Arquivo da tag: paixão

Meu amor, obrigada por nada!

Por Renata Poskus Vaz

Eu te dei a minha melhor parte: o meu amor. Você fez pouco, desdenhou. Obrigada por nada, meu amor!

Obrigada por ter em tão pouco tempo revelado a sua falta de caráter, hombridade, e toda a sua inconsistência. Obrigada por ter mostrado que é desleal, vazio, um lixo de homem! Obrigada pelos bolos que me deu e por toda mentira mal contatada que me dirigiu. Obrigada por mostrar quem é de verdade em tão pouco tempo. Obrigada porque, desta forma, não perdi muito do meu tempo. Não fechei meus olhos. Não gastei meu verbo. Não te coloquei nos meus planos.  Não fiz da tua a minha vida. Não sofri.

Obrigada por ter rejeitado o meu amor. Ele de fato não era teu. É lindo demais. É grande demais. E não caberia, de forma alguma, em uma pessoa pequena. Obrigada por nada, meu amor.

8 Comentários

Arquivado em Relacionamento

Prova de amor

Por Renata Poskus Vaz

Depois que meu longo namoro de 5 anos acabou, jurei para mim mesma que nunca mais iria me apaixonar por ninguém. Acontece que nessas coisas do coração, ninguém manda. De repente, eu, a durona master suprema do universo, estava completamente apaixonada por um cara vindo do outro lado do mundo.

A coisa mais estranha (e maravilhosa!) que já senti na minha vida. Alguém com o mesmo terrível gênio que eu, inteligência ímpar e muito delicinha.

Acontece que vocês que me conhecem bem, há 5 anos, sabem do meu gênio. Não justificando, mas já justificando, ainda não sabia lidar comigo mesma e outra pessoa nessa fase recém-saída pós-depressão. Aquele momento em que misturamos êxtase e inseguranças. Se não entendia a mim mesma, como entender o outro?

De repente, o casal aparentemente perfeito e que muitos admiravam, se estranhou. Eu não soube  lidar com esse desentendimento. E após uma sucessão de erros da minha parte, em tão pouco tempo, meu conto de fadas chegou ao fim. Minha ansiedade em reparar meus erros, em me justificar, em querer consertar, acabou afastando ainda mais ele de mim. Até um ponto em que não nos restou a mínima chance de reconciliação.

Mas antes desse ponto final, alguns amigos me sugeriram um vídeo para reconquistá-lo. E eu adorei a ideia. Passamos mais de uma semana produzindo. Recebemos apoio de mais de 60 pessoas. Muita gente apoiando. Havia também quem dissesse: “você está se humilhando, se rebaixando”. Não, eu não estava. Graças a Deus tive uma excelente criação e o que de mais valioso aprendi com meus pais é assumir meus erros e tentar repará-los. Se não escondo meus sentimentos de raiva e desapontamento, porque teria que deixar o orgulho falar mais alto e esconder o amor, o carinho e o desejo de perdão e entendimento?

E foi fazendo essa prova de amor para uma pessoa, que recebi a maior prova de amor da minha vida. A dos meus amigos. Pouco a pouco as contribuições para o vídeo foram chegando. Eu ria com todas elas. Muito bem-humoradas, gente que queria minha felicidade de verdade. Eram tantas contribuições que, infelizmente, mais da metade precisou ficar de fora. Gravamos e editamos dezenas de vezes porque tudo dava errado. Minha internet não estava funcionando, o software de edição pifava, muitas coisas deram errado, meio que um aviso: “olha, não faça isso, Renata, você vai se machucar!”

Mas eu fui até o fim e fiz. Prefiro sempre me arrepender de ter tentado a não fazer nada e, no futuro, pensar em como teria sido.

Enfim…

O que vocês verão hoje é uma prova de amor que não teve como ser entregue ao seu destinatário pois, mais uma vez, com  minha ansiedade, acabei sendo dura com as palavras e o afastando definitivamente de mim, sem chance alguma de reconciliação. Mas não deixa de ser uma prova de amor da amizade de meus leitores e amigos.

Esse vídeo tem muito amor para ser esquecido em um pen drive. Tem que ser dividido. Ele não pode mais trazer meu amor para mim, mas pode servir de inspiração para todos nós.

Amo vocês!

Obrigada, gente!

27 Comentários

Arquivado em Relacionamento

“Não namoro gordo”

Imagem

Imagem

Fotos: Daniel Burattini

Por Cintia Rojo 

Eu sei que isso poderá se voltar contra mim mas vou logo avisando: a frase do título não é minha mas de uma menina gorda que conheci num evento de moda. Estávamos no backstage de um desfile e tricotávamos deliciosamente sobre amor… AHHH O AMOR!

Alguns anos atrás ela afirmava categoricamente que jamais namoraria um gordo. Quando algum gordinho queria se sentar ao lado dela, para puxar conversa, ela fechava a cara e fazia piadinhas de mau gosto para desencorajar qualquer tentativa do moço. Mas o amor…. AHHHH O AMOR! Esse é um danado que nos pega de um jeito e não nos deixa em paz até achar um lugarzinho pra ficar de vez. E foi o que aconteceu com a menina. Um gordinho dobrou o coração da fofete, conquistou-a, e eles estão noivos há quase três anos. Planejam casar e passeiam, lindos, de mãos dadas, pra quem quiser ver.

Nós somos vítimas de todo tipo de preconceito porque somos mulheres, porque somos gordas, porque temos celulite, porque isso, porque aquilo. Aprendemos na pele o quão difícil é amar e se sentir amada quando somos vistas de maneira superficial. Somos incríveis, sabemos disso, mas não temos a chance de revelar o quão incríveis somos.

Quase consigo entender se ouvir essa frase de uma pessoa magra. Normalmente nos assustamos quando nos apaixonamos por alguém tão diferente de nós – o cara é mais novo? Mais pobre? Mais baixo? Mas quando nós, gordas, decretamos que não namoraremos homens gordos, estamos assumindo a mesma postura daqueles que nos olham de maneira superficial e preconceituosa. É velado, não declarado, mas estamos sendo preconceituosas. Se queremos que as pessoas nos enxerguem além do nosso peso, devemos agir assim com os outros. Que homem vai se revelar incrível se for tratado como “Seu Barriga”?

Felizmente o amor não dá a mínima para os nossos decretos. No amor não existe essa de escolher.  Não é como comprar uma casa, um carro, uma lata de atum em conserva.Você pesquisa critérios e racionalmente toma sua decisão. Mas com amor não tem disso não, porque ele gosta de jogar com a nossa racionalidade. Mesmo que você tenha feito suas escolhas, ele tem vontade própria e se você disser que não namora gordo, prepare-se! Um gordinho pode pintar no seu pedaço e conquistar seu coração.  

13 Comentários

Arquivado em Relacionamento

“Pé na bunda”? E agora?

Por Carol Procópio

Ele foi embora. Disse que não consegue gostar de mim como eu gosto dele. Trágico, não? Quanto tempo de namoro? Ah, isso não importa. Sentimentos não se medem com o tempo. Tem pessoas apaixonadas por ai que dizem que amam, mas vão se entediar quando amarem de verdade. E tem os que já são PHD em amor, o reconhecem logo de cara e levam as coisas numa boa, tomam cuidado com tudo.

Algumas pessoas dizem saber diferenciar os tipos de amor e isso realmente existe: amor fraternal, amor de amigo, amor de parceiro (namorado, marido e afins), mas eu vejo meu avô e minha avó com 60 anos de casados que dizem que sempre foram felizes, mas que até hoje não sabem que tipo de amor eles tem um pelo outro. A questão é simples: NUNCA saberemos! Fique feliz se aquela pessoa te faz bem por algum motivo. Não espere muito do mundo, talvez ele te aborreça. Não existem tantas pessoas assim com o poder de te encantar. E esse tal encantamento pode acabar logo. O que fica é o companheirismo.

Existem prioridades e propriedades diferentes entre as pessoas. Não é a toa que a maioria dos casais são formados por seres totalmente diferentes (homem x mulher). Querer ensinar as pessoas a amar é quase impossível, cada um aprende do seu jeito, é muito particular.

Se ainda existe amor em mim? MUITO! E é aquele que vai ficar guardado, sem atitudes desesperadas e vai acontecer da maneira que tiver que acontecer. Tem aquele clichê que diz que todo fim é um recomeço. É verdade. Pode acontecer de diversas formas, e pra você que já passou ou está passando por alguma situação semelhante, eu recomendo:

 – Avalie seus sentimentos. Aproveite a ausência daquela pessoa que você está habituada a conviver para sentir se existe amor, se existe paixão, ou se apenas existia comodismo. Não pense no que poderia ser, pense no que foi, exatamente como foi, e daqui pra frente como pode ser. Isso pode te levar para vários caminhos:

 1: Você pode descobrir que não sente nada, só a falta de alguém do seu lado (não necessariamente aquela pessoa que te deixou). Nesse caso, aproveite para se desapegar. O amor de verdade está muito longe do apego.

 2: Se você se sentir desesperadamente mal, a beira de mandar um carro de “Loucuras de amor” pedindo para ele voltar com você, bom, esse é o caso mais difícil, pois não importa o que te falem, você não vai ouvir. Só para constar, já que talvez você não consiga absorver isso: é apenas paixão. A paixão é passageira, e pode ter certeza que quando ela acabar, você vai sentir que perdeu seu tempo com um sentimento totalmente desnecessário (eu, particularmente dispenso a paixão. Prazo de validade curto, pra muita loucura, não é comigo).

3: Você pode descobrir, assim como eu descobri agora, que você ama ele! Isso implica em deixar o tempo correr em paz, e ai você vai ver que a dor da perda já não te cabe mais. Algumas pessoas acreditam que se você não sente dor, você não ama de verdade. Equivoco, esse é um dos grandes sinais de amor. Você deve tatear dentro do possível o que esse amor pode ser a partir de agora. Talvez ele se transforme em uma linda amizade. Talvez ele volte a ser um relacionamento de forma que vocês voltem a ser um casal. Claro que essa é a minha vontade também. Ou talvez ele se transforme apenas em uma grande lembrança.

Como eu disse antes, o tempo é que vai definir o que vai ser, não você. Apenas cuide desse amor que reina no seu peito. Você vai sentir saudades, vai chorar, vai rir se lembrandode algum apelido que ele te deu nesse tempo ou de alguma coisa boa que ele fez para alguém e que foi digna da sua admiração.

O que se deve aprender de verdade é que sua vida continua e que você deve cuidar do seu ego e fazer aquilo que te faz feliz. Lembre-se que sua felicidade nunca dependeu 100% dele, que você tem pernas e sabe andar sozinha. Cuide da sua aparência, renove o visual de maneira que se sinta bem, saia com os amigos, acredite que eles tem o poder de te ouvir, mas principalmente de te fazer sorrir. Pode ter certeza que tem muitas pessoas esperando apenas um sorriso teu pra se aproximar de você.

Vá viajar, passear pra algum lugar que nunca imaginou… Coma chocolate, algumas coisas fúteis nessas horas te ajudam a se reorganizar. Faça planos para você, e caminhe de cabeça erguida. Veja meu caso, até que um “pé na bunda” me inspirou, estou mais criativa e sensata, e a partir de agora, aprendi que posso ser o que eu quiser. Mas isso é pessoal, você também vai aprender.

19 Comentários

Arquivado em Relacionamento

Espaço da leitora: Bruna Castelo Branco – especial Dia dos Namorados

“Meu nome é Bruna, moro em Boa Vista – Roraima, tenho 24 anos, sou graduada em jornalismo, e estudante de direito, sou um MULHERÃO tamanho 50, não passo um dia sem acessar o blog MULHERÃO e namoro há (entre idas e vindas) 3 anos e meio.

Bem, minha historia romântica não é lá muito convencional. Conheci meu namorado, o Nelson, quando tinha 21 anos. Minhas tentativas de namoro anteriores foram frustradas… Acho que essa discussão é velha, mas nem todo cara tem peito e caráter pra namorar uma gordinha. Por causa desse preconceito, nunca tive muita sorte nos meus relacionamentos. Até conhecer o Nelson!
Ele nunca se importou com o meu peso, embora algumas pessoas alfinetassem demais a nossa relação, justamente por eu não preencher os padrões de “beleza”… Sempre agüentou minhas crises de baixa autoestima, alimentando meu ego com as palavras mais doces e sinceras que alguém pode oferecer a quem se ama. Ele me chama de “linda” todos os dias, até acho estranho quando ele me chama pelo nome…
Meu namorado, até nos momentos em que estivemos separados (por outras questões que não envolve minha condição física, diga-se de passagem) sempre me ajudou a me sentir bem. Ajuda-me a manter as caminhadas em dia e manter uma mente equilibrada. Porém, nunca tentou me mudar. Sempre deixa que eu tome as decisões quando o assunto é meu corpo.

Toda gordinha passa por dias de autoestima lá no pé, baixa, se arrastando… e sempre que eu to assim, ele diz que pra ele eu sempre serei a mulher mais linda, mais gostosa e inteligente do mundo.

Meu namoro não é perfeito, estaria mentindo se dissesse isso, mas o Nelson é a única pessoa no mundo que me faz se sentir bela, atraente, gostosa (como ele diz)… Não só porque ele me fala isso diariamente, mas porque ele DEMONSTRA todo o amor que ele sente. Ele nunca se deixou levar pelas provocações alheias, embora tenham existido várias. Ele sempre gritou pra todo mundo ouvir que a mulher que ele ama, sou eu. Nunca fazendo diferença entre mim e as outras mulheres, afinal como ele mesmo diz “sempre tive namoradas bonitas e interessantes, você não foge a regra”. E é por isso, que sou tão apaixonada.”

15 Comentários

Arquivado em comportamento, Preconceito, Relacionamento

O coração tem razões que a própria razão desconhece

Por Eduardo Soares

Blaise Pascal era um frasista de marca maior. Além dessa pérola, temos outra frase bastante conhecida (e utilizada no presente) do mesmo autor: “Quanto mais conheço as pessoas, mais gosto do meu cão.” Pascal morreu em 1662 porém suas frases continuam atuais o que deixa uma interrogação na minha cabeça. Seria o francês uma espécie de visionário, aquela pessoa que vive anos luz da sua realidade?

Recentemente uma amiga veio desabafar. Moça nova, foi precoce em quase todos os aspectos da vida como por exemplo o casamento. Com menos de vinte anos (precisamente aos desenove) ela ostentava um aliança na mão esquerda. Mas até chegar nesse ponto, muita coisa aconteceu antes.

Cintia (nome fictício) era daquele tipo de menina caseira que vivia para estudar, estudar e estudar. Timida, não era do tipo que fazia muitas amizades. Mas ao mesmo tempo, ela chamava atenção por onde passava devido a sua beleza impactante: pele branca, cabelo preto na altura da cintura e olhos castanhos claros. Dificil não notar sua presença, mesmo que ela não fizesse nada para aparecer. Num desses dias em que saía da escola, surgiu Pedro, verdadeiro sujeito maluco beleza. Roqueiro assumido, cabeludo, barba por fazer, andava sempre de preto para todos os lugares, com direito a pulseiras de couro, botinas, bandanas e até anéis de aço em formatos de caveiras. Criatura mais punk, impossivel. Através de conversas despretenciosas ele foi entrando naquela mente praticamente intocável de Cintia e esta ao mesmo tempo começava a conhecer um lado romântico daquele quase ogro. Ambos pareciam os personagens do conto A Bela e a Fera. Ela, linda, amorosa, delicada; ele, sujo, avesso a cultura, parecia um Peter Pan bêbado largado na madrugada.

Sabe-se lá por qual motivo, Cintia começou a ficar interessada em Pedro que por sua vez abriu o coração para receber todo encanto da menina. Juntos, adolescentes, pessoas de mundo completamente diferentes, dois jovens com perspectivas distintas a respeito da vida (ela já traçava algumas metas enquanto ele traçava garrafas de uísque ao som de qualquer banda heavy metal), e talvez fosse esse o único motivo compreensível para justificar o romance inusitado, ambos eram iniciantes na arte do namoro.   Ela começou a trabalhar numa pequena loja enquanto ele só vivia para estraçalhar as janelas da casa ou os tímpanos dos vizinhos com aquela musica alta, cujas letras eram praticamente incompreensíveis, dada a rapidez que os vocalistas utilizavam para “cantá-las”. O amor de Cintia era tamanho que ela fazia de tudo para que Pedro fizesse parte do seu mundo, ou seja, ele precisava desplugar-se do som para ficar plugado na vida, no futuro, nos estudos, numa carreira qualquer. Reticente, Pedro sempre saia pela tangente e de certa forma conseguiu tapear Cintia por cinco anos. Sim, metade de uma década foi dedicada para que alguém, o dono daquele amor inexplicável, pudesse ser um homem de verdade e não uma caricatura de gente grande.  Dias, meses, anos e o panorama era o mesmo. Os adolescentes já estavam beirando os vinte anos e por isso era hora de tomar atitudes condizentes com a idade. Cintia se perguntava o porquê daquele amor. Outro dia citei uma frase mais ou menos assim “gosta-se da pessoa errada; sabemos que essa pessoa não trará nada de bom para nós, mas mesmo assim continuamos gostando”.  O coração tem razões que a própria razão desconhece.

Era hora do ultimato. Cintia percebeu que daquele jeito não havia amor no mundo que justificasse sua estagnação para a vida. Com isso, aconteceu um imenso conflito interno: o amor inexplicável, grandioso e delicioso versus os fatos recentes que apontavam um fracasso no que diz respeito a pouca perspectiva de vida ao lado de Pedro. Foi nessa hora em que a razão falou mais alto e Cintia deu um basta em tudo. Pedro ficou sem chão afinal ela era seu alicerce, a menina de família que daria o mundo por ele não aguentou a triste e imutável realidade. Deram um tempo, ela tocou a vida e ele também. Só que vem a famosa recaída e três meses depois, ambos voltaram. Cintia pensou que tudo seria diferente, afinal Pedro tinha aprendido a lição. Ledo engano. Para simplificar, como diriam os antigos, a emenda saiu pior que o soneto e o namoro recém-retomado perdeu o rumo de vez. O amor de Cintia era tamanho que, mesmo sem culpa, ela cultivava um inexplicável fracasso por não ter conseguido mostrar a Pedro como a vida realmente deveria ser aproveitada.

Uma semana depois do término, Pedro sofreu um acidente de moto onde veio a falecer aos vinte e três anos de idade. Agora, era o mundo de Cintia que não possuía solo. Todos os piores sentimentos existentes ecoavam em sua cabeça. Os três meses seguintes foram terríveis e, mesmo fragilizada, a moça retomava aos poucos o rumo da vida. Carente, confusa, amedrontada, na mesma época ela cedeu aos encantos de um rapaz que dias depois vinha a ser seu marido.

 

O casamento perdura até hoje e na verdade parece ser uma cópia fiel do que foi o primeiro namoro. Perdida entre remorso, ausência total de sentimentos e doces saudades, Cintia sobrevive, aos vinte e dois anos, com coração cansado de quem teve (e talvez nunca mais terá) um adorável amor bandido.

Em meados do século XVII, Blaise Pascal disse que o coração tem razões que a própria razão desconhece. Quatrocentos anos depois os tempos são outros e os desafios que cercam o amor são os mesmos. E talvez nunca mudem.

20 Comentários

Arquivado em comportamento, Relacionamento

Ele trocou uma mulher magra por mim

Por Renata Poskus Vaz

Há alguns dias falei sobre a confusão de sentimentos de uma leitora após o marido terminar o relacionamento e logo engatar um namoro com uma magrinha. Leia mais clicando aqui.

Hoje vamos tratar do caso inverso, falar das magrinhas que de repente se sentem abandonadas e, logo depois, tomam conhecimento de que seus amados estão com mulheres acima do peso. Acreditem, na maioria das vezes dói muito mais para uma magra perder o marido para uma gordinha do que o inverso. Isso se deve ao excesso de preocupação que as mulheres tem com o visual. É como se tudo o que fizéssemos estivesse baseado nas formas físicas. Entretanto, homens costumam sim procurar mulheres de capa de revista para suas aventuras, mas não é a beleza dessas mulheres que define a longevidade de suas relações. Assim como nós, eles tem preferências, mas o que os mantém ao lado de uma mulher é a qualidade da cama, da companhia, do bom-papo e do bom-humor. E isso não tem peso! Ou seja, se a mulher magra tem fissura em controlar o peso como se isso fosse seu maior predicado, pode acabar frustrada em ver o ex com outra mulher gordinha.

Sim, garotas, acreditem, nem toda magra tem autoestima. Elas são gente como a gente. Algumas dessas mulheres magras sem autoestima têm tanto medo de engordar que encaram a gordura como algo limitador, ruim (falo por experiência própria porque já fui magra um dia!kkk). E ao ver o amado com uma mais gordinha sentem como se tivessem sido trocadas por alguém pior do que delas. Quando pensam em alguma forma de reconquistá-lo, lá vem aquela idéia de que para isso teriam que engordar, ser alguém pior para atraí-lo. O que não corresponde com a realidade.

Eu, por exemplo, namoro há quase 2 anos um lutador de karatê atlético, lindo, gostoso, bonito e sensual. Ao longo dos seus 31 anos de vida ele rodou a banca e, com certeza, já deve ter namorado com todo o tipo de mulher: magra, gorda, alta, baixa, morena, loira, enfim… Ao estabelecermos um relacionamento sério, algumas ex que nutriam ainda sentimentos por ele ficaram indignadas com a decisão do meu amado ficar comigo, a gordinha. Mais que isso, a gordinha que vai na tv falar que é possível ser feliz acima do peso. Já recebi recadinhos maldosos pela internet, principalmente em fotos de trabalho, em que exibia, sem vergonha, minhas curvas. Com temperamento intempestivo, óbvio que minha primeira reação era a de querer explodir. Depois, tentava exercitar a compaixão e compreender o quanto deve ser difícil para uma mulher mais magra do que eu vê-lo comigo. O quanto deve ser difícil ver que o cara vegetariano, natureba, curte alguém que se esbalda no Mc Donalds, Mas, o que elas não conseguem enxergar é o que fazemos em nosso dia-a-dia, os laços que nos unem, o amor que sentimos um pelo outro e como minhas gordurinhas, muito bem distribuídas em meus 1,73m e 83 Kg dão um tempero charmoso à nossa relação. Meu amado não me ama por causa da minha gordura. Não é o excesso de peso a razão deste amor. Ele só não deixa de me amar por causa dela. Se eu emagrecer ou engordar 20 Kg e continuar a cultivar esse amor e ser a mesma Renata de sempre, ele continuará me amando.

O que nós precisamos entender, tanto magrinhas como mulheres acima do peso, é que beleza e charme nada tem a ver com os quilos da balança. Que se nos amarmos independente de quanto pesamos, as pessoas também nos notarão assim, especiais. A partir do momento em que nos amamos e nos valorizamos, atrairemos atenção.

E que fique bem claro para todas: se o homem resolve te deixar, seja você gorda ou magra,  e ele engatar um romance com outra logo em seguida, seja ela magra ou gorda, é porque já não existia amor.

Vocês já passaram por isso, garotas?

41 Comentários

Arquivado em comportamento, Relacionamento

A dor de um amor

Por Renata Poskus Vaz

A dor de um amor. Sim, sim, sei que você leu esta frase e automaticamente lembrou daqueles títulos melodramáticas de novelas mexicanas, não é mesmo? Mas, convenhamos, quem nunca sofreu por amor? Amor que corrói, mata, maltrata… Quem nunca foi desprezada? Ou então, mesmo sendo correspondida, viu seu amor ser influenciado por forças malignas externas como cunhados mal-caráteres, sogras dominadoras, vizinhas maledicentes, distância, tempo, trabalho…

Quando eu tinha 4 anos, conheci meu primeiro amor. Ele chamava Augusto, tinha 6 anos e inaugurou a minha sina em ser desprezada sentimentalmente pela ala masculina. Depois dele, veio o Camilo, que tinha 11 anos. Eu tinha apenas 8 e não admitia que ele só tivesse olhos para minha vizinha Fernanda, de 14. Jamais me deu bola.

Depois, conheci o Bolinha no colégio Campos Salles, onde estudei todo o primário. Um rapaz plus size, foférrimo, cheio de charme, praticamente o rei da escola. Eu tinha uns 12 anos e ele uns 15. Mais uma vez, lá estava eu admirando, desejando e completamente apaixonada por alguém que só me desprezava. Com o Bolinha, conquistei o grau máximo do desapego passional. Sabe aquele cara que te despreza tanto que acaba se compadecendo e virando seu amigo? Após 16 anos de amizade, hoje somos, um do outro, o melhor amigo. E, mesmo que quiséssemos, não conseguiríamos mais transformar esse amor fraternal em paixão.

E minha bagagem de dor de amor não pára por aí. Só mencionei os mais marcantes. O Dia de Modelo, por exemplo, foi resultado da maior dor que já sofri. Após o término de um relacionamento de 2 anos, já com o pezinho no altar, fiquei desesperada, com a autoestima lá embaixo e organizei o Dia de Modelo para ter fotos bonitas, sensuais e voltar a me “enxergar” como uma mulher de verdade.

Será que era amor de verdade?

Hoje, olhando para este histórico de dor e sofrimento me pergunto o porquê de, desde pequenas, termos essa atração por amores difíceis, complicados de se concretizar. Aquela história de que “tudo o que é difícil é mais gostoso” parece caber como uma luva neste caso. Porque não conseguimos simplesmente amar aqueles que estão dispostos a nos amar de volta? É praticamente um jeito masoquista de se levar a vida amorosa.

Há, ainda, casos piores de dor de amor. Aquelas mulheres que literalmente apanham, sofrem agressões verbais e etc. Mas essa é uma outra história que retomaremos depois.

Sou muito observadora. Ao longo dos meus 28 anos e diante do aprendizado obtido com minhas próprias experiências e de minhas tias e amigas próximas, aprendi que se algum dia já sofremos por amor era porque aquilo que pensávamos sentir não era amor de verdade. Amor, definitivamente, não dói. Amor não existe só de um lado. Amor constrói, complementa, realiza, cuida, ampara… Quando existe amor de verdade não há limitações para que ele perdure, se concretize. Trabalho, família, distância… nada destrói um amor.

Então, quando insistentemente em seu coração só restar dor e lágrimas ao vivenciar um amor, sem chance que ele seja correspondido ou consumado, fique sozinha. Tire-o da cabeça. Seu amor verdadeiro está em outro lugar esperando por você.

Assista o video desta meninha de 4 anos, sofrendo de apego emocional, mas achando que se tratava de amor. É lindo!


39 Comentários

Arquivado em comportamento, Relacionamento

Museu do Amor entre gordos

Por Ana Paula Menezes

Você está apaixonado? Acredita no amor? Acha que pessoas gordinhas têm tanta capacidade de amar e ter relações estáveis como qualquer outra pessoa? Então visite o Museu do Amor porque você vai gostar de ver várias histórias de amor entre pessoas acima do peso. No site as pessoas podem, além de mandar fotos, contar suas histórias de amor. É o caso de Marisa e Brandon: eles se conheceram em 97 ela era magra e ele já gordinho, mas nessa época eles não mantiveram muito contato. Só cinco anos depois é que eles começaram a conviver de fato e então começaram a namorar. Em março de 2008, eles se casaram. Marisa ganhou 50 quilos durante o relacionamento e Brandon continua achando a agora esposa lindíssima. Agora, se você é um(a) solteiro(a) convicto(a) que não acredita que a sua metade da laranja possa estar por ai, dê uma olhada no site assim mesmo. Quem sabe tantas histórias de amor bem sucedidas não acabam te convencendo?

18 Comentários

Arquivado em comportamento, Relacionamento