Por Renata Poskus Vaz
Depois que meu longo namoro de 5 anos acabou, jurei para mim mesma que nunca mais iria me apaixonar por ninguém. Acontece que nessas coisas do coração, ninguém manda. De repente, eu, a durona master suprema do universo, estava completamente apaixonada por um cara vindo do outro lado do mundo.
A coisa mais estranha (e maravilhosa!) que já senti na minha vida. Alguém com o mesmo terrível gênio que eu, inteligência ímpar e muito delicinha.
Acontece que vocês que me conhecem bem, há 5 anos, sabem do meu gênio. Não justificando, mas já justificando, ainda não sabia lidar comigo mesma e outra pessoa nessa fase recém-saída pós-depressão. Aquele momento em que misturamos êxtase e inseguranças. Se não entendia a mim mesma, como entender o outro?
De repente, o casal aparentemente perfeito e que muitos admiravam, se estranhou. Eu não soube lidar com esse desentendimento. E após uma sucessão de erros da minha parte, em tão pouco tempo, meu conto de fadas chegou ao fim. Minha ansiedade em reparar meus erros, em me justificar, em querer consertar, acabou afastando ainda mais ele de mim. Até um ponto em que não nos restou a mínima chance de reconciliação.
Mas antes desse ponto final, alguns amigos me sugeriram um vídeo para reconquistá-lo. E eu adorei a ideia. Passamos mais de uma semana produzindo. Recebemos apoio de mais de 60 pessoas. Muita gente apoiando. Havia também quem dissesse: “você está se humilhando, se rebaixando”. Não, eu não estava. Graças a Deus tive uma excelente criação e o que de mais valioso aprendi com meus pais é assumir meus erros e tentar repará-los. Se não escondo meus sentimentos de raiva e desapontamento, porque teria que deixar o orgulho falar mais alto e esconder o amor, o carinho e o desejo de perdão e entendimento?
E foi fazendo essa prova de amor para uma pessoa, que recebi a maior prova de amor da minha vida. A dos meus amigos. Pouco a pouco as contribuições para o vídeo foram chegando. Eu ria com todas elas. Muito bem-humoradas, gente que queria minha felicidade de verdade. Eram tantas contribuições que, infelizmente, mais da metade precisou ficar de fora. Gravamos e editamos dezenas de vezes porque tudo dava errado. Minha internet não estava funcionando, o software de edição pifava, muitas coisas deram errado, meio que um aviso: “olha, não faça isso, Renata, você vai se machucar!”
Mas eu fui até o fim e fiz. Prefiro sempre me arrepender de ter tentado a não fazer nada e, no futuro, pensar em como teria sido.
Enfim…
O que vocês verão hoje é uma prova de amor que não teve como ser entregue ao seu destinatário pois, mais uma vez, com minha ansiedade, acabei sendo dura com as palavras e o afastando definitivamente de mim, sem chance alguma de reconciliação. Mas não deixa de ser uma prova de amor da amizade de meus leitores e amigos.
Esse vídeo tem muito amor para ser esquecido em um pen drive. Tem que ser dividido. Ele não pode mais trazer meu amor para mim, mas pode servir de inspiração para todos nós.
Amo vocês!
Obrigada, gente!