Arquivo da categoria: Mulherão Saúde

Eu me amo, com ou sem barriga!

Por Renata Poskus Vaz

Pensei muito se postaria a foto do meu pânceps aqui. É muita exposição. Mas como querer me preservar agora se, no passado, eu comecei a fazer  sucesso com o Blog Mulherão justamente falando de minhas experiências fracassadas e vergonhosas de emagrecimento? Como por exemplo quando tomei Xenical e soltava puns cor de laranja, de pura gordura, na calcinha. Eca! rsrsrs (leia aqui)

Eu me autoesculhambei desde o início no Blog, sem medo, sem vergonha. Mas isso, no final, foi bom para mim. Afinal, cada experiência compartilhada retornou para mim em forma de incentivo e autoestima. Ou seja, mostrar meu bacon aqui ou acolá, é só mais uma experiência, uma história para contar.

Então, vamos lá. Antes de mais nada,  para quem não acompanha com frequência o Blog, ou acompanha mas perdeu postagens anteriores, tenho vivido um processo de reeducação alimentar e manutenção de hábitos saudáveis. Quero ser um mulherão saudável. Usar meu manequim 46 com saúde, porque antes eu estava doente.

Após perder mais de 10 Kg, minha saúde ficou nota 10, incluindo o adeus à esteatose hepática e aos cistos nos ovários (que podem, mas não vão voltar!). Eu havia me afastado da academia, estava cansada e um pouco apática. Voltei faz 15 dias. Meu peso não alterou em nada, mas caminhar 60 minutos todos os dias já fez uma diferença enorme no meu abdômen.

Quero deixar claro que o incômodo que uma barriga inchada me causa não é estético. Eu não odeio minha barriga, mas me amo o suficiente para ser feliz com ou sem ela. Já para minha saúde, sinaliza que estou com excesso de gordura no fígado. E como já tive um  quadro complicado de esteatose hepática,  preciso sempre prevenir.

Fiquei feliz com essa redução em 15 dias. E quis dividir com vocês (é uma pena que o pouquinho de bunda tenha ido embora junto) :p Meu peso continua o mesmo.

barriga

 

 

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Quer participar de um reality show de emagrecimento?

Por Renata Poskus Vaz

Olá, mulherões!

Antes de mais nada, aqui é sim um Blog que valoriza a autoestima, independente do manequim. Mas não fazemos militância da banha. Eu e minhas companheiras acreditamos que nós e nossas leitoras somos livres para emsgrecer e engordar sem que ninguém nos encha o saco por causa disso.

E como sabemos que há entre nossas leitoras algumas que desejam emagrecer, vamos divulgar um super e aguardado casting promovido pela Endemol para o reality show Além do Peso. 

No reality show, que é exibido no Programa da Tarde da Rede Record, participantes passam por avaliações físicas, médicas, psicológicas e com nutricionistas visando reduzir o peso. Eles também concorrem a um carro no fim do reality show. Quem perde mais peso em porcentagem, ganha.

Na terceira temporada da atração, a competição acontecerá em duplas.

Então, se você tem em sua família um parente gordinho, inscreva-se. O programa selecionará: tios e sobrinhos, mãe e filho, pai e filho, irmãs, irmãos, primos etc…

Envie um e-mail com nome, data de nascimento,  endereço, telefone e fotos para:

alemdopeso@endemolbrasil.com.br

Boa sorte!

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A patrulha do peso contra as gordinhas bem-resolvidas que fazem dieta

Por Renata Poskus Vaz

Aí você decide fazer dieta. Não dieta para usar manequim 38. Você sabe que esse manequim está no passado, nos seus 12 anos de idade, talvez. Também sabe do quanto sofreu ao ingerir aqueles tarjas-preta, as dietas malucas, tudo para ter o mesmo corpo da mocinha da novela. Você deixou de querer a silhueta da Gisele e finalmente redescobriu seu amor próprio. Só que hoje, por um motivo qualquer, você quer perder uns quilinhos.

Fazer reeducação alimentar com amor próprio é outra coisa. Você muda hábitos alimentares para se sentir melhor, para limpar o corpo e a mente. Não passa por privações que te torturam. Seu objetivo passa a ser só o de se cuidar e não o de emagrecer exageradamente, para parecer um outro alguém,  ou para agradar o marido, o filho, o chefe ou o papagaio.

E nesse processo de gordinha bem-resolvida que acaba emagrecendo por um motivo qualquer, você se depara com a patrulha do peso perdido: “e aí, não disse que era bem resolvida? então porque emagreceu?”. Lá está você  em uma nova situação, se justificando do porquê ter emagrecido. Uma releitura do passado, quando precisava justificar o porquê de não conseguir emagrecer. Mas agora você tem que se justificar por sua roupa ter ficado larga, por substituir a coca-cola por um suco natural, ou por não pesar mais 110 Kg, apenas 100.

“Como assim não vai comer um brigadeiro? Mas você não é uma gorda que se aceita?” …. Sim, eu sou, mas não quero comer hoje a porra do brigadeiro!

O grande “x” da questão é que as outras pessoas, mesmo não tendo nada haver com as suas escolhas particulares, sempre serão invasivas, fazendo cobranças. E é aí, neste momento, que você comprovará se realmente é uma pessoa bem-resolvida. Pessoas bem-resolvidas não se preocupam em se justificar em situações como essa. Pessoas bem-resolvidas seguem seu coração, mudam por si mesmas e não pelos outros.

🙂

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Bariátrica não é cirurgia de remoção de unha encravada

Por Renata Poskus Vaz

Hoje escrevo não como jornalista ou blogueira, mas como amiga preocupada com a quantidade de pessoas queridas que operaram ou estão na fila de espera para reduzir o estômago sem aparentarem real necessidade.

Aqui nunca critiquei quem optasse emagrecer ou engordar. Faço com frequência textos sobre cirurgia bariátrica, emagrecimento com remédios e reeducação alimentar. Eu mesma tenho noticiado meu desejo em reduzir um pouco o meu peso para recuperar minha saúde que estava debilitada.

Então porque essa minha preocupação com quem reduz o estômago?

Eu acreditava que Bariátrica fosse indicada para obesos mórbidos, como no caso de Roberta Terra, cuja história foi relatada aqui no Blog Mulherão (leia). Pessoas com IMC acima de 40, com muitos problemas de saúde associados e que esgotaram (e fracassaram!!!) todas as chances de um emagrecimento saudável.

De repente, dezenas de amigas minhas mulherões, Com corpo curvilíneo, bem longe da obesidade mórbida, que nunca tiveram problemas de saúde sérios, se renderam à cirurgia bariátrica. Muitas delas nunca tiraram a bunda do sofá para se exercitar. Nunca andaram a pé, nunca nem se quer tentaram reverter essa situação.

Fazer bariátrica virou a mesma coisa que remover unha encravada. Dói um pouquinho, mas você vai lá, fala com o médico, ele topa te operar e seu problema acaba.

Quando as indago, como amiga, sobre a real necessidade de uma cirurgia de redução de estômago, elas me respondem que têm histórico de diabetes e pressão alta na família (elas mesmo não têm) e que fizeram consultas com psicólogos, gastros etc… Tudo isso em 2, 3 meses. Isso não existe! Antigamente o processo que levava um obeso da análise de um corpo clínico até a decisão de realmente operar levava anos. Isso não pode ser decidido em meses.

O problema, minhas amigas, vai além da operação. Toda operação (mesmo a da unha encravada) tem riscos de morte. Mas bem pior do que isso é que somos gordas por algum motivo que vai bem além da nossa simples compreensão. Na maioria das vezes esse motivo se chama COMPULSÃO ALIMENTAR e OCIOSIDADE, que tem origem emocional. Ao operar o estômago, não se opera também a cabeça. Passada a felicidade inicial do corpo magro e se mantendo ou recuperando os mesmos velhos hábitos, o corpo volta a engordar.

Conheço dezenas de ex-gordos que operaram o estômago e voltaram a engordar.

Não existe milagre. E o que vejo é que a cirurgia bariátrica, mais do que uma intervenção cirúrgica para preservar e recuperar a saúde de pessoas terrivelmente doentes, está virando uma cirurgia estética.

Fica aqui meu desabafo, amigas. Antes de entrarem na faca para ficarem bonitas na foto de ano novo, tentem levantar, praticar exercícios e mudar a alimentação. Procurem um psicólogo para ajudá-las a mudar suas relações com seus corpos, consigo mesmas, com a vida e com a comida. Não procure o psicólogo apenas para te dar um atestado indicando sua cirurgia.

Update: Leiam essa interessantíssima matéria do Diário de Pernambuco:

“Empresária morre após cirurgia de redução de estômago”

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Resultado dos 13 dias no Saison Spa

Por Renata Poskus Vaz

Enquanto voltava de Itaipava, no Rio de Janeiro, para São Paulo, na manhã de sábado, lágrimas caiam dos meus olhos. Não é exagero! Voltei de cabeça, corpo e coração limpos, pronta para recomeçar mais uma etapa de minha vida. Por mim ficaria lá por mais tempo…. Mas já estava pronta para voltar.

Antes de ir para a Saison Spa eu estava doente. Só agora consigo ver a gravidade da minha situação. Eu estava doente, muito doente! Como me permiti, mais uma vez, chegar neste estado?

Tem gente que vai para o Spa para emagrecer. Talvez eu também tenha ido inicialmente com esse motivo, mas voltei com a certeza que minha mudança, mais que física, foi espiritual.

Tive a oportunidade de fazer novos amigos que com certeza levarei para a vida inteira. Clientes da Saison Spa, como Nielson e sua esposa Carina, o querido Fábio, o divertido Jorge…

Os professores de educação física, principalmente o Paulo e o irreverente Leandro, das aulas de dança… Meu Deus, eu voltei a dançar! Como amo dançar! Como agradecer a essas pessoas por me despertarem, novamente, o prazer por coisas que eu sempre amei fazer e que havia deixado de lado em minha vida?

Fui percebendo, dia a dia, meu corpo mudando. Os ponteiros da balança quase não mudavam, mas minha silhueta estava mais enxuta, menos inchada… O resultado dos 13 dias foi o seguinte:

Peso

Cheguei com 91,3 Kg e sai com 88,9 Kg – Eliminei  2,4 Kg 

Ainda permaneço com grau de Obesidade 1. 

(Lembrando que no início de minha reeducação alimentar, uma semana antes de entrar no Spa, eu estava com 94,5 Kg . Ou seja, eliminei em 3 semanas 5,6 Kg).

Medidas

Reduzi no Spa 2 cm nas medidas de braços, busto, quadril, abdômen, pernas… De cintura reduzi 4cm.

(Ao iniciar a reeducação alimentar estava com 101 cm de cintura. Agora estou com 94 cm. Ou seja, 7 cm contando com a semana anterior e o período no Spa).

Atividades Físicas

Fiz mais de 2067 minutos de atividades físicas, uma média de 159 minutos de atividades por dia.

Coisas que não estavam no meu gráfico de evolução:

Reaprendi a comer de 3 em 3 horas, a dormir bastante, a ligar o foda-se para certos problemas. Reaprendi a conhecer pessoas, a fazer amigos, a sonhar, a descansar sem me sentir culpada ou ociosa por isso. Reaprendi a cuidar de mim, do meu corpo, do meu cabelo… E A TOMAR ÁGUA!

Vejam uma foto de antes e depois:

antes e depois

Eu e Hannah

Eu notei uma boa diferença, e vocês?

A nutricionista da Saison Spa vai me passar diversas receitas e dicas legais para uma vida mais saudável, que vou dividir com vocês aqui no Blog Mulherão. Aguardem!

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Projeto Mulherão Saúde: O gatão saradão é meu!

renata

Por Renata Poskus Vaz

Meninas, ando firme e forte no meu Projeto Mulherão Saúde. Na última quinta-feira, não quis abrir mão de minha aula de hidroginástica. Fui convidada para jantar e, quando o gatão já estava quase em casa, pedi que ele me acompanhasse na academia. Eu ia abrir mão da academia na quinta-feira, mas o exercício físico vira uma espécie de um vício e perder uma aula é como se retrocedesse no meu Projeto Mulherão Saúde.

Então, fomos para a academia. Enquanto ele conhecia as instalações, eu fiz meia hora de musculação. Uma série super rápida que me recomendaram na avaliação física, até que meu corpo se habitue a levantar peso de verdade e em mais repetições. Depois, fui me preparar para a aula de hidroginástica. Da sala de espera, meu gatão ficou lá, me observando, pelo vidro que dava visão para a piscina.

Aula de hidroginástica é super democrática. Meus coleguinhas de turma tem de 15 a 80 anos e pesam de 50 a cento e muitos quilos. Enquanto malhava embaixo d´água, vi que meu gato estava lá, firme e forte na recepção, em pé, me dando o maior apoio. De braços cruzados, em traje social, vi o quanto era másculo e charmosão. Parei de paquerá-lo e me restringir a olhar apenas para a professora. Foi quando percebi que, incessantemente, uma colega de turma, que deveria ter uns 45 anos mais ou menos, não parava de olhar para a direção dele. E quando disse que não parava, é porque não parava mesmo.

De repente, ela não se conteve e perguntou para a professora: “hey, ele é o seu namorado?”. A professora, sem entender nada, perguntou: “ele quem?”. Então, minha colega de hidroginástica, apontou descaradamente para o meu gatão e disse: “aquele bonitão lá, saradão de braços cruzados”. Foi quando eu interrompi: “não, querida, aquele saradão é meu!”.

Ela sorriu pensando que eu estava brincando, fez cara de deboche. Quando viu que eu falava sério, ficou absolutamente surpresa e constrangida. Há muito tempo deixei de me vitimizar por causa dos meus quilos extras, mas vi na cara daquela mulher o quanto ela achava absurdo que eu, gordinha, pudesse namorá-lo. Uma gorda subestimando outra gorda.

No fim das contas, acabei caprichando ainda mais na aula. Quis provar que além de ter um namorado gatão, posso dar um show de condicionamento, resistência física e alongamento, mesmo estando acima do peso. 😉

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Mulherão Saúde: minha saúde (ou falta dela) + academia + Metformina

Por Renata Poskus Vaz

Confesso que pisei na bola comigo mesma nos últimos meses. Andei me alimentando mal e dormindo muito pouco… Eu não tinha nem tempo para cozinhar e acabava fazendo uma única refeição por dia, e daquelas bem desequilibradas. Comia o que era fácil de preparar e pronto. Entre comer adequadamente e falar com um cliente, eu preferia a segunda opção. Meus clientes sabem que trabalho em casa e por isso me ligam quando querem. Por diversas vezes conversei com donos de grifes e estilistas de madrugada. E não adiantava dizer que estava em horário de almoço, pois logo escutava: “ah, mas eu vou falar rapidinho”. E lá iam mais 30 minutos nada rápidos no telefone e o almoço ficava para depois.

Para completar, por conta dos preparativos do Fashion Weekend Plus Size, eu dormia apenas 4 horas por noite, e olhe lá. Não sentia sono. Vivia ansiosa e só queria trabalhar, trabalhar e trabalhar! 

Academia

No carnaval, dias antes do Fashion Weekend Plus Size, meu irmão disse que ia se matricular na academia. Fui com ele. Era o empurrão que eu precisava para me matricular. Comecei a malhar na quarta-feira de cinzas. Expliquei ao professor que eu sou ociosa, que não malhava faz tempo e pedi que “pegasse leve” comigo. Só que o leve dele era pesado demais para mim. Fiz uma série de exercícios para o braço que me deixou sem conseguir movimentá-lo por dias. A dor era insuportável e precisei me entupir de Tandrilax. Lá estava eu, há alguns dias do meu evento, sem poder mexer o braço e completamente grogue. rsrsrs… Mas no fim, no evento, deu tudo certo.

Desde então, tenho ido apenas 1 vez por semana para a academia. Ok, vocês vão dizer que isso não adianta nada. Já eu penso o contrário. Óbvio que desejo ir todos os dias ou no mínimo 3 vezes por semana, mas enquanto não consigo organizar meus horários, acho que 1 dia é melhor do que nada.

Metformina

metformina

Não sei se vocês se lembram, mas no ano passado eu disse que me consultaria com um conhecido endocrinologista. Porém, recebi uma enxurrada de mensagens de ex-pacientes dele (eu havia citado o nome do médico) me desaconselhando. Todas haviam tomado remédios, emagrecido e depois engordado novamente. Eu já havia me consultado com ele e tomado um remédio que eu acreditava ser natural, mas continha hormônios T3 e T4, que mexem com a tireoide. Só soube disso agora. 😦

Então, procurei um clínico geral mesmo, que meu bolso poderia pagar. Expliquei meu histórico e mencionei minha preocupação com o meu fígado, mostrei exames antigos e tal. O que ele disse vocês já devem imaginar: perca um pouco de peso, pratique exercícios físicos, maneire na alimentação, sobretudo na ingestão de gordura e mais um monte de bla bla bla que a gente está cansada de saber, mas não põe em prática.

Mas o melhor estava por vir. Ele me prescreveu a Metformina. Pensei bem se postaria isso aqui, já que sei que estou cheia de leitora maluquinha que após ler essa matéria vai correndo para a farmácia se automedicar. Então, meninas, não façam isso. Procurem um médico e falem sobre esse medicamento para ele, caso seu quadro clínico se pareça com o meu. Se achar oportuno ele te receitará e em uma dosagem exata, perfeita para você.

Quer saber para que serve a metformina?

Ela é indicada pata diabetes tipo 2. Não, eu não tenho diabetes tipo 2, porém, quando ministrado à pacientes obesos com esteatose hepática, os níveis de gordura no fígado reduzem significantemente. Mas é claro que maneirar nas refeições também é necessário.

Não há perigo de eu desenvolver diabetes ou hipoglicemia com o uso deste mediamento. Muito pelo contrário. Meu próximo passo após a esteatose certamente seria a diabete.

A Metformina pode causar náuseas, diarréia e dor de estômago. Desta forma, muitas das pessoas que o tomam acabam deixando de comer para não sentirem esses efeitos colaterais. Com isso, elas têm a impressão de que o remédio emagrece, mas na verdade, elas que pararam de comer com medo do piriri. rsrsrs

Eu ando meio sem apetite. Senti que a Metformina dá uma sensação de saciedade, embora a bula não descreva isso em efeitos colaterais.

Ah, mas esqueci de falar a melhor parte sobre a Metformina. Ela também é indicada para a SOP (síndrome dos ovários policísticos). Como vocês já devem saber, mulherões acima do peso tem mais chance de desenvolver cistos nos ovários e consequente menstruação desregulada e dificuldade para engravidar. Já li relato de mulheres que não conseguiam engravidar e conseguiram, sem indução da ovulação, somente tomando a Metformina.  Ela faz uma espécie de “faxina” nos ovários.

O custo de uma caixa para 1 mês é de cerca de R$10. Isso mesmo, R$10.

Daqui há alguns meses eu volto para contar os resultados da Metformina no meu fígado.  (a parte de testar a eficácia na tentativa de gravidez fica por conta de vocês, já que estou solteira. 😦 )

update: Resultado do meu tratamento, após mais de 1 ano, você pode ler clicando aqui

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Projeto Mulherão Saúde: em busca de um médico

renata saúde

Por Renata Poskus Vaz

Olá, meninas! Estou aqui para cumprir minha promessa de contar, todas as semanas, como está minha busca por um corpo mais saudável.

Quando decidi que ia dar um jeito na minha saúde, logo fui atrás de um médico. E não queria me automedicar e nem fazer dietas malucas que poderiam comprometer, ao invés de melhorar, a condição já debilitada do meu fígado.

Primeiro passo: marcação de consulta no posto de saúde público

No ano passado acabei ficando sem plano de saúde. Fui pesquisando, pesquisando, pesquisando e depois enrolando, enrolando, enrolando e não fiz plano de saúde nenhum. Mesmo que eu faça agora, vai levar um tempo até que possa utilizá-lo. Então, resolvi procurar um posto de saúde da prefeitura para agendar uma consulta com um clínico geral. Nem preciso dizer que fui super mal atendida. Compareci ao postinho mais próximo de minha casa e fui medida de cima em baixo pela recepcionista.

Mesmo não constando no site da Secretaria de Saúde da Prefeitura de São Paulo que os moradores só podem ser atendidos por postos de saúde da região do seu bairro, a atendente insistiu que eu deveria procurar um posto de saúde perto da minha casa. Eu posso até ter cara de burguesinha, mas moro na Freguesia do ó, poxa! rsrsrs E até provar isso a ela demorou muito. Comprovada a veracidade da minha residência, ela pediu que eu ligasse na semana seguinte para saber quando o posto de saúde abriria inscrições para as consultas. Segundo ela, após as inscrições abertas, eu poderia demorar até 2 meses para ser atendida. Ou seja, se eu tiver algo mais sério do que imagino, estou f*&¨%$#.

Segundo passo: marcação de consulta no médico particular

Enquanto não consigo marcar a consulta médica pela prefeitura, resolvi marcar uma consulta com um médico particular, muito bom, recomendado por minha amiga Alinne Rosa. Ele chama Roberto Ahualle e seu consultório fica no bairro do Tatuapé. Já fui tratada por Dr. Roberto que é um daqueles endocrinologistas corretos que te consulta por quase uma hora e te pede dezenas de exames antes de te prescrever qualquer tratamento. Foi Dr. Ahualle que me disse que eu jamais poderia, conforme desejava em minha fase autoestima zero de anos atrás, pesar 57 Kg. Segundo ele, que atende muitos descendentes de lituanos, nossos ancestrais são altos e corpulentos, sem perfil para um corpo magro. Para ele meu peso ideal seria 74 Kg. Para vocês terem idéia, 74 Kg para 1,72 ainda me enquadraria na categoria de sobrepeso, o que para Dr. Ahualle não deve ser levado ao pé da letra. Bacana, né?

Vou voltar lá.

A consulta custa 200 reais e dá direito a um retorno depois de 30 dias. Ou seja, é como se você pagasse R$100 a consulta.

Mudança na alimentação

Embora não tenha seguido nenhuma dieta, tentei melhorar a qualidade da minha alimentação. Consumi mais frango e menos carne vermelha, tomei muita limonada geladinha, comi muito pepino! Senti-me melhor! Quase nem senti vontade de comer doce. Bacana, né?

*****

Bom, semana que vem eu volto aqui para contar as novidades para vocês.

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Projeto Mulherão Saúde: Esteatose Hepática (fígado gorduroso)

Por Renata Poskus Vaz

Primeiro dia útil do ano e com certeza essa também é a data em que muitas mulheres iniciarão suas dietas para perder peso ou desintoxicar o corpo por conta de tantas gostosuras calóricas e não tão saudáveis saboreadas durante as festas de natal e réveillon. Comigo não será diferente. E minha preocupação vai muito além de controlar os ponteiros da balança… Tem relação direta com minha saúde que, há algum tempo, não anda muito boa.

No ano passado visitei um médico endocrinologista preocupada com meu grande aumento de peso, sobretudo a concentração de gordura exagerada na parte superior abdominal, na região do estômago e fígado. Além de fortes dores na coluna, também sentia dores de cabeça terríveis quando ingeria muita gordura e sérias indisposições gástricas.

17 Kg mais gorda

renata poskus vaz mais magra

Acima, 17 Kg mais magra em 2009, sem photoshop

Em 2009, no início do Blog Mulherão eu pesava 72 Kg. Hoje, peso 89 Kg. Um aumento de 17 Kg em menos de 4 anos. Passei do manequim 44 para o 48/50. Engordei tanto que não agüentava mais dançar ballet. Suportar meu peso sobre uma única perna passou a ser impossível para mim. A coluna também mandava recados de que não ia bem.  Trabalhar o dia todo sobre um salto alto quando estava menos pesada já era cruel e com meu novo peso me incapacitava no dia seguinte para qualquer atividade.

Engordar não foi proposital, porém não há como não notar que os ataques que algumas blogueiras e outras invejosas faziam questionando minha condição gorda diminuíram drasticamente (sim, eu já fui discriminada por ser uma gorda em um mundo magro e depois passei a ser discriminada por ser uma magra em um mundo gordo). Mais gordinha, pude ver meu bumbum crescer, o corpo ganhar mais curvas e rosto ficar mais corado e jovial. Enfim, fiquei mais bonita gorda do que quando era magra, porém, a saúde não ia bem.

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 Esteatose Hepática

Quando recorri a um endocrinologista, não imaginava que, na verdade, deveria ter recorrido a um gastroenterologista. O endocrinologista me pediu alguns exames de sangue e de hormônios. O resultado não apresentou alterações hormonais, de glicose, triglicérides ou colesterol, mas apontou para um outro problema: esteatose hepática, vulgarmente conhecida como gordura no fígado.

Esta condição do fígado pode ser gerada pelo consumo exagerado de bebidas alcoólicas ou por alimentação rica em gordura. Mais de 70% dos pacientes com esteatose hepática são obesos. Meu caso. Meu atual peso elevou minha condição de paciente com sobrepeso para paciente obesa.

 A retirada da minha vesícula aos 22 anos, que antes auxiliava a processar a gordura que eu ingeria, também é um fator que pode ter contribuído para esse quadro clínico. Os riscos principais da esteatose hepática são doenças decorrentes da inflamação do fígado, como a hepatite e outras lesões no fígado.

Isso me dá medo? Sim. Minha avó materna morreu de câncer no aparelho digestivo e a avó paterna dela também. Em nossa família também há muitos outros casos de complicações gástricas graves.

Recuperando a saúde

Embora tenha recebido esse diagnóstico há alguns meses e temer uma complicação, nada fiz para reverter esse quadro. Culpo-me por ter sido omissa comigo mesma. O excesso de trabalho e a falta de tempo me fizeram adiar o início do tratamento e de novos exames. A notícia boa é que essa predisposição de acumular gordura sempre existirá, porém, com dietas e acompanhamento médico, é possível controlá-la e não sofrer nenhuma complicação.

A dieta deve ser controlada. Não adianta cortar a gordura totalmente da alimentação, pois meu organismo sentirá essa restrição forçada e para se precaver pode estocar no fígado toda a pouca gordura ingerida, piorando meu quadro clínico.

Nesta semana, marcarei médicos e iniciarei um programa de nova vida saudável. Vou dividir com vocês aqui, toda segunda-feira, tudo o que fiz de saudável na semana anterior. Vou chamar de “Projeto Mulherão Saúde”. Sei que tornando meu caso público, poderei ajudar mulherões que padecem desse mesmo mal e também tenho certeza que receberei apoio e carinho de todas vocês.

Contar ou não que estou com a saúde afetada?

Perguntei-me várias vezes se seria ou não uma boa idéia dividir aqui que estou doente. Afinal, sou exemplo para muitos mulherões que me seguem. Tinha medo do impacto que poderia causar para alguém que recuperou a autoestima por meio do Blog Mulherão, ver que a autora do blog prega que é possível ser gorda e saudável se ela não está saudável. Cada caso é um caso. Da mesma forma em que há magros doentes, hoje, sou eu que estou debilitada.

Minha decisão de tornar isso tudo público é porque cansei de ver gente muito mais gorda e com problemas de saúde muito mais sérios do que os meus, mentindo sobre seu verdadeiro peso e divulgando que são absolutamente saudáveis, quando sabemos que isso não é verdade. Gente que forma opinião, que poderia ajudar muito mais gente se fosse sincera. Afinal, mentir para os outros e para si mesma é o pior veneno que alguém com a saúde debilitada pode sofrer.

Torçam por mim!

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