Arquivo da tag: seios

Equilid: O dia em que meus seios incharam, incharam e quase explodiram

renata poskus_saia godê plus size

Tive que usar a mesma foto de ontem para ilustrar a matéria, sorry!

Por Renata Poskus Vaz

Antes de contar sobre o dia em que meus seios incharam, incharam e quase explodiram (melodramática, né? Em 5 anos me aturando vocês já deveriam ter se acostumado com o sensacionalismo!rsrsrs), preciso contar que andei bem deprimida e relutei muito tempo para assumir isso.  Eu achei que eu estava triste, e sabia os motivos da minha tristeza, então achava que poderia me alegrar sozinha resolvendo esses problemas.

Mas os problemas iam se resolvendo e, mesmo sem a existência deles, tranquila, e até mesmo vivendo algumas grandes conquistas profissionais, eu continuava caidinha. Sabe aquela preguiça danada? Então, agora, multiplique-a por 10. Não conseguia trabalhar, levantar da cama, fazer coisas básicas do meu dia a dia como ir ao banco ou organizar a rotina do Blog Mulherão. Não me maquiava, não penteava o cabelo… Não conseguia, simples assim. Sorte que pude contar com a ajuda de meu pai, minha sócia e amigas.

Eu me acho a boazona, que dá conta de tudo, resolve tudo.  E na maioria das vezes, modéstia à parte, sou mesmo. Mas desta vez eu fiquei bem próxima de perder essa batalha. Eu já vinha fazendo terapia e mergulhando de cabeça na espiritualidade, mas dei a última cartada: procurei um médico.

Ele me receitou Equilid (sulpirida). A bula até assusta, embora não seja tarja preta. É  um remédio que eleva o humor em pacientes deprimidos, mas pode ser usado também para esquizofrênicos e pessoas com sintomas psicóticos, em doses maiores. O médico olhou para mim e disse: “mas ele deixa a mama um pouquinho inchada, tudo bem?”.

Ah, nem liguei! Já tenho um peitão plus size do tamanho do mundo! Inchar um pouquinho, o que é que tem? ninguém ia perceber!

Ledo engano. Eu percebi. Os botões das blusas não fecham mais. Meus seios incharam muito, tanto que me sinto sufocada quando deito. Passou de um sutiã 48 para um 52 bem apertado (será que já estou no 54?rsrs). Meus seios cresceram mais de ontem para hoje! E não deveria, porque emagreci esses dias. Ou seja, meu manequim de sutiã deveria sim estar apenas no 48, ou até menor.  E quem me conhece de pertinho, sabe que tenho costas estreitas, que não comportam esse peitão todo! rsrsr

Fui ler a fundo a bula do remédio e vi que o Equlid (sulpirida) aumenta a função das glândulas mamárias. E isso inclui produzir, eventualmente, leite. Isso mesmo! Ele aumenta a produção de prolactina.

Aí, olha só a comédia. Sou super influenciável por esses efeitos colaterais das bulas de remédio. E bem após perceber o aumento do meu seio e ler a  maldita bula tinha um encontro com um gatinho. Pirei! Fiquei imaginando se de repente aquela paquera evoluísse e virasse um namoro, como eu iria explicar um belo par de seios dignos de atriz pornô de cinema norte americano jorrando leite. Não ia ser nada bonito!

Pesquisei a fundo e descobri que mães que não conseguem amamentar seus bebês tomam Equilid indiscriminadamente para aumentar a produção de leite.  Porém, pelo  leite é passado também o remédio, que pode aumentar riscos de problemas cardiovasculares no bebê, além de um montão de outros efeitos colaterais. Não vale a pena realizar o sonho de amamentar e colocar a saúde do bebezinho em risco.

Isso serve para vocês também, meninas. Não tomem remédio sem prescrição médica. Se eu divido essas coisas com vocês é porque aprendi a rir das minhas dificuldades  e, neste caso, para mostrar que sou solidária a todas vocês que eventualmente tem peitões maiores que os meus, ou que também estejam fazendo uso desse medicamento. rsrsr

Vou continuar tomando o remédio,  porque ele me deu forças para levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima. Enquanto isso, vou tirando onda com a nova comissão de frente e, de repente, faço mais matérias sobre decotes e sutiãs reforçados, para vocês.

🙂

13 Comentários

Arquivado em Saúde, Uncategorized

Gordinhas peitudas

Por Renata Poskus Vaz

renata peito

Definitivamente não é fácil ser um mulherão peitudo em terra de mulheres pera, com cinturinha fina, peitinhos modestos e bumbum enorme. Na infância, as meninas bundudas tem seus atributos disfarçados por vestidinhos rodados. Ficam com sua imagem angelical imaculada por uns bons anos. Mas como esconder seios fartos em garotinhas? Digo esconder, porque, infelizmente, ainda há uma legião de animais adultos abusadores por aí, travestidos de cidadãos comuns.

Ganhei meu primeiro sutiã aos 9 anos, mas era só fita. Seios mesmo fui ter a partir dos 12 anos e eles surgiram de maneira discreta. Aos 13, já preenchiam sutiãs 44. Eu era uma mocinha, uma menina, mas as cantadas vindas de homens com idade para serem meus avós eram frequentes. Era injusto, na adolescência, ter que me esconder porque esses homens me invadiam e violentavam com suas palavras sujas. Nenhuma mulher com seios fartos, seja criança ou adulta, merece ouvir de um desconhecido: “que peitos deliciosos”.  Isso não é um elogio, podem acreditar.

Passei coberta por um grande período, escondendo meus seios para não ter que passar por situações constrangedoras. Já na fase adulta de minha vida, quando sem medo aprendi a responder à altura qualquer referência nojenta ao meu decote, voltei a usar blusas que me deixavam mais exposta.

Mulher que usa decote não é necessariamente uma exibicionista. O decote é confortável, fresco e visualmente mais agradável para nós mesmas. Nós, peitudas, temos o direito de não passar calor usando decotes, da mesma forma que homens não passam ao exibir seu tronco nu em dias de muito sol.

É inegável que na fase adulta de nossa vida descobrimos o quanto belos seios podem ser um atributo importante na hora da conquista. É engraçado ver homens desconcertados, tentando esconder o olhar diante do nosso decote. É legal ser diferente. Nós, peitudas, nos Estados Unidos seríamos mulheres comuns, mas no país das mulheres de bunda grande, ser peituda sem artifícios como o silicone é um grande diferencial.

Recordo-me que aos 18 anos vivia ouvindo sugestões de pessoas próximas para que eu reduzisse meus seios. Era engraçado ver como os outros se incomodavam com eles. Normalmente a desculpa era a de que eu sofreria, no futuro, com dores nas costas ou que teria mais chances de ter câncer de mama por ter mamas maiores (absurdo!). Se eu tivesse seguido esses conselheiros de araque, hoje, na era do silicone, eu certamente estaria profundamente arrependida.

Hoje vejo meus seios como parte importante da minha beleza e até mesmo da minha identidade. Tenho orgulho de possuí-los e me sinto muito atraente.

Que me perdoem as despeitadas, mas amo ser um mulherão peitudo!

Veja depoimentos de algumas de nossa leitoras:

claudinha 1

Claudia Ferreira, 31 anos, produtora e modelo plus size

Por volta dos 15 anos comecei a me olhar como mulher. Desde que meu “peitinho” começou a atrair mais olhares, eu entendi que boa parte da minha beleza e admiração se deviam a eles!! rs…. Depois disso, passei a abusar e a ter fascínio por decotes, valorizando sempre o meu colo.

Certa vez, andando na rua com a minha mãe, passou um homem de uns 30 anos, acho, e falou assim: “é silicone?” Hoje ainda me perguntam isso, mas naquela época eu era bem novinha e por estar na companhia da minha mãe, eu tive vergonha e raiva do cara ao mesmo tempo, pois a minha mãe odiava que eu usasse decotes e aquele retardado contribuiu para que eu fosse mais uma vez reprimida por algo que amava usar. Mas o tempo foi passando e o meu decote não passa de uma “marca registrada” minha.

É comum escutar dos homens: “isso tudo é seu amiga?”, “silicone?”, “com todo respeito, mas seus seios são lindos”…rs… Bem, hoje eu lido muito bem com isso, mas não tolero os comentários de mau gosto! Confesso que quando me apresentam a alguém, em especial os homens (rs), o olhar é direto!! Sabe pra onde né?! rs

ddm290913_1916b

Maria Cecilia Baumegger, 25 anos – estudante de canto erudito 

“A primeira vez que eu me achei “peituda”, eu tinha uns 8 ou 9 anos. A minha mãe tinha me levado a uma endocrinologista porque eu tinha deixado de ser magrela e ganhado uns quilinhos, e aparentemente isso era preocupante. A médica me examinou e a minha mãe perguntou se os meus peitos eram porque eu estava “gordinha” (na concepção dela) ou eram peitos de fato, e a média falou que aquilo eram 100% meus peitos. Achei aquilo incrível e foi lá que eu comecei o meu caso de amor com eles, como costumo brincar. 

Na adolescência eu sempre tive outras questões para ficar encanada, como meu nariz que operei quando fiz 18 anos, mas dos meus peitos eu sempre tive muito orgulho. Na familia eu sempre ouvi e ouço até hoje que eu deveria tirar, que vai acabar com as minhas costas e ombros, e eu respondo “Imagina que eu vou tirar os meus peitos! São eles que disfarçam o tamanho da minha barriga, aí eu pareço bem mais magra do que eu realmente sou!”. E entre os homens, posso dizer que sempre fizeram muito sucesso.

A primeira coisa que tive que me adaptar foram as pessoas dividindo o olhar entre os meus olhos e meus peitos (principalmente homens), e as mulheres ficando incomodadas com “todo esse material que você tem aí”, que é o que eu mais ouço. Além de comer e perder a metade da comida que não foi para a boca no meio dos peitos e na hora de correr, honestamente, é melhor segurar.

Acho que uma mulher que tem peitos grandes não consegue e nem pode ser tímida. É uma louqura, mas os peitos chegam sempre antes que você, você esbarra sem querer com eles nas outras pessoas, as outras pessoas esbarras demais neles simplesmente porque eles estão no caminho!

Só tenho mais uma coisa a dizer. Quem acha que os diamantes são os melhores amigos das mulheres ( “Diamonds are a girl’s best friend” ), é porque ou é homem, ou essa mulher tem peitinhos. “

alyne

Alyne Zaccanini, 23 anos, auxiliar de vendas

“Alyne? Qual Alyne? Aquela do peitão!” Quantas inúmeras vezes eu ouvi isso durante esses meus 23 anos de nascida, no mínimo uns 13 anos. Sim, minha mãe comprou meu primeiro “top” na minha infância pra ver se disfarçava meu peito em desenvolvimento. Eu, da minha turma, era basicamente a única que já tinha peito bem formado. Não me incomodava em nada, pelo contrário, eu me achava.

Menstruei a primeira vez com 11 anos, e depois desse acontecimento,  os meus seios se desenvolveram. Eu arrasava, sambava nas meninas que aos 15, colocavam meia no sutiã, ou bojo para aumentar o volume dos seios. E posso falar? Eu ADORAVA isso. E agora, com meus 23 anos, passei a AMAR!

Que mulher não quer que um homem olhe pro seu decote, desvie o olhar… E dentro de segundos olhe de novo.. É fatal! Ok, confesso que tenho que comer quase todo dia de babador. Como meu irmão diz, meus peitos são como bandejas em cima da mesa. Ou então, que antes de eu comer, quem se alimenta primeiro é meu peito. Eu dou muita risada.

Uso e abuso dos decotes. Como dizem, bem ou mal falem de mim e dos meus seios! Se depender de mim, aumento eles ainda mais. Peito grande não é tudo.. Mas o olhar babando de um homem em cima deles, ah isso é…  muito! Autoestima lá em cima, sorriso no rosto, e vamos que vamos fazer mais queixos caírem!”

32 Comentários

Arquivado em Beleza, comportamento, Uncategorized

Odeio os meus seios

Por Keka Demétrio

Havia um monte de coisas que eu detestava em meu corpo, e meus seios era um dos principais. Desde sempre nunca gostei deles, que sempre foram grandes e incomodavam bastante, desde estética como fisicamente. Na verdade o incomodo era muito mais estético do que físico. Essa tortura psicologia que eu me submetia por possuir uma comissão de frente tão exposta fazia com que minha auto estima ficasse bem menos do que zero.

Depois de dois filhos e emagrecer e engordar vários quilos, é óbvio que eles iriam sofrer as conseqüências, e hoje em minhas palestras sempre digo que o único anti depressivo que ainda aceito em minha vida são meus sutiãs que colocam meus seios no lugar que eles merecem estar.ahahahah

Quando passei a me aceitar e a me olhar com os meus próprios olhos, a me perceber com um infinito amor por mim mesma, passei a enxergar uma obra de Deus e não mais um ser que precisava se moldar para que os outros achem bonito. Eu me acho bonita, um monte de gente me acha bonita, e o melhor, as pessoas que realmente me importa além de também me acharem bonita, me vêem como deve ser: um ser em constante evolução, que erra, tropeça, mas que procura deixar rastros de amor por onde passa. E é com essa beleza que vale a pena ser percebida, porque diferente da física, ela com o tempo só tende a crescer e melhorar.

Jamais pensei, porque isso realmente sempre me incomodou muito, que um dia fosse expor publicamente meus traumas em relação aos meus seios que hoje tanto amo e que tanto prazer e alegria me proporcionam. Mas depois de duas semanas onde a exaustão me impossibilitou de escrever para vocês, e para mim mesma (sim, sempre estou puxando minha orelha ao escrever meus textos. rsrs) senti uma vontade enorme de falar sobre isto. Talvez por estar em uma fase de novos valores e atitudes, quis escancarar minha intimidade como forma de ajudar amigas leitoras, que eu tenho certeza passam pelo problema, e também uma forma de servir de voz para inúmeras mulheres mastectomizadas e que, acredito eu, gostariam de dizer a todas as mulheres que se envergonham pelos seios que possuem para que sintam-se à vontade com seus corpos, pois ele é o seu templo, a casa dos seus sentimentos, das suas emoções e percepções. Para não se matarem com pensamentos destrutivos em relação ao que são e estão, pois o mais importante de tudo é sentirem-se vivas, mas principalmente vivas para si mesmas.

E eu emendo dizendo: Queridas, nossos seios podem não ser moldados, desenhados a pincel, mas é a maior marca de nossa feminilidade. Independente do formato, cor ou tamanho, eles são a demonstração da força feminina, é através deles que nossos filhos saciam sua fome, e através deles damos e recebemos prazer. Por isso não fique constrangida se seus seios não são tão bonitos quanto gostaria, sinta-se verdadeiramente feliz por possuí-los. Homens que só amam a anatomia do seu corpo não serão capazes de perceber a silhueta do seu coração, e estes não merecem ter ao lado mulheres realmente belas.

Cuide dos seus seios. Faça o auto exame, use cremes, proteja-os com sutiãs apropriados. Invista em decotes e faça deles um aliado para se sentir bonita, sexy e poderosa. Nunca mostre demais, nem de menos, seja sutil e ao mesmo tempo provocante. A grande maioria de nós conhece alguma mulher que teve que retirar um seio por causa do câncer de mama, e nós sabemos o quanto isso é difícil, triste, deprimente, e doloroso, portanto, não se deixe ficar presa a convenções, a padrões estéticos, se tiver que se prender que seja na força que possui para retomar seu próprio caminho e fazer a sua vida realmente memorável. Você é mulher, escolhida de DEUS para dar continuidade à sua imagem e semelhança, e só por isso é a mais bela das criaturas.

PS: de acordo com o jornal Folha de São Paulo do dia 25 último, 52.680 é a previsão do número de casos de câncer de mama para 2012.

26 Comentários

Arquivado em comportamento, Para Refletir, Relacionamento, Saúde