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Preconceito contra profissionais gordas

Por Cíntia Rojo

balança fat

Estou super feliz, meninas, porque fui aprovada para trabalhar numa multinacional. Eu andava um tanto desmotivada, profissionalmente, porque tinha a impressão que meu currículo não era suficiente para conseguir uma boa colocação no mercado de trabalho. Graças a Deus, porém, recebi a notícia de minha aprovação na semana do Carnaval e imediatamente comecei a correr com o processo admissional (motivo pelo qual estive ausente do blog e peço desculpas. Eu estava com saudade de vocês!).

Enquanto eu estou super feliz celebrando minha conquista e pensando em como vou decorar minha estação de trabalho no novo escritório, li no Portal G1 a luta da professora Bruna Giorjiani de Arruda, 28 anos, para assumir seu cargo como professora da rede estadual.

Bruna foi aprovada em segundo lugar (!) no concurso, tem as qualificações necessárias para exercer a função e foi conisderada apta no exame médico admissional mas seu nome não apareceu na lista final dos aprovados. O médico Carlos Henrique Thirone Silva atestou “candidata com obesidade mórbida” e, do ponto de vista legal, “não apta ao cargo público estadual”. A professora pesa 110 kg e tem 1,65 m de altura e  de acordo com o Índice de Massa Corpórea (IMC) superior a 40,  é considerada obesa mórbida estando inapta para exercer a docência – atividade que ela já exerce em outras instituições. Ele não considerou, por exemplo, que Bruna nunca precisou se afastar por qualquer problema de saúde relacionado à obesidade e sobe escadas, em casa e no trabalho, sem qualquer limitação.

Bruna veio a São Paulo para descobrir o que havia acontecido e declarou ao G1 que se sentiu humilhada e menosprezada. Quem não se sentiria? O Sindicato dos Professores de SP vai entrar com uma ação na Justiça para defender os direitos de todos os docentes que são desclassificados em concursos por causa do peso.

Sobre o médico, acho triste ver que ele preferiu usar um cálculo matemático ao invés de uma boa avaliação física e outros exames clínicos que poderiam indicar qualque condição de risco na saúde de Bruna.

Para Bruna, quero dar os parabéns por seu excelente desempenho no concurso e por trabalhar numa área tão importante que é a Educação e dizer que estou torcendo por ela e pelos bons profissionais de todas as áreas, independente do IMC, pois acredito que é a competência e a responsabilidade que podem melhorar a situação do nosso país e não o manequim dos nossos professores, médicos, bombeiros, advogados, entre outros.

(Com informações do Portal G1)

(Foto: Internet)

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“Gosto de uma gordinha, mas minha família não aceita”

Por Renata Poskus Vaz

Recebemos o e-mail de um leitor pedindo auxílio para assumir perante a família o relacionamento com uma gordinha. Deixe você também a sua opinião: é possível o amor e a felicidade entre um magrinho e um mulherão?

Carta do leitor:

Eu sempe gostei de mulheres acima do peso, desde a minha adolescência. Confesso que sou apaixonado por uma gordinha. O único problema é a minha família, inclusive a minha mãe. Infelizmente ela não aceita, não permite que eu me relacione com mulheres acima do peso. Ela possui um certo preconceito contra as gordinhas. Já deixei de ficar, me relacionar com moças lindas que estavam interessadas em mim, por medo da reação e opinião dela. Sofro muito com isso desde então. Minha mãe nem suspeita da minha preferência também. Tenho receio de contar a ela. Não sei o que fazer.Vocês podem me ajudar? Sugerir uma solução para o meu problema?Dar conselhos?

Minha opinião:
 
Querido amigo leitor. Chamá-lo-ei (ui, olha como eu falo bonito!) assim para preservar a sua identidade, mas quando as coisas se resolverem e você quiser voltar aqui para nos contar, postaremos com muita satisfação o seu nome, ok?

Como não revelou a sua idade, imagino que seja um jovem rapaz. Falo isso porque quando somos mais jovens e principalmente quando moramos com nossas famílias, somos mais susceptíveis à opinião daqueles que amamos. Não queremos magoar a mãe, o pai, nem ninguém que nos quer bem. Principalmente quando repetem tantas vezes a frase: “eu sei o que é melhor para você”, que acabam até nos convencendo.

Sua mãe diz não gostar de mulheres gordas. E certamente ela deve te achar um príncipe e muita areia para o caminhão de qualquer mulher que atravesse o seu caminho (toda mãe acha isso do seu filhinho). Bom, conhecendo a capacidade que algumas mães têm em desqualificar suas noras, por ciúmes, eu posso te garantir que, no mínimo, ela sabe que você gosta de gordinhas e por isso deixa evidente o preconceito com meninas acima do peso. Se sua mãe percebesse que sua preferência fosse por negras, provavelmente manifestaria tendências racistas. Isso não quer dizer que sua mãe realmente abomine pessoas assim, apenas está vendo que o menino dela cresceu e quer evitar que ele vá para longe.

 O melhor conselho que posso te dar agora é: converse com sua mãe. Não a surpreenda levando uma gordinha para dentro de casa sem antes conversar. Soaria como uma afronta. Primeiro, fale que está apaixonado e evidencie as qualidades dela. Fale porque considera a sua garota especial, única. Aí, só depois você pode dizer: “ela é gordinha e linda, mãe. Posso trazê-la aqui para a senhora conhecê-la?”.

Quando se fala de mãe, a reação dela é imprevisível. Pode ser que ela te abrace e te apóie, como também pode ser que ela te deserde. Se a reação não for a que você espera, não fique triste, tampouco termine seu relacionamento. Assuma a sua namorada, trate-a como merece ser tratada e explique a real situação para ela. Jamais deixe de namorar alguém porque sua família não aprovaria. Lembre-se que a sua felicidade depende de você.

Estou torcendo para que sua mãe compreenda que amor não tem peso. E que todos vocês possam ser felizes para sempre!rsrs

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Bridget Jones, magrinha

Por Dani Lima

Nada mais justo do que querer ver a nossa “heroína moderna” dos cinemas, gordinha. Mas como nem só de Bridget Jones vive Hollywood, Renée Zellweger, a Bridget das telinhas, está magérrima! Em sua última aparição no programa de David Letterman, famoso talk show da terra do Tio Sam, Renné esbanjava um corpinho bem magrinho; “Um saco de ossos”, segundo o tablóide The Sun!

renee magrinha e gordinha

Acredito que a magreza se deve ao seu novo filme que ainda não tem previsão de estréia aqui no Brasil, chamado My One and Only,baseado na história do ator George Hamilton, no qual ela aparece bem magrinha.

Mas a boa notícia, é que ela está prestes a reviver Bridget no cinema, pela terceira vez! O contrato já está assinado e desta vez, encontraremos a nossa jornalista atrapalhada beirando os 40 anos (o filme se passa 10 anos depois do segundo longa) e querendo engravidar.Renée estava preocupada no início com o fato de ter que engordar novamente, já que nos outros dois filmes, ela teve que engordar 13 e 10 quilos, respectivamente. Mas por fim, assinou o contrato.

Bom, no caso dela, é necessário engordar pelo trabalho. Mas para quem vive fora do mundo Bridget Jones, nem sempre é assim. Você já passou por alguma privação ou preconceito no trabalho, por ser gordinha?

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“Tem gente que se orgulha de ser gordo”

Às vezes recebo e-mails nada educados de mocinhos que nos enxergam como objetos sexuais, mas raramente recebo e-mails desrespeitosos de garota. Geralmente, recebemos muito apoio e incentivo da ala feminina.

Entretanto, no domingo, recebi um comentário de uma garota ofendendo minhas amigas e a mim, simplesmente pelo fato de sermos felizes mesmo sendo gordinhas. Essa pessoa ofendia uma das meninas em especial. Apaguei o post, é claro, para não dar crédito às idéias dessa maluca, mas me certifiquei de saber de quem se tratava pedindo detalhes à principal ofendida. Investigando e pesquisando no Orkut, descobri que essa garota ainda espalha preconceito pela internet, conforme podem ver no scrap abaixo:

 

 

 

“Humm q bacana!! Vc está trabalhando como vendedora? Me passa o endereço da vou lá e vc me ajuda!! Agora posso.. já estou bem mais magra..rsss. Graças a Deus! Ainda tem gente que acha bacana ser gorda neste mundo que vivemos. Afff!”

orkut

 

 Minha opinião sobre quem tem preconceito contra gordinhas

Quando eu estava acima do peso, jurei para mim mesma que, se um dia emagrecesse, não trataria as gordinhas da forma como eu não gostaria de ser tratada. É muito fácil operar o estômago, fazer lipo, tomar uma tonelada de medicamentos controlados, ir ao SPA para emagrecer e tentar ser feliz. O mais difícil é ser feliz se aceitando do jeito que é. Agora que emagreci eu poderia acabar com o Blog Mulherão e criar o Blog Mulherzinha. Mas não, quero ajudar a lutar pela “real beleza”.

 Já disse e repito milhares de vezes: não fazemos apologia à obesidade. Apenas queremos provar que é possível estar acima do peso e viver com saúde e esbanjando felicidade. Não é orgulho de ser gorda, como disse a mocinha no post acima, é orgulho de ser mulher, guerreira, decidida, independente do tamanho da cintura ou da manequim que se veste.

Não sou psicóloga, mas acredito que atitudes como esta se resumem a uma só coisa: INVEJA. Inveja por não ter a coragem que temos de nos expor. Ah, e mais uma coisinha. Gordura é relativa. Eu, por exemplo, achei a autora do post bem rechonchuda, tanto quanto as minhas amigas leitoras do Blog. Muito parecida fisicamente, por sinal. Só com uma diferença: uma tristeza nítida no olhar, talvez fruto da sua não auto-aceitação.

Obs: desfoquei a imagem para preservar a identidade da moça. Amanhã, ela poderá integrar nosso grupo e será muito bem-vinda. Afinal, quem de nós já não se sentiu ameaçada com a felicidade alheia em um momento de baixa-estima?

 

 

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