande? Quem diria que um dia isso iria fazer falta. Cineminhas de bairro eram maravilhosos. Todo mundo se conhecia, havia um clima quase de interior. Se bobear, o pipoqueiro tinha lista de “penduras” dos vizinhos. Fora que a pipoca feita na rua parece ser bem melhor que a industrializada do shopping. E esta anda cada vez com menos manteiga, pombas!

A lista de queixumes está apenas começando. Pelo menos aqui no Rio de vez em quando temos esse “brinde” (embora com menos intensidade que antes) mas…PROTESTO Nº 2) A lua e as estrelas sumiram das cidades grandes ou a poluição resolveu brincar de ser um novo (e apático) céu? É preciso pegar estrada para ficarmos “joagados” numa rede de qualquer varanda de qualquer casa do interior para vermos as Três Marias? Lua Cheia, aquela que dava medo em alguns (e encantava outros)…está cada vez mais pálida, enfraquecida, como se estivesse fugindo de nós aos poucos.

A night boa é aquela cujas horas passam como se todas fossem apenas a primeira. O relógio corre feito atleta na maratona e quando você vai ver, são quase cinco da matina e daqui a uma hora você precisa trabalhar (sabe-se lá como). Você e os amigos voltam animados, contanto as histórias variadas que aconteceram minutos antes. Seria maravilhoso se…PROTESTO Nº 3) Quando estamos num momento legal não dá vontade de aumentar o som e baixar os vidros do carro? Ok, faça isso mas deixe de prontidão o telefone daquela empresa anti roubo pois as chances de um meliante aparecer com um revolver apontado na sua testa são grandes. Ainda mais na madruga. Ou seja, até para relaxar é preciso estar “preso”. Depois dizem que passarinho na gaiola canta feliz. Tá bom.

Não serei extenso na lista (embora os protestos sejam muitos). Costumo dizer que quando você vive por muito tempo em determinada região, você acaba se tornando parte dela. Sim, para ficarmos adaptados/antenados  ao mundo moderno de certa forma nos tornamos “mecânicos”. Inegavelmente, a tecnologia deixou/deixará a vida mais fria. E nós estamos incluídos nesse panorama. Exemplo? PROTESTO Nº 4) Quanto tempo faz que você não recebe uma carta? Pode ser pior: quanto tempo faz que você não escreve uma carta? Não estou dizendo que os e-mails são o que existe de pior na era dos computadores mas tinha coisa mais gostosa que ler algo escrito(não digitado), rasurado e assinado por alguém da nossa estima? Tinha carta que vinha até perfumada! Meninas, email nenhum no mundo pode oferecer essa sensação de alegria.

Pra acabar: seus filhos/sobrinhos/irmãos mais novos visitaram alguma horta ou eles o máximo que eles conhecem de natureza é através da Fazendinha do Orkut? PROTESTO Nº5!

OBS.: Ainda existe acampamento, trilhas, mochilão nas costas, essas coisas? Ou apenas sonhei que vivi isso tempos atrás?

26 Comentários

Arquivado em comportamento, Para Refletir

26 Respostas para “Protesto II

  1. Como moradora do Rio, assino embaixo de TODOS os protestos!

    Tá difícil mesmo, né? Quando descobrir cinemas, trilhas, acampamentos e estrelas… Me avisa! =)

  2. Marcela Melo

    Edu, querido.. Antes eu sentia falta do céu estrelado, tinha medo das “ruas”, tenho saudade dos cinemas de rua que tinham aqui no Hellcife.. O Cinema São Luis (antes da época dos ratos passeando pelos nossos pés)..
    Até ontem eu reclamava do local que estou morando atualmente.. Quase no meio do mato, com direito a sagüis, cigarras, a um céu todo enfeitadinho, passarinhos cantando, arvores lindas dançando ao vento.. Quase ao lado da minha casa, meu pai tem um terreno com várias árvores frutíferas.. Pitanga, Acerola, Graviola, Maracujá, Cajú, Amora e até a danada da pimenta.. Minha sobrinha de 2 anos ADORA ir pra lá comer “pitanda”
    É.. Eu ainda tenho muito do que vc protestou e hoje eu dou graças a Deus por isso!
    Obrigada por me ajudar a enxergar isso, viu?!
    Beijos recifenses

    • Valdenice Costa

      Sei que falta muito pra Recife ser comparado ao lugar onde vc mora. mas moro num bairro que acho ótimo, por vezes chego em casa olho as estrelas no céu, noites de lua cheia é linda, moro na Imbiribeira (lagoa do Araçá), aqui o está me deixando triste é que cada vez mais as pessoas estão vendendo suas casas a construtoras que acabam por construir prédios enormes, perdendo todo charme do bairro. Em relação aos cinemas, o São Luis reabriu, também tem um pro lado do Rosarinho, não costumo ir a esses; pois pra sempre foram distantes.
      Já em relação as trilhas e os prazeres antigos que tinhamos, acho tb os pais com sua “falsa” proteção aos filhos (trancando-os dentro de casa, suprindo eles com eletrônicos os mais váriados para que não necessitem sair) esquecem dos prazeres que tiveram no passado. Tenho uma prima-irmã de 12 anos que um dia desses a mãe dela disse que iria colocá-la de castigo, sem usar o computador, daí ela disse que não podia pois teria que fazer um trabalho da escola, eu falei pra ela que tem biblioteca, ela disse que biblioteca jamais, que é ruim, e minha tia liberou ela usar o computador. Fiquei pê da vida, mas a mãe é ela; pois me lembro das várias vezes que fiz pesquisas em bibliotecas públicas, e era ótimo está ali com minhas amigas descobrindo novas coisas, lendo e não simplesmente copiando e colando, Ctrl C e Cltr V; pois é isso que a maioria das pessoas fazem. Faço Bacharelado em Ciências Contábeis, e até hoje uso muitos livros, acho ótimo. Acho que primeiro os pais tem que volta ao seu passado, para depois mudar as novas gerações.

      Bjinhos a todos. Tenham um ótimo final de semana.

      Val Costa.

      • Edu Soares

        E Valdenice, não acho que Recife seja tão diferente quanto o Rio. Posso dizer que temos, sim, uma visibilidade maior. E outra: depois de Fortaleza, sua cidade é a mais imponente do Nordeste.
        Sobre a nova paisagem urbana (menos casas, mais prédios) infelizmente essa é uma tendência nacional. Daqui a alguns anos não veremos muitas casas por aí. Existem bairros que ainda resistem a essa “invasão”. Por exemplo, aqui no Rio (mais precisamente em Niterói) a região oceânica permite a construção de prédios com até 04 andares, justamente para que a paisagem local seja mantida.
        Mas, você sabe, quando temos dinheiro envolvido no meio, todas as regras são quebradas.

    • Edu Soares

      Marcela, em dezembro fui a Joao Pessoa e fiquei algumas horas parado no aeroporto de Recife. Quando o avião decolou, a imagem da cidade me encantou. Minha origem (do lado paterno) é recifense e quero conhecer essa terra tão bonita em breve (ainda mais depois do seu relato).
      Bjos.

      • Marcela Melo

        ô lindinho.. venha mesmo que o Recife está de “braços abertos” pra receber os visitantes! 😉

  3. Oswaldo Antonelli

    bem , acordo todo dia com o cantar dos pássaros na minha janela e alguns deles ainda são tão abusados que entram dentro da minha casa para comer farelinhos de pão… a noite posso sair na rua ou no quintal e curtir o céu estrelado, que ontem estava lindo de viver, com uma lua gigante mais brilhante do que as proprias luzes da rua…. cinema… bem aqui na minha cidade, para falar q não tem cinema, tem um só em frente a praça da matriz, no centro da cidade, com programação diária e preços super em conta, e sempre com 2 filmes (lançamento ). Posso passear a noite a pé, ou de carro com o vidro aberto para respirar o ar puro e fresco….não podemos abusar é claro, tem lugares em que não é recomendado passar nem de carro. Ainda temos hortas, onde podemos comprar verduras frescas, e muitas casas com suas proprias hortas no quintal. E quando queremos agito, barrulho, poluição, shoppings, um pouco mais de perigo e aventura, corremos para a cidade vizinha(30 mim) de carro…….. Não troco minha cidadezinha do interior por nada….. tudo que preciso que não encontro aqui, tem na cidade vizinha é bem maior…. então para que me estressar…… meus filhos podem andar de bike e jogar bola na rua, sentar na calçada para conversar com os amigos….. é ou não é uma maravilha………… obrigada por me permitir enxergar o tesouro que tenho…..

  4. Paula Regina

    Eduardo, junte-me a seus protestos.

    Apesar de ter cinema aqui no bairro (moro no Rio/Flamengo), não vou tanto porque a falta de respeito e… como dizem os franceses ‘l’éducation que maman a donné’ é inexistente (falam no meio do filme, celular toca e mastigam em seu ouvido). Espero o filme surgir no PPV da Net hahahaahah

    E de tanto querer uma vida mais rural dei-me de presente uma hortinha na varanda do apartamento. Não teve outro jeito. O macarrão aqui em casa e a saladniha Caprese tem manjericão da hortinha. Por essa hortinha eu consegui trazer até João de Barro para o bairro ;OD

    Ainda não consegui o luxo dos luxos da Marcela: comer pitanga, que eu amo, diretamente do pé.

    • Renata Bitar

      É, posso dizer que na rua onde moro, é parecida com uma cidade do interior, rsrrs é uma vilinha que na porta de alguns vizinhos tem plantados: pé de pitanga, de ameixa (na minha porta, ela ainda é neném não deu fruta rsrsrs), pé de acerola, e tem até pé de jaca kkkkkkkkkkkk. Ahhhh como é bom morar aqui!!!! rsrsrsrs

    • Edu Soares

      Paula, você está falando sobre o São Luiz (Largo do Machado)? Sei que a galera não obedece aquelas regras bonitinhas que aparecem em forma de animação antes de cada filme começar, mas com todo respeito, PPV não tira o charme do cinema…
      Esse macarrão “in natura” pareceu interessante! Aliás, toda comida com ar rural sempre será mais deliciosa.

  5. Renata Bitar

    Bom, já tive o prazer de ler um pedacinho do seu texto, em primeira mão, ontem a noite…
    Noooooooosssssaaaaaaaaaa Du, qta saudade nestes seus protestos!!!!
    Posso dizer que AINDA tenho o prazer de curtir um pomar nos fundos da escola onde trabalho, confesso que de vez em quando vou ficar lá um pouquinho pra matar as saudades da minha infância no interior.
    Saudades de uma noite linda, com direito a lua cheia e não só as três Marias, mas um céu cheio de estrelas.
    Protestos feitos e cheios de saudades, protestos assinado!!!!
    Fica com Deus Querido!!!
    bjusssssssss

    • Edu Soares

      Cidade grande tem vantagens e desvantagens. O curioso é que toda familia que pode ter um refúgio vai para o interior num eventual feriadão. Não tem jeito, por mais urbana que a pessoa seja um dia a pressão do dia-a-dia fará com que ela conheça as maravilhas da cidade pequena. Santo remédio!

  6. Nathália B.

    Que texto lindo, nostálgico… lendo tudo o que você escreveu me peguei voltando no tempo e me dando conta do quão rápido perdemos estas coisas… Arrasou, como sempre!!! =)

    • Edu Soares

      Busquei inspiração em lembranças pessoais e também descobrindo belas histórias narradas por pessoas bacanas, Nathália. Acredito que todo mundo tem alguma nostalgia guardada, concorda?
      Obrigado pelo elogio!

  7. Rosali

    Dei muita risada dos seus protestos, pois já me peguei várias vezes protestando com algo parecido!
    Meu querido isso indica que somos do final da década de 60, década de 70 e início da de 80.
    Cheguei a conclusão que esses protestos são saudades, e que esse tempinho, acho que não volta mais não……

    • Edu Soares

      Sherlock Rosali Holmes, sou do finalzinho dos anos 70! Como você conseguiu chegar nessa teoria?
      Acho que o tempo pode não voltar, mas podemos buscar os poucos refúgios que ainda temos por aí!

  8. Layla Cristine

    Apesar de morar em Manaus, onde (pasmem) muitos ainda acreditam que só mora índio por aqui (e eu nunca vi um de perto). Jamais trocaria a minha cidade por nenhuma outra. Aqui apesar de td (tecnologia, o tempo cada vez mais curto, a cidade que cresce a cada dia) ainda me recorda uma cidade provinciana, ainda é muito comum famílias se reunir e em um fim de semana irem para um sitio ou ficar na casa de um dos parentes para uma festinha. O povo manauara adora uma festinha, então qualquer coisa é desculpa para levar a família toda para o interior e curtir as festas. Em algumas localidades da cidade, ainda preserva o ar de vilas provinciais, com senhoras fofoqueiras e crianças barulhentas na rua brincando. E falo isso dos dias atuais, ainda bem que tem certas coisas que o povo ainda gosta de preservar, pelo menos ainda acontece por aqui =D

    • Paula Regina

      Layla Cristine, estive ano passado em Manaus/Anavilhanas e achei sua cidade linda. Os manauaras são hospitaleiros, ultra risonhos, educadíssimos e muito, muito amistosos com os turistas.

      Fora isso voces tem um carinho enorme pelos cariocas que deixam a gente feliz por esse deferimento todo.

      Se eu tivesse que trocar meu Rio por outra capital, Manaus entraria na lista.

  9. Camila Rodrigues

    Edu, compartilho totalmente com o seu (s) protesto (s)!!! E gostaria de adicionar mais um a sua lista com relação ao cinema: O PREÇO. Os cinemas no Rio são os mais caros que já vi!! Não sou mais estudante, então sempre que vou ao cinema com meu marido (que também não é), gastamos R$60,00 em média! Eu amo cinema como você, mas como continuar amando e frequentando com um preço absurdo desses!?!?!? Quanto ao seu último protesto, o de as crianças só conhecerem o mato pela Fazendinha, existe uma solução, não muito divulgada, mas muito eficaz: Você conhece o Movimento Escoteiro? é uma ótima opção! Fui escoteira quando vim morar no Rio e tenho um cunhado que é Chefe dos escoteiros, as crianças aprendem muito e convivem nesse meio que é delicioso! É isso… amei o post, como sempre!! Beijo grande!!!

  10. oi, querida, adoro seu blog, parabens!!
    e o preço dos ingressos do cinema? exagero!
    vou morar no Rio, quem sabe a gente se conheça.
    bjks, Cris

    • Edu Soares

      O “querida” foi demais, Cris…imagino que você tenha me confundido com Keka. Aliás, seria um elogio e tanto!
      De fato, o cinema está com o preço parecido com o teatro. Depois reclamam da pirataria…

  11. Marjory Tocachelo

    Amei mais esse protesto, mas isso não é apenas coisa do Rio, aqui no nordeste acontece isso também, a diferença está: basta algumas poucas horas pela beira mar e eis que aparece a bela e encantadora Lua Cheia.
    Infelizmente estamos mais propícios a ir onde sentimos a sensação de segurança(sim somos nós os presos), mesmo sendo falsa.
    Dia desses minha tia disse que eu não colocasse bichinhos de pelúcia, adesivos em meu carro, por conta dos ladrões que pegam justamente esse detalhe e fica mais fácil de encontrar a vítima, ora bolinhas verdes e amarelas, eu vou fazer o que eu bem entender, não estou fazendo nada de errado e fora da lei, o meliante sim, o que tenho que manter é meu alerta ligado a qualquer coisa ou estranho. Não podemos vacilar um segundo.
    E querendo vir pra cá , aqui ainda existem lugares onde podemos acampar, Jericoacoara é um deles.
    Beijos em todos.

  12. Liane Rosa

    Protesto Nº 1 – Que sorte a minha!Ainda consigo achar cinemas de rua em Salvador.Adoro as Salas de Arte, que passam filmes muuuuito bons e fora desse circuito muito comercial, e o Espaço Unibanco de Cinema em frente à Castro Alves. Pense numa vista linda(Baía de Todos os Santos) num lugar aconchegante?!Ainda tem o Cine XIV,no Pelourinho.Ah!E os pipoqueiros de rua também!
    Protesto Nº 2 – Lembrei de uma coisa que me aconteceu com esse protesto.Recordei-me de um dia em que faltou luz no bairro: bastou ela faltar pra eu ir pra varanda e enxergar um “céu de interior”!Fiquei olhando um tempão,maravilhada com aquilo.A gente se distrai com tanta coisa que não percebe,mas a lua e as estrelas estão lá,é só observar.
    Assino embaixo dos protestos nº 3 e 5
    Protesto Nº4 – Vc conseguiu me deixar nostágica,lembrei das muitas cartas que troquei com amigas de Minas.Vinham com perfumes, desenhos,vários tipos de letra…era tão legal…
    Enfim,amei e me identifiquei no post.Parabéns!

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