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Ensaios fotográficos gratuitos para crianças especiais

Por SImone Fiúza

O projeto Borboleta Pequenina é uma iniciativa da Tatiane Moraes fotógrafa e mãe da pequena Ana (que eu morro de amores pelas fotos postadas no facebook), essa pequena nasceu em em 28 de agosto de 2012 é a inspiração do projeto.

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“Além da novidade de ter uma criança, vieram todas as dúvidas e medos ao descobrir que ela tinha uma patologia não antes esperada. Foi um período muito difícil! Foi tudo muito sofrido até chegar ao seu diagnóstico. Mas com o tempo tudo se ajustou.” conta a mãe da pequena.

As fotos da Ana sempre fazem muito sucessso no facebook e veio dai a idéia da mãe proporcionar isso a outras crianças conversando com outros pais, que tinham vontade de fotografar os filhos, mas ao mesmo tempo tinham o receio de como isso seria feito, visto que os profissionais por mais experiência que tenham, não tinham experiência com crianças especiais.

O ensaio para crianças especiais é gratuito, os tratamentos geralmente são bem caros e ela achou uma forma de agradecer e também ajudar famílias como a dela.

“A rotina das famílias especiais é tão pesada, que um dia de descontração, com belos registros, fará diferença. Uma recordação pra toda vida! Minha filha mudou minha vida, e me trouxe tanto amor, que eu preciso dividir!” completa a fotógrafa.

Vou compartilhar com vocês algumas fotos e para maiores informações clique aqui -> Projeto Borboleta Pequenina   

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Bruninha e sua mãe Giselle a espera da irmã Ana Júlia, muito amor!!

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Essa é a Alana e sua mãezinha Carol, como não se apaixonar por esse sorisso?10933710_566433383493913_5067242768085846181_n 10891568_566433400160578_6613124289901411120_n

Esse é o Rafael, muito inteligente e adora política!

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E pra fechar esse é o pequeno Léo, como não amar a pureza das crianças?

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Bjokas

Se você quiser ajudar, indicar, parabenizar entrem em contato com a Tati Moraes ou pelo e-mail projetoborboletapequenina@gmail.com

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Homenagem Dia dos Namorados: Tiago para Aline Zattar

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Por Renata Poskus Vaz
E agora é a vez do marido da linda Miss Brasil 2013 Aline Zattar, homenagear a sua esposa. Uma prova de que os ogros também amam:
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“Quem diria que você anotando seu número no meu telefone, há 8 anos, nos traria até aqui.  Muitos momentos passamos: alegria, raiva, medo, choro, porém posso dizer que foram momentos muito bons desde quando eu comecei a te amar.
Tivemos os nossos filhos que foram os melhores presentes de Deus. E agradeço a Ele por vivermos juntos até hoje e até mesmo por termos nos conhecido. Só nós sabemos pelo que passamos e lhe agradeço pelo seu amor, compreensão nos meus momentos de estresse e por me amar, mesmo sendo tão ogro. Essa é a minha maneira de te amar, de ser feliz, de te fazer feliz e lutar para fazer a nossa família feliz.
Te amo minha Pepa Pig, Estegossaura, espero ser infinitamente feliz ao seu lado (desde que sem tpm, é claro!!!) Milhões de beijos apaixonados,
Tiago”
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Shoestock homenageia o Dia das Crianças com atividades em suas lojas

Por Renata Poskus Vaz

Na semana das Crianças, de 12 a 15 de outubro, a Shoestock homenageia os pequenos com uma série de atividades, conduzidas pela turma do Magia e Cia. Oficina de Cupcakes, Brincadeiras de Platéia e Escultura de Balões,  estarão disponíveis, das 10h às 20h. Você renova a sua sapateira enquanto seus filhotes se divertem. Não é o máximo?!

Veja a programação e leve as crianças para se divertir.

12/10 

Loja Vila Guilherme: Oficina de Cupcakes, Brincadeiras de Platéia e Esculturas de Balões

Loja Moema – Brincadeiras de Platéia e Esculturas de Balões

Loja Vila Olímpia: Brincadeiras de Platéia e Esculturas de Balões

 13/10

Loja Moema: Oficina de Cupcakes, Brincadeiras de Platéia e Esculturas de Balões

 14 e 15/10

Loja Vila Olímpia: Oficina de Cupcakes, Brincadeiras de Platéia e Esculturas de Balões

Lojas Shoestock:

Moema
Av. Bem-Te-Vi, 221
(11) 5044.4513  

Loja Vila Olímpia
Av. Dr. Cardoso de Melo, 1200
(11) 3045.1200

Loja Vila Guilherme
Av Otto Baumgart, 800
(11) 4096.5900

 

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Que bebê lindo!

Por Keka Demétrio

Além do nome, uma das primeiras coisas que perguntamos quando sabemos do nascimento de um bebê é com qual peso e altura ele veio ao mundo. Se for menos de 3 quilos todo mundo acha que nasceu pequeno e fraquinho, mas acima disso é um bebê grande e forte.

Ahh, não tem coisa mais linda do que aqueles bebês bochechudos, cheinhos de dobrinhas nas pernas e que enche nossos braços e todo mundo para pra ver, quer pegar, brincar, mas se é um bebê franzininho, coitadinho, todo mundo pensa que é doentinho, e até o olhar direcionado a ele é de pena.

O tempo vai passando e as opiniões começam a mudar. E é tão estranho isso tudo, porque é muito automático, as pessoas estão tão habituadas a enxergar saúde em bebês rechonchudos e doença em adultos gordos, que ao menor indício de acumulo de gordura já começam as cobranças. De bebê capa de revista a criança passa a sofrer discriminação das próprias pessoas do seu convívio, principalmente das outras crianças, mas não só delas, outro dia ouvi uma moça de 17 anos perguntando para a priminha que não tem mais do que 2 aninhos: o que você quer, gorda?

Crianças obesas crescem cercadas de apelidos que esmagam a auto estima. Ser chamado de elefante, orca, hipopótamo, pudim de banha, bolo fofo, bujão, rolha de poço, bolota, pançudo, bucho, saco de banha é humilhante e cruel, porque geralmente essas crianças vão crescer com aversão de si mesmas.

Criança que cresce sem autoestima, sem ser valorizada, é séria candidata a ser um adulto sem coragem de olhar para o próprio corpo e para dentro de si mesma, passando a se submeter às vontades e visão dos outros como forma de agradar e se sentir amado, deturpando o real sentido do que realmente vale a pena na vida.

 

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Tal pai, tal filho?

Por Keka Demétrio

O tamanho e as formas do corpo não medem o caráter de uma pessoa, mas sim as atitudes em relação à própria vida e o respeito que dispensa aos seus semelhantes. Preconceito sempre irá existir, de formas diversas, e é fato de que não serão totalmente extirpados, já que somos todos dotados, em menor ou maior grau, de sentimentos menos nobres.

Ninguém é obrigado a gostar, ou mesmo tolerar, em seu convívio, uma pessoa obesa, aliás, ninguém é obrigado a gostar de ninguém, mas isso não quer dizer que também possa desrespeitá-la da forma que for.

O ato desprezível intitulado “Rodeio das gordas” é a prova inconteste que devemos repensar com muita cautela a forma como estamos educando nossas crianças, e em quais alicerces e pilastras estão sendo erguidas a conduta moral e ética desses cidadãos que amanhã serão as molas propulsoras da nossa sociedade. A base familiar, sempre tão discutida, parece apresentar rachaduras, cujas infiltrações podem levar ao desmoronamento total.

O absurdo desrespeitoso a que fomos apresentados por estudantes da UNESP, deve abrir uma discussão profunda sobre quem é o culpado por atos assim: o jovem delinqüente, que de tão vazio de princípios e de qualquer tipo de respeito por si mesmo, e que sendo assim, se acha no direito de tratar seu semelhante como um animal, e precisa desesperadamente humilhar outro ser humano para se sentir minimamente alguém, ou se nós, pais, estamos amando tão pouco nossos filhos. Porque amar de verdade é impor limites, mostrar caminhos sem querer caminhar por eles, é ensinar que as quedas nos fortalecem e não os superproteger como bibelôs feitos de cristal. Criar um filho qualquer um cria, mas educar um filho só quem realmente ama o faz.

Se um filho meu estivesse envolvido em um ato dessa natureza, eu, como mãe, estaria com o sentimento de fracasso e decepção sangrando meu coração e corroendo minha alma. E não adianta pedir que Deus me livre de passar por uma situação dessas, porque Deus não irá se envolver nisso se meus filhos não tiverem dentro de casa o ensinamento dos princípios básicos do amor, do respeito, da dignidade, da honestidade e da ética.   

Toda essa conduta vergonhosa vem sendo noticiada pela mídia, portanto, momento oportuno para não mais nos calarmos, não mais baixarmos a cabeça e deixar o sentimento de inferioridade mais uma vez tomar conta. Ao exigirmos a continuidade do processo de apuração, e não aceitarmos qualquer tipo de punição, estaremos, quem sabe, impedindo que outras pessoas sejam transformadas em cachorrinhos encoleirados nos corredores de alguma outra universidade.

Mas, por obséquio, universidade não é lugar de gente inteligente???   

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Nossos irmãos, nossos melhores amigos

Por Renata Poskus Vaz

Meu irmão Raphael, 26 anos, está há três meses fora do país, estudando inglês. Ele é chato, muito chato, parece até um velho ranzinza. Mas confesso que estou cheia de saudades daquele alemãozão de 1,90m, olhos azuis e com um mau-humor nato, que às vezes chega a ser cômico de tão caricato. Sou cristã, espírita e acredito que há um propósito todo especial por ter nascido nesta família. Meus pais não foram predestinados a serem meus pais por acaso. Da mesma forma que meus irmãos também têm uma missão a ser vivida junto comigo.

Fico pensando como posso amar três pessoas de forma tão intensa e especial, mesmo sendo tão diferentes de mim. Somos em quatro irmãos: eu (28 anos), Raphael (26 anos), Barbara (18 anos) e Luiza (1 ano e 2 meses), cada um com sua personalidade e um jeito todo especial de ser.

No hospital, assim que foi atestado o óbito de minha mãe, ele me abraçou e disse: “agora precisamos parar de brigar”. Raphael tinha uma proximidade muito grande com minha mãe e creio que ele tenha sido o que mais sofreu com a morte dela.. Não estou dizendo que ele a amava mais do que nós, mas minha irmã tinha 10 anos e muitos adultos paparicando-a e zelando por ela, o que minimizava seu sofrimento. Eu recebia o carinho e paparico das tias maternas e tinha muitas amigas mais velhas que faziam o papel de “mãe postiça”. Já meu irmão, criado para ser forte e “homenzinho”, ficou mais sozinho, isolou-se.

Entretanto, o tempo passou e reestruturamos nossa vida. Hoje, olho para ele, tão lindo e bem-sucedido profissionalmente e me encho de orgulho. Ainda brigamos muito, feito crianças. Fiz a faculdade da intolerância e implicância, mas nesse quesito ele é PHD. Entretanto, nunca viramos as costas um para o outro. Ele sempre está lá quando preciso dele e ele sempre está ao meu lado. Ai quem mexa com a “Tata” dele e ai de quem se meta à besta com o meu “Faiel”.

Quando eu tinha 10 anos e ele 8, nossa irmãzinha Barbara nasceu. Hoje, uma moça linda com 18 anos. Imagine uma bebezinha no meio de dois pré-adolescentes?! Hummm… Ela é um semi-monstro, bonita e extremamente inteligente.rsrsrsrs…. Quando minha mãe morreu, claro que nos sentimos responsáveis por ela e, até hoje, fazemos tudo para suprir suas necessidades (Até além da conta. Acredita que a chamamos de nenê até hoje? Mimada, né?). Foi ela a razão de nos mantermos unidos e esperançosos por um futuro melhor.

 Em 2009 a Luiza chegou. Filha do segundo casamento do meu pai foi motivo de crises existenciais minhas e um ciúme quase infantil. Hoje, ela alegra nossos dias. Fico feliz em “estragá-la” (sua primeira palavra foi coca, por causa da coca-cola. Gracinha, né?rsrsrs). Sou praticamente uma tia para ela…rsrsrs…. Quando ela chega em casa já dormindo e não posso ver aquele sorriso lindo, me sinto como se meu dia não fosse completo.

Bom, cá estou eu desabafando sobre minha estrutura familiar e você deve estar se perguntando o que isso tem a ver com sua vida, não é mesmo?

Às vezes achamos que estamos sozinhos, que precisamos de amigos. Valorizamos mais as pessoas de fora, os estranhos, do que aqueles que convivem conosco todos os dias. Não demonstramos amor por eles declaradamente com a certeza que sempre estarão lá, ao nosso lado, para sempre. Uma coisa aprendi com a vida. Há alguns amigos que são como irmãos, mas nossos irmãos sempre serão nossos amigos. Amigos de verdade. Afinal, eles não têm “rabo preso”. São sinceros, não mentem, falam o que precisamos ouvir e não o que queremos ouvir. Eles, sem dúvida, são aqueles que nunca nos abandonarão, porque nos amam livres de qualquer interesse.

Muitas vezes os conflitos familiares são inevitáveis. Afinal, mesmo recebendo a mesma criação e estudo, cada pessoa tem sua índole, individualidade, personalidade e caráter. Não há como exigir que seus irmãos pensem como você ou concordem com todas as suas ações. Mas há como se ter a certeza eterna de que eles te amam muito e amarão para sempre.

A nossa missão em família não está em transformar nossos irmãos em pessoas melhores para conviver conosco, mas respeitar suas diferenças e aceitá-los mesmo assim, com muito orgulho e amor.

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Quem sabe assim

Por Eduardo Soares

Faltavam duas horas para acabar o domingo e eu estava no bagaço. Resumo do dia: alguns afazeres do trabalho pela manhã (sim, sou daquele tipo workaholic que leva o trabalho para casa) e prova para concurso às 15 horas da tarde, com duração de 3hr e meia. E o pior: já havia feito essa mesma prova duas semanas atrás, mas devido a confusões oriundas sabe-se lá de quem (até sei, mas não vem ao caso) tive que fazer tudo de novo. Escolheram um local de prova que fica mais próximo de São Paulo do que do Rio propriamente dito, mas lá estava eu, longe de tudo como nunca e tenso como sempre. Ainda tive a genial idéia de pegar um cineminha depois da prova, com o intuito de relaxar a cuca diante do dia cansativo. Não sei se foi o estresse acumulado ou filme ruim, mas a proposta inicial foi por água abaixo. Saí da sessão mais irritado ainda. Como nada dava certo só me restou usar uma frase usada pelos chatissimos Teletubbies: era hora de dar tchau!

Peguei a van e desabei. Parecia que eu nao dormia há séculos. De quebra, o motorista tinha um ótimo gosto musical já que rolava um som relaxante na viagem. Meu sono estava delicioso quando, entre um sacolejo e outro da condução, ouço uma voz diferente. Nem vi quantas pessoas estavam na van, mas aquela voz em especial era doce e irritante ao mesmo tempo. Tudo que atrapalha meu sono é irritante e imagino que o mesmo ocorre com vocês. Procurei entender o que ela dizia. “Borboletinha…cozinha….titi….ido…au”. Depois de certa resistência, me dei por vencido. Dormir em paz só em casa, pensei. Resignado no meu canto, peguei os fones com raiva, estava prestes a castigar meus tímpanos através do som alto e agitado do MP3 quando parei para ouvir e entender aquela melodia cantada entre gargalhadas e pedidos de “de novo, mamãe”:

Borboletinha/ Tá na cozinha/ Fazendo chocolate/ Para a madrinha/ Poti, poti/ Perna de pau/ Olho de vidro/ E nariz de pica-pau (pau, pau)

Sabe aquela sensação que te faz derreter? Baixei as mãos, coloquei o fone no bolso. E a musiquinha continuava. Mãe e filha cantavam com alegria contagiante, como se aquela fosse a primeira canção decorada pela criança. Todos, absolutamente todos ficavam encantados com aquela pequena moreninha de Marias Chiquinhas e de vestidinho rosa com babados brancos. Parecia que elas vinham de uma festa, pois a mãe carregava dois balões cor de rosa e também um embrulho num saco plástico branco. Pelo cheiro, ali tinha de tudo: bolo e salgadinhos. A menininha por sua vez, carregava apenas uma bonequinha que era a sua cópia. Estresse? Qual estresse? Meu lado paternal, que já anda a flor da pele, se rendeu diante daquela mini cantora que embalava a viagem com sua canção típica de jardim de infância.

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Praça de Cascadura. Fizeram dali uma espécie de terminal rodoviário para vans e kombis. Lá encontra-se de tudo: ambulantes dormindo nas próprias caixas de isopor, bêbados “descarregando” o excesso de cevada nas esquinas escuras sem a menor parcimônia, gente estranha comendo espetinhos de churrascos frios, grupos de prostitutas com perfumes fortes e roupas esfarrapadas e mendigos fazendo seus cachorros de travesseiros. A decadência local é gritante. Aliado pelo dia e horário (quase madrugada de domingo), poucas pessoas transitavam por ali e com isso a praça nutria um clima quase assombroso.

Dentre os “moradores” do local, destacava-se uma família com pai, mãe e uma filha pequena. Eles não eram diferentes dos demais: faziam da calçada fria e esburacada uma espécie de “colchão” forrado apenas por jornais, revistas e restos de embalagens de biscoitos; o “quarto” deles era delimitado por vários papelões que juntos faziam uma espécie de quadrado. Com isso, não chamavam a atenção pelo aspecto desumano e sim por frases de aflição e uma voz de choro. Choro de criança. Choro de fome.

Dizem que dentro do possível os mendigos se ajudam. Dentro do que podemos considerar como ‘ajuda’ está o fato de ceder um copo de água para o outro. Entre eles, qualquer tipo de auxilio tem ar de caridade plena. Mas não era o que acontecia com aquela família. A mãe nervosa brigava com o marido, queria que ele desse um jeito para encontrar comida. Ele nada podia fazer, pois todos os bares estavam fechados. Também não iria assaltar, pois ainda mantinha a dignidade que a vida teimava em lhe tirar. Ela dizia que a criança iria morrer de fome em seus braços. Ele se desesperava e berrava com a mulher. A agonia tomava conta daquela família.

Mesmo fraca também devido a fome, a mulher levantou-se para embalar a criança. Ambas choravam copiosamente. Não havia um fio de esperança naquele coração materno. Ela olhava para o céu, não tinha coragem de encarar a filha. A sensação de impotência tomava conta daquele casal. Perder a filha daquela forma seria cruel demais, mas em questão de poucos minutos a morte iria ganhar contornos de realidade. Foi quando um veiculo parou do lado delas.

Dentro dele, uma pequena menina alegre de repente ficou séria ao olhar para a aflição daquela família paupérrima. Guiada por um instinto inocente ela apontou para o embrulho de saco plástico com comida que estava no colo da mãe e apontou para os famintos, como quem diz: “dá para eles, mamãe”.  Supresa, ela atendeu o “pedido” da filha que num último ato entregou com suas próprias mãos sua bonequinha para a menina que inexplicavelmente parou de chorar. Mas quem presenciou a cena não segurou as lagrimas.  Por pena da família, por orgulho da pequena, seja lá pelo que fosse. A van partiu e vimos a mãe faminta agradecer efusivamente a Deus e aquela menina que simplesmente dava “tchau” no alto dos seus dois, talvez três anos.

Seria ótimo se as autoridades competentes tivessem um coração tão sensível quanto a dessa criança que ainda não sabe muita coisa, mas teve a sensibilidade de perceber a agonia de sua “coleguinha” da mesma idade. Sendo assim, façamos a nossa parte: mostrando aos nossos filhos a importância de atos humanitários. Quem sabe assim estaremos modificando o amanhã com famílias dormindo em quartos feitos com tijolos, com camas macias e lençóis aquecidos. Quem sabe assim essas duas crianças poderão cursar uma faculdade juntas.  Quem sabe assim pessoas possam simplesmente comer. Deus nos deu a inteligência. Façamos dela Seu maior orgulho.

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Determinação e superação

Por Roberto dos Santos Vaz

Aproveitando o gancho da Claudia, minha mulher, que expos seu drama a nível nacional ontem, em testemunho no final da novela “Viver a Vida”, no qual em dado momento de sua vida quase a fez sucumbir, gostaria de falar um pouco a respeito de determinação e superação:

Nenhum ser humano tem a benesse de se blindar aos contratempos que a vida vez por outra nos apresenta. Desde uma doença; a perda de entes queridos; um amor mal resolvido, um complexo, dentre outros motivos, podem expor qualquer pessoa à famosa crise de depressão.

A depressão é o desinteresse pela vida, é a forma de se desapegar da dura e cruel adversidade que aparentemente é insolúvel.

Quem nunca passou por isso? As conseqüências de uma depressão são imprevisíveis se o doente não acender a luz da esperança dentro da sua alma. Alguns apelam para a religião e se reerguem; outros se ajudam através de psicoterapias, que como um santo remédio, retornam o indivíduo ao mundo real, se não curado completamente, com mecanismos de defesa. Infelizmente há casos onde o paciente reluta em voltar à vida, e no extremo, podem até dar cabo à vida.

Nada se constrói sem trabalho; a solução para muitos e muitos males é trabalhar, produzir, estudar, amar e viver. Às vezes deparamo-nos com casos de tão simples solução, mas que para muitos são motivos suficientes para um suicídio. Ai que temos que nos fazer presentes e dividir nossa experiência e ajuda.

A determinação é o chamado máximo que temos em trazer à nossa realidade os mais fortes anseios que temos. É perceber que existem problemas, mas que somos mais fortes que eles. Determinação é sair de um estado de letargia e concretizar sonhos. Será isto impossível? Garanto que não. Quando percebemos que geramos um campo energético que altera o nosso meio, tudo é possível. A determinação é aliada da nossa vibração positiva em materializar situações e sonhos.

O ódio, o oportunismo, a pobreza de espírito, a maldade e a falta de ética, são os elementos básicos para aprofundarmos nossa miséria espiritual. Vibrar negativamente em causa própria e aos nossos desafetos gera também uma onda. Onda da destruição e da miserabilidade. É fato e inconteste. Talvez no extremo, a porta da autodestruição.

Dia destes, soube que quando a minha filha Renata fez seu testemunho ao final da novela “Viver a vida”, algumas pessoas sugeriram que seria uma farsa para autopromoção, ou uma apelação a se referir sobre a morte da mãe. Talvez por sorte, e para o crescimento espiritual, as censoras maldosas, tenham a infelicidade de passarem por algo semelhante ao que passamos, dai entendam o que é lutar por superar um trauma de perda. Vibrando dessa forma, infelizmente, será quase impossível que uma resposta da natureza não as encaminhem a algo que as façam também exercitar a superação pela dor.

A Claudia foi o que eu precisava para poder prosseguir e superar. Dessa união veio a Luiza, que é o fato motivador de continuarmos a evoluir, por termos nela a visão que realmente a vida não para.

A Renata, dia a dia, dá adeus às lembranças tristes e aos momentos de dor,  com muito trabalho e realizações.

Enfim, jamais deixamos de criar ou produzir. Todos os membros da minha família buscam no conhecimento uma forma de crescimento, visando partilhar com o nosso meio, experiências e laços de cooperação. É trabalho e preparação a vida toda.

Nada vem de graça, tudo é preparação espiritual, muita preparação pessoal e trabalho.

Somos vulneráveis ainda a quedas, mas na escola da vida, aprendemos a saltar de pára-quedas.

Recomendo a todos que leiam “O Segredo” para poder entender a força descomunal que temos.

Parabéns Claudia, Renata, Raphael, Barbara e Luiza, por serem atletas da determinação e superação.

“A nossa maior glória não reside no fato de nunca cairmos, mas sim em levantarmo-nos sempre depois de cada queda.” – Confúcio.

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“Sou vítima de preconceito em minha própria casa”

Por Renata Poskus Vaz

Recebo centenas de e-mails com pedidos desesperados de ajuda de mulheres que sofrem preconceito dentro de suas próprias casas. Elas vivem uma rotina diária de ofensas e humilhações vindas do marido, pai, mãe, irmãos e até dos próprios filhos. São piadas, comentários maldosos e apelidos que se transformam em uma violência moral sem limites, que fere e às vezes mata. Sim, mata. Pois alguns casos de depressão podem se tornar irreversíveis quando a mulher desiste de lutar e acaba tomando como realidade o que os outros dizem e se nega a continuar vivendo.

Marido frustrado

É comum mulheres casarem magrinhas e depois de um tempo engordarem. Alguns maridos não admitem isso. Homens que se prezem reconhecem a dificuldade da mulher em controlar o peso e a auxiliam a emagrecer, convidando-a para caminhadas, sugerindo gentilmente mudanças na alimentação e até acompanhando-a em consultas médicas. Tudo sem pressão e alicerçado em muito amor e carinho. Há também homens maravilhosos que não se importam com o fato da esposa ter engordado, pois reconhecem que se ele teve o direito divino de criar uma barriguinha de chope e ficar calvo, não há nada demais em ela ter engordado alguns quilos.

Agora, há maridos intolerantes, grossos, que não percebem que as pessoas mudam e exigem que a mulher fique com o mesmo corpo que tinha aos 20 anos. Ofendem, gritam, humilham… Como se tivesse diante de um bem desvalorizado por causa do tempo. É por isso que eu digo: não mude por ninguém. Se tiver que emagrecer, que seja por você mesma. Não seja tola. Um homem que te maltrata não te merece. Você pode até emagrecer por ele, mas assim que engordar alguns quilos este ciclo de humilhações vai voltar. É assim que você quer viver? Em pânico?

Pais intolerantes

Alguns especialistas afirmam que mais do que fatores genéticos e hormonais, os maus hábitos alimentares são as principais causas da obesidade. Eu, por exemplo, tomava coca-cola na mamadeira e comia Nescau de colher desde os quatro anos de idade. Quem comprava essas delícias em casa? Aposto que se com 4 anos não existissem tantos alimentos gostosos e hipercalóricos na dispensa, eu certamente passaria muito bem só com uma bananinha.

Os pais enchem seus filhos de gostosuras. Filho gordo, na infância, confere título de pai zeloso, que não deixa faltar nada ao pimpolho. Só que depois que as crianças crescem, a gordura, ao invés de passar a idéia errônea de saúde, passa a falsa idéia de relaxo e ociosidade. Então, o que era um sentimento de orgulho para o pai, assume a característica de fracasso. Aí, o que eles fazem?

Poucos estimulam seus filhos obesos. A maioria faz piadas, desacredita o potencial de seus filhos e alguns até demonstram se envergonhar deles.

A única maneira de ser feliz é enfrentando o preconceito

A saída quando se é “perseguida” dentro da própria casa por pessoas que deveriam lhe dar amor, proteção e carinho, é procurar um profissional especializado em psicologia. Faculdades de psicologia costumam oferecer este serviço gratuitamente. Em alguns casos de agressão verbal é possível denunciar o agressor à justiça.

Outro passo importante é ter uma conversa franca com sua família e explicar que não é gorda porque quer e que não se sente bem com aquele tipo de tratamento. Mostre o Blog Mulherão para sua família. Se as ofensas continuarem, organize-se e saia de casa. Sem paz, ninguém consegue ter saúde e felicidade.

Lembre-se, você é especial e não é menos do que ninguém só por causa do seu peso.

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Aprenda a dizer não

Por Luciane Russo

LucianeÉ muito simples o porquê de não conseguirmos dizer não – queremos ser aceitos – pela família, pelos filhos, amigos, enfim, por todos e para isso imaginamos que cedendo a todos os pedidos alcançaremos essa aceitação. Mas este pensamento está errado. A partir do momento em que você começa a ceder a tudo que lhe pedem, as pessoas simplesmente perdem o respeito e a noção das coisas. Sempre que precisarem de alguém, para qualquer coisa, chamarão você. Mas não seria falta de caridade não ajudar? Não estamos aqui falando de não ajudar ao próximo e, sim, dizer alguns “nãos” quando você não pode ou quando você não quer. É simples. Sua melhor amiga te chama pra sair justamente naquele dia que a única coisa que você quer é ficar em casa, debaixo das cobertas com seu livro. O que fazer? Dizer que não está afim ou sair só para não chateá-la? Muitas vezes fazemos coisas que não nos agradam só para não desagradar aos outros, mas isso está certo? Estamos sendo verdadeiros com quem mais importa em nossas vidas, ou seja, nós mesmos? Acho que não, apesar de ser um treino bem difícil, temos de aprender a dizer não para coisas que não nos agradam ou, simplesmente, não estamos afim. Pode parecer cruel, mas com a maturidade conseguimos entender que não será um “não” que acabará com a família ou com a amizade. E se acabar, é porque não era uma relação verdadeira. Amigos de verdade nos respeitam e a família, ora, ela sempre será a família. Então, pare pra pensar e veja se você não está fazendo somente o que os outros querem em detrimento de sua própria vontade só para agradar. Em nossa vida, a pessoa que mais devemos agradar, somos nós mesmas, pois pode ter certeza de que ninguém fará isso por você, a não ser você mesma.

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