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Boa sorte, Keka!

Por Renata Poskus Vaz

Blog é como a casa da gente. E quando a gente ve um colunista saindo para carreira solo dá um aperto danado no coração. É como um filho adotivo que vc acolheu, que viu crescer e que quer que prospere, mas aquele ciúmes de mãe quer mantê-lo para sempre por baixo das suas quentinhas e seguras asas.

Keka Demétrio viu uma matéria no Blog Mulherão há quase três anos e logo entrou em contato conosco. Fez o Dia de Modelo, ficamos amigas e logo a convidei para ser nossa colunista, após ler um texto super bacana em seu perfil do falecido Orkut. Ainda me lembro da Keka de ontem, uma mulher depressiva, com baixa autoestima, ainda tentando se enquadrar na vida após o divórcio, mas ciente de tudo o que deveria fazer para mudar sua vida, mesmo que essas coisas, até então, fossem claras apenas na teoria.

Ela foi mudando, crescendo e se transformando em um mulherão.  Seus textos não somente ajudaram milhares de leitoras que temos pelo País inteiro, como também ajudaram a ela mesma.  Falo isso porque também tive essa experiência pessoal no Blog Mulherão, a nossa casa.

Após quase 3 anos de colaboração, Keka foi convidada para escrever no Tempo de Mulher, um site feminino do Portal MSN. Isso vai ser muito importante para ajudar a divulgar uma palestra que ela está organizando. Acreditamos que todas as leitoras que admiram e acompanham a Keka continuarão a acompanhar seu trabalho no MSN. Lá, ela terá oportunidade de divulgar nossas ações, eventos, projetos e o mais importante, ajudar novas mulheres.

Só Deus sabe o quanto já chorei.  Mas vamos cair na real, estamos falando apenas de acompanhar mais um site. É um clique. Apenas um clique que vai mudar!

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Lamentável

Por Keka Demétrio

Lamentável. Esta foi a palavra menos pesada que encontrei para começar a responder a uma leitora que me enviou um e-mail dizendo que o namorado terminou o relacionamento porque não suportou a pressão dos amigos pela namorada ser gorda.

Sim, gorda. Dizem que jamais devemos chamar uma mulher de gorda, mas vamos falar claramente e sem hipocrisia: o que é uma mulher acima do peso? Fofinha, gordinha, fortinha, cheinha, plus size, dentre outros? Sim, estes são adjetivos que pessoas carinhosas usam para se referirem a mulheres cheias de curvas, mas no fundo, e nem tão lá no fundo assim, sabemos que o adjetivo certo é Gorda. Estou gorda e o primeiro passo é assumir esta condição, porque quando assumimos o nosso eu, as pessoas querendo ou não, vão ter que nos aceitar e respeitar. Quanto a gostar de nós isso é outra coisa.

Voltando ao e-mail da minha amiga, quero avisar a ela, e para um monte de amigas desavisadas, que o mundo está cheio de homens que definitivamente não gostam de mulheres gordas, há aqueles que nos adoram, e que se relacionam conosco com amor, respeito, desejo e tudo o que merecemos, há aqueles que gostam de gordas apenas para o sexo, e há ainda aqueles que adoram uma mulher como nós, mas que não são homens suficientes para assumirem isso. Enfim, cabe a cada uma de nós saber se prefere um homem com H ou um homem com h.

Tudo bem que existe a mídia que diz que mulher tem que ser magra, e toda essa ladainha que estamos cansadas de ouvir, ler e ver, mas onde fica o caráter, o gosto, a liberdade de escolha destes homens? Deixar uma mulher, ou não assumir um compromisso com ela, mesmo a querendo, a desejando, por causa do que as pessoas vão falar é perda demais de vida, de sonhos, de felicidade. Até quando as pessoas vão continuar a ignorar as próprias vontades, o próprio coração em detrimento ao que é melhor visualmente para eles em sociedade? Que droga de sociedade é essa, minha amiga, que este seu companheiro quer se firmar, onde o que vale é um passando por cima do outro sem respeitar a individualidade? Dinheiro, poder, status? Dinheiro não agüenta desaforo, poder acaba e status se perde, mas amor, companheirismo e afeto verdadeiros não se perde, não se acaba e juntos são fortes o suficiente para suportarem todos os desaforos que a vida impuser. Que tipo de amigo ele possui que não respeita seus sentimentos?

Uma mulher gorda pode ser linda, ou não, assim como uma mulher magra, depende de como ela se cuida, e principalmente da forma como ela se enxerga e se posiciona. Homem que despreza um amor pelo físico não ama, não respeita a mulher, quer apenas um enfeite para desfilar nas rodas hipócritas desta sociedade onde o TER vale mais do que o SER. Beleza é perecível, mas inteligência, cultura, educação, bons modos, princípios e valores são legados que fazem a nossa história valerem ou não à pena.

Não tenho vergonha de mim, e se tivesse, este seria o primeiro passo para afastar as pessoas que realmente fazem a diferença na minha vida, porque ninguém tem a obrigação de ficar ao lado de quem não se gosta e não se respeita.  Tenho um amor próprio maior que eu mesma que aprendi a alimentar depois de sofrer por longos anos um preconceito barato por sempre estar gorda. Aprendi a não dar ouvidos para gente pequena e insignificante e passei a ouvir mais meu coração e o que se passava dentro de mim, e sinceramente, isso me tornou o que nem eu mesma imaginava que um dia seria: dona da minha vida.

Tem um velho ditado que diz que conselho se fosse bom não era dado, mas vendido, portanto, não tome nada do que leu anteriormente como conselho, mas como algo que a leve a pensar se vale à pena ficar se culpando pela atitude de alguém que, embora no auge dos seus 30 anos, ainda não conseguiu formar o seu caráter e não ama nem a si mesmo. Não queira ao seu lado um homem que vê a mulher como um complemento, um alimento para a sua própria vaidade, mas deseje um homem que te admire, que sinta orgulho em estar ao seu lado pelo que você é, pela forma como conduz sua vida e pela luz que reflete em sua vida e principalmente na dele, independente do seu tipo físico.

E não tenha vergonha de chorar. Chore, pratique a choroterapia, coloque para fora toda essa mágoa, mas jamais se esqueça de quem você é e do valor que possui, porque, querida, coisas maravilhosas acontecem o tempo todo, e Deus sabe exatamente do que você precisa.

 

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Entendeu, ou quer que desenhe?

Por Keka Demétrio

Quando eu tiver um amor vou ser feliz. Cansei de ouvir amigas falando sobre isso, que o que falta na vida delas é um amor. Confesso que já passei por isto também, mas estou aprendendo que querer um amor é diferente de estar preparada para viver o amor.

Ah, o amor, esse ‘fogo que arde sem se ver’, que consome nossos dias e pensamentos, nos paralisa e nos faz esquecer que a vida é feito uma colcha de retalhos que vamos tecendo ao longo do tempo.

Quando creditamos nossa felicidade ao fato de termos um cobertor de orelha ou não, estamos deixando passar todas as outras coisas que poderiam ser material para tecermos a vida com entusiasmo, fé, alegria, riso, e amor. Quem só deseja ter um homem ao seu lado não está preparado para tê-lo. É preciso antes saber saborear da sua própria companhia, não sentir-se intimidada a sentar-se em um restaurante sozinha, beber seu vinho, comer seu prato preferido e pagar a conta. E digo intimidada porque infelizmente ainda nos dias de hoje algumas pessoas vêem mulheres desacompanhadas nos restaurantes com um certo pré conceito.

Mas agora me fala, quantas pessoas você ouviu dizer com os olhos brilhando que está perdidamente apaixonada nos últimos meses? Ok, nos últimos dois anos? É, eu também não me lembro de nenhuma, a única coisa que me vem à memória é a mulherada dizendo que quer um amor, que falta um amor, e eu queria muito saber o que elas tem feito para que sejam merecedoras desse amor, ou se não estão idealizando demais. Ai lá vem a ladainha: é, sabemos que príncipes encantados não existem, e por isto estamos esperando o sapo sem a ilusão de que quando os beijar se transformarão.

Gente, mas perae, príncipes existem, sim! Ou acha que só você é perfeita, a mulher que todo homem deveria ter ao lado, e que não entende porque está solteira? Tem mesmo a pretensão de que só você pode ser a princesa da vida de alguém? Se você tem inúmeros defeitos, seu príncipe também deverá ter. Imagina alguém perfeito e imagine que tédio seria! Tudo seria previsível, tudo seria metodicamente calculado e pensado e gente assim é muito chata, porque a vida é feita de surpresas, de emoções descobertas no dia a dia. Se você pode ter defeitos, seu príncipe só não pode, como deve ter, porque se ele for perfeito ele não vai querer alguém imperfeito. Entendeu?

O que os tornam princesa e príncipe de verdade, é a forma como irão lidar com os defeitos um do outro. Se ambos forem perfeitos, não precisariam se relacionar, porque relacionamento é antes de tudo cumplicidade, entrega, desejo, paixão, compaixão, é saber falar e calar, chorar e sorrir, é caminhar no mesmo compasso para nenhum sentir-se à frente do outro, mas próximo o necessário para que as mãos não se soltem. Quem é perfeito não precisa de nada disso. Entendeu de novo?

Ao invés de ficar vendo o tempo passar esperando um amor, vá se preparar para recebê-lo, para ter capacidade de retribuir, porque como diz nosso amigo Neruda, “E desde então, sou porque tu és. E desde então és, sou e somos… E por amor Serei… Serás…Seremos…”

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Vergonha

Por Keka Demétrio

Dizem que ser forte é saber demonstrar alegria quando não se sente, sorrir quando se quer chorar, calar quando se quer gritar. Pode ser, mas também dou a isso o nome de auto enganação. Procurar estar feliz é um exercício diário e constante, e assim como qualquer tipo de exercício, tem dias em que a gente tá com preguiça. Nesses dias, me dou o direito de estar triste, de chorar e de ficar quieta no meu cantinho. A tristeza ás vezes é uma forma que a alma tem de nos chamar a atenção para certas coisas que gritam por ajustes. Diferente do que todos pensam a quietude que nos toma quando estamos tristes, deve ser aproveitada para uma autoanálise profunda e já que está triste, aproveita e coloca pra fora, nem que sejam em forma de lágrimas, dores que vem pesando o coração. Isso faz bem.  Ao menos para mim faz.

Não sei porque pessoas tem vergonha de chorar, de assumirem estar tristes, de dizerem ter problemas, ninguém se torna menos por  assumir ser humano, por ter coragem de se desnudar diante da vida. Acho até que é através dessas atitudes que conseguimos tornar a nos vestir com uma roupagem mais adequada, mais condizente e límpida.

É, não dá para ser forte o tempo todo. Penso até que deve ser um tanto quanto estressante querer ser politicamente correto 48 horas por dia, tentando agradar a gregos e troianos, menos a si mesmo. Pior que tem gente que se acostuma tanto a essa mediocridade, que nem percebe que está cavando a própria sepultura, porque no fim, mesmo os hipócritas preferem pessoas dotadas de autenticidade.

Eu choro, fico triste, faço minhas terapias malucas, que dão super certo, deito no divã de DEUS e oro muito, e isso não me permite ficar lamentando. O lamento é um sentimento pesado, viciante, que nos afasta da alegria, do prazer de viver. Quem só lamenta torna-se persona non grata, e acho muito triste quando alguém se aproxima e as pessoas quando a veem ‘torcem o nariz’, porque uma das grandes dádivas da vida é ver o sorriso estampar o rosto das pessoas quando elas nos veem chegando.  Por isso, quando começo a perceber que estou perdendo o brilho dou logo um jeito de jogar purpurina na vida e me agarro na certeza de quer fui feita para brilhar.

Não tenho receio em dizer que teve dias em que chorei tanto que pensei que iria desidratar, assim como também não me constrange dizer que tenho meus dias de tristeza e solidão, quando às vezes me procuro e não me encontro em mim mesma.

Mas prefiro assim, ser livre para sentir amor e dor, porque ambos os sentimentos nos acrescentam, nos fazem crescer e oferecem todas as respostas que insistimos em buscar no outro, lá do lado de fora da gente. E vergonha teria que ter se eu não respeitasse o meu lado humano, esse lado cheio de falhas, passível de erros, mas ávido por aprender a acertar.

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Gorda sim, por que não?

Por Keka Demétrio

Diante dessa avalanche de notícias, blog, sites, concursos e afins, posso dizer que a verdade é uma só: a maioria das mulheres estão afirmando que não se importam em estarem gordas, mas poucas são as que realmente se aceitam. Muitas ainda estão no caminho da autoaceitação e outras não se aceitam e nunca vão se aceitar. Fato. E mesmo se aceitando, ser ou estar gordo não é fácil para ninguém. Buscar a felicidade, e para isso ter que ir contra o que a maioria pensa ou determina, sempre foi motivo de sofrimento, porém, de crescimento e libertação.

A maioria das pessoas olha para quem está acima do peso com desdém, como se fossemos menos, como se capacidade fosse medida pela quantidade de quilos que possuímos. E isso arrasa qualquer pessoa. Embora os casos de obesidade possam ter diversos fatores, como genética, distúrbios físicos e emocionais, somos sempre vistos como quem está sempre cometendo o pecado da gula, desleixados e preguiçosos. Quer um exemplo claro? Quando numa festa ou restaurante uma mulher magra se levanta para se servir, ninguém nota o que ela colocou no prato, mas se for uma mulher gorda todo mundo fica reparando e diz: olha lá, por isto está gorda. E assim acontece em diversas outras áreas, somos observados sempre e na maioria das vezes para sermos criticados. Ou seja, de uma forma ou de outra incomodamos e as pessoas nos observam.

Acho tudo muito lindo quando vejo milhares de mulheres declarando se amarem. Tenho inúmeras leitoras, que me enchem de orgulho e alegria, porque muitas delas passaram a se cuidar através da leitura de alguns textos meus, onde, na verdade, eu estava querendo era chacoalhar a mim mesma. Por isso eu sei o quanto isso custa, quanta coragem é preciso para tirar essas palavras bonitas da boca e transformá-las em atitudes, em caminhos, em descobertas e estabelecer um novo modo de vida, enfrentando maledicência, estupidez de gente preconceituosa por alienação, porque não tem opinião própria e não sabe nem o que está dizendo.

Sabe aquele discurso que vivemos ouvindo sobre não precisar que ninguém nos aceite? Pois é, é mentira e nunca concordei com isso. O que sempre propus foi que antes de cobrarmos aceitação dos outros devemos nos aceitar primeiro. Poxa, vivemos em sociedade, e queremos sim que as pessoas nos aceitem, nos admirem, gostem da gente, e seria hipocrisia dizer que não se importa com isso. E sinto te informar que ninguém vai fazer isso antes que você mesmo se aceite, se admire e se goste.

Gosto não se discute e deve-se respeitar. Mas, só para citar como exemplo, alguns homens preferem estar ao lado de uma mulher magra e burra do que ao lado de uma mulher inteligente, descolada, culta, educada e gorda. E isso serve também para mulheres que preferem homens sarados e acéfalos, a estarem ao lado de homens inteligentes, que as valorizam e gordos. Sinto pena de gente assim, e quem for do sexo masculino e não quiser se aproximar de mim por causa do meu peso, por favor, não se aproxime mesmo, quero avisar que está me fazendo um grande favor, poupando-me e se poupando, porque minha preferência é por homens de verdade. E para aquelas que possuem ‘namorados’ que sentem vergonha de assumirem o ‘compromisso’, de as apresentarem para os amigos, digo para se valorizarem mais, porque se não, sempre terão como ‘companheiro’ alguém que pensa ser homem, mas que não passa de moleque.

Felicidade alheia incomoda, e se vier de uma gorda incomoda muito mais. Eu sei, eu sinto. No começo, quando essa onda de autoaceitação começou a crescer, percebia um monte de gente, diga-se mulheres, e alguns homens fúteis, me olhando de canto de olho como se eu fosse a maior das ridículas. Nestas horas, ao invés de marejar os olhos como acontecia anos atrás, eu dava um belo sorriso e fingia não notar, porque arma nenhuma é mais poderosa do que o desprezo, o ato de ignorar. Desta época para cá, comecei a fortalecer minhas idéias e percepções a respeito de mim e só eu sei quantas vezes dormi abraçada comigo mesma, como se a parte forte da Angélica quisesse acalentar e dar forças para a parte ainda doente e enfraquecida pelos anos de autoestima abaixo de zero.

Passei a focar no que eu queria ser, no que eu queria sentir, trabalhei meus pontos fracos e fortaleci o que sempre me evidenciou: minha alegria, meu sorriso e a minha sensibilidade. Pratico a terapia do Espelho, da Música e a Choroterapia, todas criadas por mim como forma de enfrentar a minhas fragilidades. Desenvolvi um trabalho mental de autoaceitação e amor próprio que excluiu da minha vida a vergonha de ser quem eu sempre fui: uma mulher gorda que tem todo o direito de ser e estar feliz, de buscar meu caminho, de lutar por meus sonhos e de não aceitar ser discriminada pelo tamanho do meu corpo. E de excluir da minha vida qualquer um que queira me fazer sentir menos do que sou.

Sou uma mulher acima do peso e sou feliz. Gosto de mim, aliás, me amo, exalo sensualidade, carisma, alegria de viver e não são poucas as pessoas que chegam perto de mim para dizer o quanto me admiram, e olha que tem muita magrinha corpinho de modelo fazendo isso. E homossexuais, também. Talvez porque eles sintam na pele o que é ser desrespeitado, humilhado e possam ver em mim uma mulher que tem tudo para ficar jogada dentro de casa vestida com uma roupa surrada, subir no salto, me jogar em meus vestidos, me maquiar, cuidar de mim e principalmente do meu sorriso. Encarando a vida sem medo do que os outros vão dizer, porque falar eles falam mesmo e minha energia é poderosa e abençoada demais para ser gasta me preocupando com esse tipo de coisa, prefiro investi-la no meu crescimento e aprimoramento intelectual e emocional.

Hoje, percebo que o que incomoda mais as pessoas não é o meu corpo roliço, mas a leveza da minha alma, o desprendimento que tenho em relação ao que prega o preconceito, e o amor próprio que faço questão de ressaltar. O incomodo que estas pessoas sentem é pela felicidade que tenho, e que elas, inconscientemente talvez nunca vão possuir, porque perdem tempo e energia demais em invejar o outro ao invés de ir atrás do que lhes é de direito, o direito de serem felizes. Não tenho um pingo de vergonha do que sou e de como estou, e por isso eu sempre digo: Sou gorda sim, e por que não?

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Opção ou escolha

Por Keka Demétrio

A vida sempre nos apresenta opções e junto com nossas escolhas são elas que determinam se vamos sorrir ou chorar, cair ou permanecer de pé, se vamos realizar ou não nossos sonhos, e até mesmo a forma como vamos evoluir como seres humanos. Para quase tudo na vida existe uma opção, mas o que não pode acontecer de jeito nenhum é você permitir se tornar uma opção na vida de alguém.

Você, eu, ninguém, absolutamente ninguém, deve ser apenas uma opção na vida de outrem. Todos nós merecemos amar e sermos amados, mas principalmente sermos respeitados em nossa individualidade e até mesmo em nossas fraquezas. Ao se permitir ser apenas uma opção, estará sendo um paliativo para tapar buracos emocionais existentes na vida do outro e, pior, abrindo feridas bastante doloridas em si mesmo.

Você não tem que estar sempre em primeiro lugar na lista de prioridades dele, mas tem que ter lugar cativo e preferencial. Sem essa de você ficar se iludindo, criando desculpas para o encontro que não aconteceu, para o fim de semana em que ele não apareceu, para o telefonema que ele não te deu. Quem gosta, quem se importa de verdade, não arruma desculpas, arruma tempo, dá um jeito. Eu sei que quando temos sentimentos de amor por alguém, não é fácil encarar a realidade de que o outro não nutre por nós a mesma coisa, dói, mas é melhor encarar, chorar, sacudir a poeira e seguir em frente, do que ficar vivendo de ilusão, de sonhos que não vão se realizar, desperdiçando vida.

Desde a hora em que acordamos já temos milhares de opções para escolhermos, e algumas nem fazem tanta diferença em nosso dia, então, entenda e acredite de uma vez por todas que você é especial demais para figurar como uma simples opção na vida de alguém. Você faz a diferença onde quer que vá, onde quer que entre, no que quer que faça, para receber amor, atenção, carinho e sexo, em migalhas. Quando você é opção, é o outro quem determina quando, como e onde você vai ser feliz.

Se você aprendeu a amar quem te faz de opção, então não vai ser difícil aprender a amar a si mesmo, porque quando isso acontece, deixamos de ser opção e passamos a ser prioridade, primeiro em nossa própria vida e depois na vida de alguém que mereça de verdade o nosso amor por inteiro, aquele amor que dignifica, apóia, auxilia, admira, entusiasma, incentiva e até diverge, mas que transborda e faz um querer que o outro evolua e seja melhor a cada dia. E isto não é questão de opção, é escolha.

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Aniversariantes da semana

Por Renata Poskus Vaz

Eles são muito, muito especiais em minha vida e foram determinantes também em minha carreira, me apoiando e contribuindo direta ou indiretamente para que o Blog Mulherão, o Fashion Weekend Plus Size e o Dia de Modelo fossem um sucesso:

Mayara Russi

Ontem essa bonequinha da Mayara Russi aniversariou. Para mim, a Mayara Russi é hoje a melhor modelo que temos no Brasil. E quando falo em “melhor”  não me refiro simplesmente à mais bonita. Ela é pontual, ética, dedicada e tem mais um monte de qualidades que surpreendem seus contratantes. Como amiga, ela é uma menina doce, compreensiva, carinhosa, educada e sempre, sempre bem-humorada. Parabéns, Mayara!

Keka Demétrio

Hoje, uma das minhas melhores amigas completa 40 anos. Não parece! Continua linda e muito mais charmosa do que antes. A ala masculina com certeza concorda, não é mesmo? Ela vai ficar meio brava, afinal, é só 10 anos mais velha do que eu. Mas quando sinto aquela falta de bater papo com minha mãe, de ter um conselho, uma orientação que só uma mãezona sabe dar, eu corro ligar para a Keka ou teclar com ela pelo bate-papo do Facebook. Sinto-me amparada e muito amada. Parabéns, amiga!

Orion

A gente briga, briga, briga, mas está sempre junto! Ele sempre me ajudando quando preciso, me dando amor e carinho. Hoje é aniversário do meu namorado Orion, que faz 33 anos. Te amo! Parabéns, lindo.

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Perdão

Por Keka Demétrio

Segunda-feira que vem, 25 de junho, completo meus 40 anos de vivências, experiências, lutas, quedas, realizações, glórias, sonhos, transformações, bênçãos, aprendizado e evolução. Queria escrever sobre como não me trocaria por quando tinha 20 anos, mas que no auge dos meus 40 gostaria de manter o mesmo frescor daquela época, onde os sonhos existiam bem mais do que cicatrizes. De como eu consegui chegar até aqui tendo errado tanto, acertado tanto, e hoje sentir orgulho do que sou e do quanto acredito que vou conseguir a vir a ser o que tanto sonho. Refletir sobre o ano que passou, ou os anos, no meu caso, sobre as perdas, os ganhos, as promessas não cumpridas, os sonhos desfeitos e os realizados.

Estive em São Paulo no último fim de semana, e me aconteceram coisas maravilhosas, mas também alguns fatos que levaram um amigo muito, mas muito especial, cuja presença em minha vida remete a pouco tempo, mas é de uma profundidade tão grande e que tem nos possibilitado um ensinamento mútuo fantástico, me dizer: Perdão! E eu, dentro da minha tristeza, apenas responder: Desculpa, mas preciso me perdoar primeiro. Aquilo me doeu de tal forma que foi meu pensamento e algumas lágrimas, na minha volta de São Paulo para Minas.

Eu preciso me perdoar por ter deixado a situação chegar ao ponto onde um outro ser querido ter que me pedir perdão. Me perdoar por mais uma expectativa frustrada, e ao mesmo tempo deixá-la me fazer entender em definitivo que o mais importante não são as frustrações, mas no que as transformarei.

Quantas vezes perdoamos e fomos perdoados? Quantas vezes achamos que fizemos um esforço homérico para perdoar alguém, quando na verdade não era o outro quem precisava de perdão e sim nós mesmos?

Quando dizemos que perdoamos alguém, será que fazemos isto realmente do coração? Porque só perdoamos realmente alguém que nos fez algum mal quando nos lembramos do feito e não sentimos mágoa, porque se não for assim, foi apenas do boca para fora.

É que antes de perdoarmos alguém, é preciso aprender a perdoarmos a nós mesmos. E é por isto, que de hoje em diante farei um esforço enorme para me perdoar pelas vezes em que me senti frágil, desanimada e vulnerável, porque é quando estou neste estado que percebo o quanto já estive mil vezes mais frágil, mais desanimada e mais vulnerável, portanto, evolui e sinto que posso mais e mais.

Perdoar a mim mesma por ter errado tanto na ânsia de querer sempre acertar, me esquecendo, em diversos momentos, o quanto sou humana. Perdoar a mim mesma por insistir em sonhos que talvez nem virem realidade, mas que são combustíveis para outros sonhos. Me perdoar pelos passos errados, pelos rabiscos mal feitos no livro da minha vida. Me perdoar por pronunciar palavras incertas que vez ou outra feriram um amigo ou mesmo um desconhecido, e por não ter deixado pessoas especiais entrarem ou ficarem em minha vida por medo de sofrer ou de desapontá-las.

Vou me perdoar pelas lágrimas que deixei correr por algo ou alguém que não valia à pena, porque posso até tentar controlar minhas emoções, mas jamais permitirei que a razão se apodere de mim impedindo que novas emoções floresçam. E por ser assim, vou sempre me perdoar por não desistir de acreditar nos bons sentimentos alheios, mesmo sabendo que posso vir a sofrer por causa disso. Porque triste daquele que desiste de ter fé em seu semelhante, e eu quero continuar a fazer a minha parte.

Quero me perdoar quando o meu coração algumas vezes insistir em oferecer amor para quem não quer receber o meu amor, porque entendi que desperdiçar amor dói, mas às vezes é essencial para que sejamos capazes de resgatar o nosso amor próprio.

Perdoar por acreditar nas palavras das pessoas, quando no fundo elas nem sabem o que estão dizendo. Pelas vezes em que perdoei alguém por ter quebrado a confiança que acreditava pautar o nosso relacionamento. Perdoar por ter sonhos e em algumas vezes permitir que outras pessoas os destruam, por não ter vomitado tudo que me amargurava e me fazia triste. E me perdoar por ter deixado passar a oportunidade tão almejada, porque sempre é tempo de recomeçar.

Ao me perdoar, quero abrir o meu coração e entender que de todas as formas e em qualquer tempo, minhas atitudes irão refletir também na vida dos que participam da minha vida, estando perto ou longe fisicamente, por isto tomarei mais cuidado com o que faço e com o que falo.

Poderia escrever aqui mil outras coisas que devo aprender a perdoar, porém, mais uma vez, reafirmo que palavras podem ser escritas em qualquer papel e pronunciadas por qualquer boca, mas são as atitudes que marcam, resgatam, ampliam e enobrecem o amor, o respeito, a admiração e faz valer de verdade o significado da palavra “perdão”.

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Beleza alheia

Por Keka Demétrio

Por mais que se aceite, que se ache bonita, uma vez ou outra vai acabar se comparando com outras mulheres. Isso é perfeitamente normal, e sinto em te informar que é óbvio que sempre existirá alguém mais bonita que você. Mas isso não é um problema, a não ser que seja tão vazia que a única coisa que conta é a beleza. O que não deve acontecer, é você ser muito menos interessante que a maioria delas, mais bonitas que você, ou não.

Preocupamo-nos demais com a questão da beleza física e nos esquecemos de que ser uma mulher interessante requer outros requisitos fundamentais como caráter, senso de humor, educação, inteligência emocional, entre tantos outros. Portanto, para de se sentir fragilizada pela beleza ou inteligência de outra mulher, se estiver frágil que seja porque ainda não desenvolveu seu senso critico e estabeleceu que irá crescer cada dia mais, valorizando as coisas boas que possui. Jamais paute sua vida, seus sonhos de conquistas pela vida dos outros, cada um é cada um, e sendo assim, sentimos, vivemos, aprendemos e evoluímos de formas diversas e diferentes.

Não se sinta diminuída porque outra mulher é mais bela. Nenhum homem que valha realmente à pena vai ficar com você depois do baile só porque era a garota mais bonita da festa, se tiver que ficar será muito mais pela luz que exala do que pelo brilho dos seus cabelos. Será muito mais pela forma como você se trata, do que pela forma como você cuida da sua pele. Portanto, ao invés de ficar se comparando com outras mulheres, avalie-se e procure evidenciar as coisas boas que possui. Quanto as ruins, se for inteligente e souber entender a si mesma, aceitar e trabalhar tudo isso, elas ficarão encobertas pela luz do seu amor próprio.

Porque, definitivamente, beleza física pode até contar, mas não se sustenta sozinha. Não é o que ele vê fisicamente em você que fará a diferença, mas o que você o faz sentir quando está ao seu lado, independente do seu corpo, cor dos seus cabelos ou o tom da sua pele.

O que vai fazer com que ele deseje estar ao seu lado é a forma como vai fazê-lo sorrir e perceber que a vida pode ser leve. É exatamente isso que vai fazer com que ele deseje compartilhar com você tudo, principalmente os maus momentos, porque são estes que nos fazem querer ficar perto de quem realmente a gente gosta, confia e que sabemos que se importa conosco.

Quando nos tornamos, e sabemos ser interessante, beleza alheia nenhuma nos ofusca. Ficamos mais seguras, donas de nossas emoções e sensações, e o homem para estar ao nosso lado tem que nos fazer sentir amadas, desejadas, queridas e especiais, mesmo que ele esteja a quilômetros de distância, porque, proximidade física é bem diferente de proximidade, intimidade e sintonia emocional.

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Agora é a vez dela: Keka Demétrio responde!

Por Eduardo Soares

As pessoas que nunca foram em Ituiutaba (MG), provavelmente ainda não tiveram a oportunidade de assistir as aulas desta professora/secretária fantástica. Motivo para tristeza? Nem tanto. Cada publicação de Keka Demétrio parece (e não deixa de ser) uma aula. Mesmo sem querer – já querendo – ela nos ensina a viver da melhor forma possível. E sempre, sempre o amor está presente. Prestes a completar quatro décadas muito bem vividas, é visível o grau de amadurecimento progressivo desta adorável morena que conquista qualquer tipo de criatura. Basta abrir um sorriso enorme. Ou soltar uma frase curta. Seja como for, ela encanta até em silêncio.

Para quem sempre teve curiosidade em saber mais a respeito da nossa mineira, a hora é essa. Mande sua pergunta até a próxima sexta-feira (15/06) para edusoaresblog@gmail.com com o título “Keka Demétrio responde”. Imagino que centenas delas serão feitas. Mas devido ao espaço, apenas vinte serão escolhidas. As respostas serão publicadas aqui na próxima semana.

Temos uma chance de ouro nas mãos, concordam?

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