Fonte: Revista época
O triunfo dos gordinhos
Eles já são maioria em várias capitais. De discriminados, passaram a valorizados – pelo mercado e pela cultura pop
Fonte: Revista Época
O Brasil é um país exibido. Nas praias e nas ruas, a exposição generosa de pernas, tórax, bíceps e bumbuns é previsível como o sol quase diário num país tropical. Nos últimos anos, os contornos ganharam volume. Somos hoje uma nação de gente cheinha – ou redonda, ou gorda, o adjetivo depende do observador. Quase metade da população (48%) pesa mais do que deveria. Os gordinhos já são maioria (52%) na população masculina. Em várias capitais, o excesso de peso é a regra entre os moradores de ambos os sexos. É o caso de Porto Alegre (55%), Fortaleza (53%), Cuiabá (51%) e Manaus (51%). Apenas o Sudeste não tem nenhuma capital que tenha alcançado esse nível, mas o Rio de Janeiro está quase lá (49%).
Esse novo cenário do Brasil – agora, além de país mestiço, também um país roliço – inspira uma mudança cultural. Antes desprezados, os gordinhos passaram a ser valorizados. Alguns indícios.
• A convicção de que existe beleza gorda tornou possível a criação de um concurso disputado por mulheres que inspirariam qualquer pintor renascentista. A atual Miss Brasil Plus Size pesa 98 quilos – e, como é possível observar na foto de abertura desta reportagem, é linda.
• A C&A convidou a cantora Preta Gil para ser garota-propaganda. Em julho, a rede de lojas lança uma linha inspirada nela. Os tamanhos vão de 46 a 56. De gordinha excêntrica, Preta se tornou representante de um tipo genuinamente brasileiro. Outras grifes vêm lançando uma variedade sem precedentes de produtos para o público GG (leia os quadros ao longo desta reportagem).
• No mundo da cultura pop, os gordinhos também triunfam. É o caso da rainha do tecnobrega, a paraense Gaby Amarantos (1,66 metro e 76 quilos). E também do ator Tiago Abravanel, que brilhou nos palcos como o cantor Tim Maia. Ele será um dos destaques da próxima novela das 9 da TV Globo, Salve Jorge, na pele de Demir, um sedutor irresistível.
No mundo do design, hoje é possível encontrar cadeiras de escritório nas versões P, M e G, assim como mouses de computador ideais para mãos gordinhas. Encontrar anéis e alianças em numerações maiores deixou de ser um problema. A maioria das joalherias pensa nisso e oferece soluções.

As brasileiras aprenderam a valorizar o padrão de beleza da mulher real. Essa tendência foi captada pelo Instituto Data Popular, especializado em pesquisa e consultoria em estratégias de negócio. ÉPOCA publica em primeira mão, na edição da revista que chega às bancas e ao seu tablet (baixe o aplicativo) neste fim de semana, os dados dessa pesquisa. Foram entrevistadas 15 mil mulheres acima de 16 anos, de todas as classes sociais. As voluntárias receberam fotos de três mulheres famosas (sem identificação do rosto), vestidas apenas de lingerie. Na página de ÉPOCA no Facebook e no Google+, você pode ver essas fotos e também opinar: qual o corpo mais atraente? Qual o deles você gostaria de ter? Para 72%, o corpo mais atraente era o mais curvilíneo. A maioria (59%) gostaria de ter aquela silhueta. “O padrão de beleza deixou de ser o das passarelas. Ele é considerado pelas mulheres, e até pelos homens, pouco atraente, nada sensual e até feio”, diz Renato Meirelles, sócio diretor do Instituto Data Popular.
Leia mais sobre o levantamento e o fenômeno da ascensão da classe GG em ÉPOCA que está nas bancas (ou no seu tablet).
Apesar dessa matéria, que achei muito legal! Gostaria de saber da opinião de vocês sobre a foto que foi postada nessa página do Facebook, erroneamente com o título de “Cultura no Face” ( que de cultura não tem nada), Apesar de liberdade de expressão ser um direito de todos, achei passível de um belo processo, o que vocês acham?
Oi Tais.
Essa foto é do TOP 5, um ensaio com as modelos Mayara Russi, Andrea Boschim, Celina Lulai, Bianca Raya e Simone Fiuza feita para divulgar suas carreiras e o mercado plus size.
Pegaram essa foto e colocaram uma legenda falando mal de magrinhas.
Aí depois pegaram essa mesma imagem com a legenda preconceituosa contra magrinhas e cometeram um novo preconceito, desta vez com as gordinhas.
Bom, eu acho que as duas iniciativas foram péssimas porque devemos nos gostar sem menosprezar o manequim alheio.
Beijos,
Renata
Genial esta matéria….tudo isto graças ao trabalho pioneiro da RENATA ISSAS,que criou o primeiro miss BRASIL plus size e sempre acreditou nestas meninas…muito bacana ver as suas escolhidas brilhando em carater nacional…parabéns a todos envolvidos…
Para começar o dia mais feliz …correndo pra banca garantir minha revista !
Demais , é de encher os olhos de lágrimas todas as que um dia já sofreu algum preconceito por está acima do peso .
Muito bom ver a Época fazendo matéria de capa sobre pessoas que sofrem preconceito, discriminação e bullying pelo peso e que, hoje, estão tendo novos olhares.
É com esse tipo de informação, positiva e pedagógica, que práticas debochadas e de profundo mau gosto tomam novos rumos e a sociedade compreende que é formada pela diversidade e é nesse contexto que se encontra o bacana da vida. A valorização das pessoas pelo que são!
Parabéns à revista Época.
Durante muitos anos ser gordinha foi um peso pra mim. Hoje sou super feliz e ver uma matéria dessa só confirma que estamos com tudo !
Adorei a matéria e também (como sempre) nossa linda Cléo arrasando neh galera…eu quero mais é que cresça mesmo essa perspectiva de moda para que cada dia possamos ficar ainda mais chiques, lindas…verdadeiras Divas como bem merecemos!!!! Parabéns Cléo, está maravilhosa!
Adorei a matéria, acredito que o crescimento no mercado plussize será cada vez mais valorizado, quem admira isto certamenta está muito feliz..
Mas, se vc for ver modelos GG de sucesso…tem rostos absurdamente bonitos!!!!!Não é a realidade da maioria das pessoas….tem quase um padrão tb!!!São Giseles ou Tyra Banks gordinhas!!! Mas, esperoooooooooooooooooooooooo que as pessoas comecem a enxergar que o mundo tá mais redondinho e a mídia principalmente!!!