Por Renata Poskus Vaz
Meninas, ando firme e forte no meu Projeto Mulherão Saúde. Na última quinta-feira, não quis abrir mão de minha aula de hidroginástica. Fui convidada para jantar e, quando o gatão já estava quase em casa, pedi que ele me acompanhasse na academia. Eu ia abrir mão da academia na quinta-feira, mas o exercício físico vira uma espécie de um vício e perder uma aula é como se retrocedesse no meu Projeto Mulherão Saúde.
Então, fomos para a academia. Enquanto ele conhecia as instalações, eu fiz meia hora de musculação. Uma série super rápida que me recomendaram na avaliação física, até que meu corpo se habitue a levantar peso de verdade e em mais repetições. Depois, fui me preparar para a aula de hidroginástica. Da sala de espera, meu gatão ficou lá, me observando, pelo vidro que dava visão para a piscina.
Aula de hidroginástica é super democrática. Meus coleguinhas de turma tem de 15 a 80 anos e pesam de 50 a cento e muitos quilos. Enquanto malhava embaixo d´água, vi que meu gato estava lá, firme e forte na recepção, em pé, me dando o maior apoio. De braços cruzados, em traje social, vi o quanto era másculo e charmosão. Parei de paquerá-lo e me restringir a olhar apenas para a professora. Foi quando percebi que, incessantemente, uma colega de turma, que deveria ter uns 45 anos mais ou menos, não parava de olhar para a direção dele. E quando disse que não parava, é porque não parava mesmo.
De repente, ela não se conteve e perguntou para a professora: “hey, ele é o seu namorado?”. A professora, sem entender nada, perguntou: “ele quem?”. Então, minha colega de hidroginástica, apontou descaradamente para o meu gatão e disse: “aquele bonitão lá, saradão de braços cruzados”. Foi quando eu interrompi: “não, querida, aquele saradão é meu!”.
Ela sorriu pensando que eu estava brincando, fez cara de deboche. Quando viu que eu falava sério, ficou absolutamente surpresa e constrangida. Há muito tempo deixei de me vitimizar por causa dos meus quilos extras, mas vi na cara daquela mulher o quanto ela achava absurdo que eu, gordinha, pudesse namorá-lo. Uma gorda subestimando outra gorda.
No fim das contas, acabei caprichando ainda mais na aula. Quis provar que além de ter um namorado gatão, posso dar um show de condicionamento, resistência física e alongamento, mesmo estando acima do peso. 😉