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Mulherão saúde: Como exterminei a SOP e a esteatose hepática

Por Renata Poskus Vaz

Faz mais de um ano que eu contei aqui no Blog Mulherão que estava muito doente e que precisava cuidar da minha saúde. Se você não lembra, clique aqui e recorde. Resumidamente, eu estava com grau 1 de obesidade, com 96 Kg (sendo que engordei só de janeiro de 2013 a março  quase 7 Kg), esteatose hepática, síndrome dos ovários policísticos (SOP), estresse e mais de um monte de problemas associados.

Por alguns meses, com acompanhamento médico, tomei metformina para melhorar a situação da esteatose hepática e da SOP. Fiz também reeducação alimentar. Simplesmente parei de ingerir o tanto de besteira que eu comia, substituí gordices normais por versões light. Comia muito  o dia todo, mas coisas saudáveis. E me exercitava. No início na academia, depois em voltinhas com o cachorro pelo bairro.

Fui para o Spa também, fiquei por lá  por 15 dias. Não emagreci tanto no Spa,  mas dei aquele “up” na reeducação alimentar e consegui descansar bastante pois, naquele momento, o estresse era o maior vilão da minha saúde.

Enfim…

Um ano após esse meu início de mudanças de hábitos, emagreci 12 Kg. Hoje estou com 84 Kg.

renata poskus antes e depois

(tava mais tchutchuca gordinha, né?! :p )

Mas para mim, de nada adiantava estar mais magra.  Eu queria estar mais saudável. Então, fiz uma série de exames clínicos para checar como eu estava por dentro.

Não tenho mais esteatose, o exame não apresentou nenhuma função hepática alterada. A parte superior do meu abdome está visualmente menos dilatado, normal, não dói… Fiquei muito feliz com isso.

Todos os outros exames de colesterol, glicose etc deram normais com índices excelentes. Ou seja, nem bom, nem regular, nem ótimo… Excelente! Fiquei orgulhosa de mim mesma.

A próxima etapa para checar a minha saúde foram os exames ginecológicos. Desde os 22 anos tenho ovários micropolicísticos (acho que já tinha antes disso, mas como era virgem não tinha feito ainda o ultrassom transvaginal e só descobri nessa idade). Com o passar do tempo esses cistos foram aumentando a ponto de me causarem dores terríveis, ciclos menstruais irregulares e tive quase certeza que eles me gerariam infertilidade. Não havia pílula ou tratamento que os impedissem de crescer. Eu sofri muito pensando que não poderia ser mãe de barriga (porque de coração eu tenho certeza que serei, de qualquer forma), muitas vezes meu ex-namorado precisou enxugar minhas lágrimas quando eu via minha menstruação chegando mais um mês, sem que Deus (ou minha saúde) nos trouxesse um bebê.

Só que além de caminhar, me alimentar direito, tomar a metformina, passei a fazer terapia neste início de ano. Desabafar, ter alguém para me orientar e aprender a lidar com meus sentimentos  de uma forma positiva e equilibrada impactaram da melhor maneira sobre a minha saúde.

Ao fazer meu exame de ultrassom transvaginal a grande surpresa: eu não tinha nenhum cisto no ovário. Nenhum! O útero estava limpo, como nunca tive. Ovários lindos, fofos, cuti-cuti… Tomei a metformina no ano passado e sabia que reduziria alguns desses cistos, mas fui alertada de que ela não faria com que eles desaparecessem, que isso era impossível de se acontecer.

Ou seja, recebi um grande milagre!

Segundo o médico, eu sou uma mulher saudável, fértil e pronta para engravidar! (não que eu vá engravidar agora, mas saber que se um dia eu quiser, poderei, é um alívio e uma grande felicidade!)

E se estou dividindo algo tão íntimo com vocês é porque sei a quantidade de mulheres desesperadas com medo de não serem férteis. Quando dividi minha angústia com “amigas” no passado, elas usaram isso contra mim. Alimentaram o meu medo de infertilidade. E eu estou aqui para mostrar que, pelo menos para a SOP, há remédio, há cura total. Que vocês não precisam se contentar com redução de cistos, que vocês podem orar e se tratar para que eles sumam. Sou uma prova viva disso!

O mais bacana disso tudo é que embora não seja mais obesa, tenha apenas sobrepeso, ainda estou bem longe do peso ideal dessas tabelas de IMC.  Eu encontrei meu equilíbrio.

Minha dica é que sempre procurem orientação médica, jamais tomem remédios por conta própria. Eu levei um ano para recuperar minha saúde e ainda tenho mais um monte de exames preventivos para fazer, com o vascular. E ainda terei que continuar com meus exercícios e minha terapia, quem sabe para sempre, para não voltar a me estressar, prejudicando minha saúde e minhas relações sociais.

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Mulherão Saúde: minha saúde (ou falta dela) + academia + Metformina

Por Renata Poskus Vaz

Confesso que pisei na bola comigo mesma nos últimos meses. Andei me alimentando mal e dormindo muito pouco… Eu não tinha nem tempo para cozinhar e acabava fazendo uma única refeição por dia, e daquelas bem desequilibradas. Comia o que era fácil de preparar e pronto. Entre comer adequadamente e falar com um cliente, eu preferia a segunda opção. Meus clientes sabem que trabalho em casa e por isso me ligam quando querem. Por diversas vezes conversei com donos de grifes e estilistas de madrugada. E não adiantava dizer que estava em horário de almoço, pois logo escutava: “ah, mas eu vou falar rapidinho”. E lá iam mais 30 minutos nada rápidos no telefone e o almoço ficava para depois.

Para completar, por conta dos preparativos do Fashion Weekend Plus Size, eu dormia apenas 4 horas por noite, e olhe lá. Não sentia sono. Vivia ansiosa e só queria trabalhar, trabalhar e trabalhar! 

Academia

No carnaval, dias antes do Fashion Weekend Plus Size, meu irmão disse que ia se matricular na academia. Fui com ele. Era o empurrão que eu precisava para me matricular. Comecei a malhar na quarta-feira de cinzas. Expliquei ao professor que eu sou ociosa, que não malhava faz tempo e pedi que “pegasse leve” comigo. Só que o leve dele era pesado demais para mim. Fiz uma série de exercícios para o braço que me deixou sem conseguir movimentá-lo por dias. A dor era insuportável e precisei me entupir de Tandrilax. Lá estava eu, há alguns dias do meu evento, sem poder mexer o braço e completamente grogue. rsrsrs… Mas no fim, no evento, deu tudo certo.

Desde então, tenho ido apenas 1 vez por semana para a academia. Ok, vocês vão dizer que isso não adianta nada. Já eu penso o contrário. Óbvio que desejo ir todos os dias ou no mínimo 3 vezes por semana, mas enquanto não consigo organizar meus horários, acho que 1 dia é melhor do que nada.

Metformina

metformina

Não sei se vocês se lembram, mas no ano passado eu disse que me consultaria com um conhecido endocrinologista. Porém, recebi uma enxurrada de mensagens de ex-pacientes dele (eu havia citado o nome do médico) me desaconselhando. Todas haviam tomado remédios, emagrecido e depois engordado novamente. Eu já havia me consultado com ele e tomado um remédio que eu acreditava ser natural, mas continha hormônios T3 e T4, que mexem com a tireoide. Só soube disso agora. 😦

Então, procurei um clínico geral mesmo, que meu bolso poderia pagar. Expliquei meu histórico e mencionei minha preocupação com o meu fígado, mostrei exames antigos e tal. O que ele disse vocês já devem imaginar: perca um pouco de peso, pratique exercícios físicos, maneire na alimentação, sobretudo na ingestão de gordura e mais um monte de bla bla bla que a gente está cansada de saber, mas não põe em prática.

Mas o melhor estava por vir. Ele me prescreveu a Metformina. Pensei bem se postaria isso aqui, já que sei que estou cheia de leitora maluquinha que após ler essa matéria vai correndo para a farmácia se automedicar. Então, meninas, não façam isso. Procurem um médico e falem sobre esse medicamento para ele, caso seu quadro clínico se pareça com o meu. Se achar oportuno ele te receitará e em uma dosagem exata, perfeita para você.

Quer saber para que serve a metformina?

Ela é indicada pata diabetes tipo 2. Não, eu não tenho diabetes tipo 2, porém, quando ministrado à pacientes obesos com esteatose hepática, os níveis de gordura no fígado reduzem significantemente. Mas é claro que maneirar nas refeições também é necessário.

Não há perigo de eu desenvolver diabetes ou hipoglicemia com o uso deste mediamento. Muito pelo contrário. Meu próximo passo após a esteatose certamente seria a diabete.

A Metformina pode causar náuseas, diarréia e dor de estômago. Desta forma, muitas das pessoas que o tomam acabam deixando de comer para não sentirem esses efeitos colaterais. Com isso, elas têm a impressão de que o remédio emagrece, mas na verdade, elas que pararam de comer com medo do piriri. rsrsrs

Eu ando meio sem apetite. Senti que a Metformina dá uma sensação de saciedade, embora a bula não descreva isso em efeitos colaterais.

Ah, mas esqueci de falar a melhor parte sobre a Metformina. Ela também é indicada para a SOP (síndrome dos ovários policísticos). Como vocês já devem saber, mulherões acima do peso tem mais chance de desenvolver cistos nos ovários e consequente menstruação desregulada e dificuldade para engravidar. Já li relato de mulheres que não conseguiam engravidar e conseguiram, sem indução da ovulação, somente tomando a Metformina.  Ela faz uma espécie de “faxina” nos ovários.

O custo de uma caixa para 1 mês é de cerca de R$10. Isso mesmo, R$10.

Daqui há alguns meses eu volto para contar os resultados da Metformina no meu fígado.  (a parte de testar a eficácia na tentativa de gravidez fica por conta de vocês, já que estou solteira. 😦 )

update: Resultado do meu tratamento, após mais de 1 ano, você pode ler clicando aqui

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