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Samuel e Gecélia, uma história de amor verdadeiro e fidelidade

Por Renata Poskus Vaz

Você acredita em amor verdadeiro, amor que resiste a tudo?

Há algumas semanas tomei conhecimento da história de um casal que serve de exemplo para todas nós. Uma história de amor verdadeiro, fidelidade, devoção, companheirismo e fé, muita fé! É a história de Samuel Luna, engenheiro, e seu mulherão, Gecélia, que não anda, não fala, não enxerga, não consegue controlar os movimentos e nem ingerir alimentos, mas que com toda essa enfermidade, continua sendo a grande paixão de Samuel.

E não é por menos! Samuel não consegue esquecer o mulherão que há por dentro daquele corpo debilitado. Juntos, adotaram duas crianças que hoje têm 3 e 5 anos. Gecelia acabara de se formar psicóloga. É uma mulher evangélica, com personalidade forte e, segundo relatos de Samuel, a melhor esposa que um homem poderia sonhar desejar. Ela foi acometida por duas enfermidades raras – Degeneração Cerebelar Paraneoplásica e Síndrome de Eaton-Lambert, que surgiram após o tratamento para um Linfoma, do qual ela foi curada. As duas síndromes são muito raras e as características do caso de Gecélia são bem diferentes de outros raros casos já descritos na literatura médica. Os sintomas começaram a se manifestar há aproximadamente 1 ano.

Gecélia hoje

Gecélia escuta e seu raciocínio continua perfeito. Imaginem o quanto deve ser triste estar aprisionada a um corpo que não responde às ordens do seu cérebro? Ela chora, grita, tem momentos de aflição. Porém, ao seu lado, o marido incansável e fiel Samuel, não a abandona.

Fico pensando quantas de nós já não fomos abandonadas por muito menos do que isso. Às vezes porque engordamos, porque estamos tristes já somos maltratadas e abandonadas, imaginem com uma doença tão devastadora como essa? Existem sim homens fiéis e Samuel é uma prova. Nós é que escolhemos errado, mulherões!

Hoje, a luta de Samuel é para tornar o problema de Gecélia conhecido e, quem sabe, encontrar a cura para a esposa. Samuel tem um bom emprego, mas esteve afastado muitos meses devido ao seu estado depressivo e incapacitante para o trabalho. Ele precisa de ajuda para custear o tratamento da esposa. O governo negou exames para Gecélia que custam mais de R$10 mil e ele pode conseguir isso na justiça, mas até para um advogado competente ele precisa de dinheiro. Quem se sensibilizar com a história do casal, pode contribuir doando alguma quantia no VAKINHA. Clique aqui e saiba como. Lembrem-se que somos mais de 10 mil leitoras do Blog Mulherão e que se cada uma doasse um mísero real já faria uma grande diferença na vida deste casal.

Para conhecer mais sobre a história de Gecélia e do casal, adcione Samuel no Facebook. Clique aqui.

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Esta vaga não é sua nem por um minuto

Por Keka Demétrio

Muitos de nós nos sentimos magoados, abatidos, tristes, deprimidos e um lixo quando somos descriminados e vitimas de preconceito por causa das nossas formas arredondadas. Achamos difícil passar pela roleta do ônibus, ficamos sem graça porque nossa retaguarda não cabe direito no assento das cadeiras, sentimos vergonha ao usar um short porque nossas pernas não possuem a firmeza de quando tínhamos 15 anos.

Nos fechamos em nosso mundinho de coitadinhos e esquecemos que não somos as únicas vítimas da falta de respeito e amor ao próximo. Esquecemos inclusive que mesmo com nossos quilos a mais conseguimos nos locomover sozinhos, que nossas pernas cheias de celulite nos permitem fazer uma caminhada, passear de mãos dadas com nosso companheiro, e até mesmo buscar um copo de água sem a ajuda de ninguém.

Só quem possui na família, no rol de amigos, ou em seu convívio diário, um portador de necessidades especiais e convive com um idoso conhece as dificuldades enfrentadas por estas pessoas para terem uma vida digna e exercerem o simples direito de ir e vir.

Fico particularmente irritada quando vejo vagas destinadas aos deficientes e idosos serem ocupadas por pessoas perfeitamente saudáveis fisicamente, mas que, obviamente, possuem alguma deficiência de caráter por não conseguirem viver em sociedade, respeitando os limites dos outros, olhando apenas para suas necessidades.

É impossível ter a autoestima elevada, ser conhecedor de si mesmo se não olharmos para o lado. Felicidade é uma das coisas mais subjetivas que existem. O que me faz feliz pode não fazer você, porém, uma coisa é certa, e inconteste: ninguém é realmente feliz enclausurado em seu próprio mundo, fechando os olhos para tudo aquilo que pode incomodar. Felicidade tem a ver com doar-se: a si mesmo, ao próximo e ao próximo do seu próximo.

O texto que eu ia postar hoje é completamente diferente do que você leu nos parágrafos anteriores, mas depois que tive conhecimento, através de um primo, da campanha criada pela agência TheGetz, em Curitiba, com o título “Essa vaga não é sua nem por um minuto!”, eu, que sempre grito aos quatro cantos que dá para ser feliz em meio a diversidade, me senti na obrigação de ajudar a difundir e, sinceramente, acho que todos os blogs que pregam a autoestima, o respeito, a valorização do ser humano, deveria fazer o mesmo e ajudar a conscientizar as pessoas de que é impossível ser feliz sozinho, e que quando respeitamos os outros é sinal de que estamos prontos para realmente amar, receber amor e ser feliz de verdade.

Deem uma olhada na campanha.

http://www.mistertube.com.br/2011/04/campanha-esta-vaga-nao-e-sua-nem-por-um.html

 

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