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Eu me amo, com ou sem barriga!

Por Renata Poskus Vaz

Pensei muito se postaria a foto do meu pânceps aqui. É muita exposição. Mas como querer me preservar agora se, no passado, eu comecei a fazer  sucesso com o Blog Mulherão justamente falando de minhas experiências fracassadas e vergonhosas de emagrecimento? Como por exemplo quando tomei Xenical e soltava puns cor de laranja, de pura gordura, na calcinha. Eca! rsrsrs (leia aqui)

Eu me autoesculhambei desde o início no Blog, sem medo, sem vergonha. Mas isso, no final, foi bom para mim. Afinal, cada experiência compartilhada retornou para mim em forma de incentivo e autoestima. Ou seja, mostrar meu bacon aqui ou acolá, é só mais uma experiência, uma história para contar.

Então, vamos lá. Antes de mais nada,  para quem não acompanha com frequência o Blog, ou acompanha mas perdeu postagens anteriores, tenho vivido um processo de reeducação alimentar e manutenção de hábitos saudáveis. Quero ser um mulherão saudável. Usar meu manequim 46 com saúde, porque antes eu estava doente.

Após perder mais de 10 Kg, minha saúde ficou nota 10, incluindo o adeus à esteatose hepática e aos cistos nos ovários (que podem, mas não vão voltar!). Eu havia me afastado da academia, estava cansada e um pouco apática. Voltei faz 15 dias. Meu peso não alterou em nada, mas caminhar 60 minutos todos os dias já fez uma diferença enorme no meu abdômen.

Quero deixar claro que o incômodo que uma barriga inchada me causa não é estético. Eu não odeio minha barriga, mas me amo o suficiente para ser feliz com ou sem ela. Já para minha saúde, sinaliza que estou com excesso de gordura no fígado. E como já tive um  quadro complicado de esteatose hepática,  preciso sempre prevenir.

Fiquei feliz com essa redução em 15 dias. E quis dividir com vocês (é uma pena que o pouquinho de bunda tenha ido embora junto) :p Meu peso continua o mesmo.

barriga

 

 

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Mulherão saúde: Como exterminei a SOP e a esteatose hepática

Por Renata Poskus Vaz

Faz mais de um ano que eu contei aqui no Blog Mulherão que estava muito doente e que precisava cuidar da minha saúde. Se você não lembra, clique aqui e recorde. Resumidamente, eu estava com grau 1 de obesidade, com 96 Kg (sendo que engordei só de janeiro de 2013 a março  quase 7 Kg), esteatose hepática, síndrome dos ovários policísticos (SOP), estresse e mais de um monte de problemas associados.

Por alguns meses, com acompanhamento médico, tomei metformina para melhorar a situação da esteatose hepática e da SOP. Fiz também reeducação alimentar. Simplesmente parei de ingerir o tanto de besteira que eu comia, substituí gordices normais por versões light. Comia muito  o dia todo, mas coisas saudáveis. E me exercitava. No início na academia, depois em voltinhas com o cachorro pelo bairro.

Fui para o Spa também, fiquei por lá  por 15 dias. Não emagreci tanto no Spa,  mas dei aquele “up” na reeducação alimentar e consegui descansar bastante pois, naquele momento, o estresse era o maior vilão da minha saúde.

Enfim…

Um ano após esse meu início de mudanças de hábitos, emagreci 12 Kg. Hoje estou com 84 Kg.

renata poskus antes e depois

(tava mais tchutchuca gordinha, né?! :p )

Mas para mim, de nada adiantava estar mais magra.  Eu queria estar mais saudável. Então, fiz uma série de exames clínicos para checar como eu estava por dentro.

Não tenho mais esteatose, o exame não apresentou nenhuma função hepática alterada. A parte superior do meu abdome está visualmente menos dilatado, normal, não dói… Fiquei muito feliz com isso.

Todos os outros exames de colesterol, glicose etc deram normais com índices excelentes. Ou seja, nem bom, nem regular, nem ótimo… Excelente! Fiquei orgulhosa de mim mesma.

A próxima etapa para checar a minha saúde foram os exames ginecológicos. Desde os 22 anos tenho ovários micropolicísticos (acho que já tinha antes disso, mas como era virgem não tinha feito ainda o ultrassom transvaginal e só descobri nessa idade). Com o passar do tempo esses cistos foram aumentando a ponto de me causarem dores terríveis, ciclos menstruais irregulares e tive quase certeza que eles me gerariam infertilidade. Não havia pílula ou tratamento que os impedissem de crescer. Eu sofri muito pensando que não poderia ser mãe de barriga (porque de coração eu tenho certeza que serei, de qualquer forma), muitas vezes meu ex-namorado precisou enxugar minhas lágrimas quando eu via minha menstruação chegando mais um mês, sem que Deus (ou minha saúde) nos trouxesse um bebê.

Só que além de caminhar, me alimentar direito, tomar a metformina, passei a fazer terapia neste início de ano. Desabafar, ter alguém para me orientar e aprender a lidar com meus sentimentos  de uma forma positiva e equilibrada impactaram da melhor maneira sobre a minha saúde.

Ao fazer meu exame de ultrassom transvaginal a grande surpresa: eu não tinha nenhum cisto no ovário. Nenhum! O útero estava limpo, como nunca tive. Ovários lindos, fofos, cuti-cuti… Tomei a metformina no ano passado e sabia que reduziria alguns desses cistos, mas fui alertada de que ela não faria com que eles desaparecessem, que isso era impossível de se acontecer.

Ou seja, recebi um grande milagre!

Segundo o médico, eu sou uma mulher saudável, fértil e pronta para engravidar! (não que eu vá engravidar agora, mas saber que se um dia eu quiser, poderei, é um alívio e uma grande felicidade!)

E se estou dividindo algo tão íntimo com vocês é porque sei a quantidade de mulheres desesperadas com medo de não serem férteis. Quando dividi minha angústia com “amigas” no passado, elas usaram isso contra mim. Alimentaram o meu medo de infertilidade. E eu estou aqui para mostrar que, pelo menos para a SOP, há remédio, há cura total. Que vocês não precisam se contentar com redução de cistos, que vocês podem orar e se tratar para que eles sumam. Sou uma prova viva disso!

O mais bacana disso tudo é que embora não seja mais obesa, tenha apenas sobrepeso, ainda estou bem longe do peso ideal dessas tabelas de IMC.  Eu encontrei meu equilíbrio.

Minha dica é que sempre procurem orientação médica, jamais tomem remédios por conta própria. Eu levei um ano para recuperar minha saúde e ainda tenho mais um monte de exames preventivos para fazer, com o vascular. E ainda terei que continuar com meus exercícios e minha terapia, quem sabe para sempre, para não voltar a me estressar, prejudicando minha saúde e minhas relações sociais.

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Projeto Mulherão Saúde: Esteatose Hepática (fígado gorduroso)

Por Renata Poskus Vaz

Primeiro dia útil do ano e com certeza essa também é a data em que muitas mulheres iniciarão suas dietas para perder peso ou desintoxicar o corpo por conta de tantas gostosuras calóricas e não tão saudáveis saboreadas durante as festas de natal e réveillon. Comigo não será diferente. E minha preocupação vai muito além de controlar os ponteiros da balança… Tem relação direta com minha saúde que, há algum tempo, não anda muito boa.

No ano passado visitei um médico endocrinologista preocupada com meu grande aumento de peso, sobretudo a concentração de gordura exagerada na parte superior abdominal, na região do estômago e fígado. Além de fortes dores na coluna, também sentia dores de cabeça terríveis quando ingeria muita gordura e sérias indisposições gástricas.

17 Kg mais gorda

renata poskus vaz mais magra

Acima, 17 Kg mais magra em 2009, sem photoshop

Em 2009, no início do Blog Mulherão eu pesava 72 Kg. Hoje, peso 89 Kg. Um aumento de 17 Kg em menos de 4 anos. Passei do manequim 44 para o 48/50. Engordei tanto que não agüentava mais dançar ballet. Suportar meu peso sobre uma única perna passou a ser impossível para mim. A coluna também mandava recados de que não ia bem.  Trabalhar o dia todo sobre um salto alto quando estava menos pesada já era cruel e com meu novo peso me incapacitava no dia seguinte para qualquer atividade.

Engordar não foi proposital, porém não há como não notar que os ataques que algumas blogueiras e outras invejosas faziam questionando minha condição gorda diminuíram drasticamente (sim, eu já fui discriminada por ser uma gorda em um mundo magro e depois passei a ser discriminada por ser uma magra em um mundo gordo). Mais gordinha, pude ver meu bumbum crescer, o corpo ganhar mais curvas e rosto ficar mais corado e jovial. Enfim, fiquei mais bonita gorda do que quando era magra, porém, a saúde não ia bem.

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 Esteatose Hepática

Quando recorri a um endocrinologista, não imaginava que, na verdade, deveria ter recorrido a um gastroenterologista. O endocrinologista me pediu alguns exames de sangue e de hormônios. O resultado não apresentou alterações hormonais, de glicose, triglicérides ou colesterol, mas apontou para um outro problema: esteatose hepática, vulgarmente conhecida como gordura no fígado.

Esta condição do fígado pode ser gerada pelo consumo exagerado de bebidas alcoólicas ou por alimentação rica em gordura. Mais de 70% dos pacientes com esteatose hepática são obesos. Meu caso. Meu atual peso elevou minha condição de paciente com sobrepeso para paciente obesa.

 A retirada da minha vesícula aos 22 anos, que antes auxiliava a processar a gordura que eu ingeria, também é um fator que pode ter contribuído para esse quadro clínico. Os riscos principais da esteatose hepática são doenças decorrentes da inflamação do fígado, como a hepatite e outras lesões no fígado.

Isso me dá medo? Sim. Minha avó materna morreu de câncer no aparelho digestivo e a avó paterna dela também. Em nossa família também há muitos outros casos de complicações gástricas graves.

Recuperando a saúde

Embora tenha recebido esse diagnóstico há alguns meses e temer uma complicação, nada fiz para reverter esse quadro. Culpo-me por ter sido omissa comigo mesma. O excesso de trabalho e a falta de tempo me fizeram adiar o início do tratamento e de novos exames. A notícia boa é que essa predisposição de acumular gordura sempre existirá, porém, com dietas e acompanhamento médico, é possível controlá-la e não sofrer nenhuma complicação.

A dieta deve ser controlada. Não adianta cortar a gordura totalmente da alimentação, pois meu organismo sentirá essa restrição forçada e para se precaver pode estocar no fígado toda a pouca gordura ingerida, piorando meu quadro clínico.

Nesta semana, marcarei médicos e iniciarei um programa de nova vida saudável. Vou dividir com vocês aqui, toda segunda-feira, tudo o que fiz de saudável na semana anterior. Vou chamar de “Projeto Mulherão Saúde”. Sei que tornando meu caso público, poderei ajudar mulherões que padecem desse mesmo mal e também tenho certeza que receberei apoio e carinho de todas vocês.

Contar ou não que estou com a saúde afetada?

Perguntei-me várias vezes se seria ou não uma boa idéia dividir aqui que estou doente. Afinal, sou exemplo para muitos mulherões que me seguem. Tinha medo do impacto que poderia causar para alguém que recuperou a autoestima por meio do Blog Mulherão, ver que a autora do blog prega que é possível ser gorda e saudável se ela não está saudável. Cada caso é um caso. Da mesma forma em que há magros doentes, hoje, sou eu que estou debilitada.

Minha decisão de tornar isso tudo público é porque cansei de ver gente muito mais gorda e com problemas de saúde muito mais sérios do que os meus, mentindo sobre seu verdadeiro peso e divulgando que são absolutamente saudáveis, quando sabemos que isso não é verdade. Gente que forma opinião, que poderia ajudar muito mais gente se fosse sincera. Afinal, mentir para os outros e para si mesma é o pior veneno que alguém com a saúde debilitada pode sofrer.

Torçam por mim!

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