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Mulherão Internacional: Tati Gaião no Fashion´s Night Out de Nova Iorque

Por Renata Poskus Vaz

Tatiana Gaião, modelo plus size carioca, está de malas prontas para Nova Iorque para participar do Fashion´s Night Out – FNO, um badalado evento de moda criado por Anna Wintour, a editora chefe da Vogue América, para promover o mercado de varejo e consumo consciente. Tati será nossa correspondente internacional, então esperem muita novidade por aqui.

Neste evento que Tati visitará, acontece também o Plus Night Out, que é uma festa de moda plus size. Nela haverá um concurso de beleza plus size em que a vencedora embolsará 500 doláres em compras, dois editorias de moda em revistas, book fotográfico e muita exposição na mídia.

Como nós do Blog Mulherão não somos bobos, nem nada, insistimos para a Tati Gaião se inscrever e participar deste concurso para nos mostrar direitinho como funciona os bastidores de concursos de beleza internacionais, além de fazer entrevistas quentíssimas com os organizadores e também com as modelos. E já pensou se nossa brasileirinha conquistar esse prêmio? Não seria nada mal, não é mesmo?

Não percam a odisséia de Tati Gaião nos Estados Unidos. Nesta série especial do Mulherão Internacional!

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Lançamento do livro “Da depressão às passarelas” de Tati Gaião em Sampa

Por Renata Poskus Vaz

Vocês conhecem Tati Gaião? É uma carioca, enfermeira, que depois de levar um categórico pé na bunda (ops, vocês já ouviram essa história, né?), superou a depressão e se dedicou à carreira de modelo tendo recuperado o amor próprio. Hoje, ela serve de exemplo para muita gordinha que acha que os ponteiros da balança são determinantes para definir a própria felicidade.

Data: 21 de agosto, domingo/ Hora: a partir das 18h/ Local: DOCE MEL PIZZA BAR (Pizzaria dos irmãos mais tchutchucos do Brasil: Mayara e Bruno Russi)/ Endereço: Rua Engenheiro Francisco Bicalho, 128 – Parque São Lucas.

A cada livro vendido, Tati doará 1 real para uma instituição que combate a obesidade infantil.

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A nova Fênix

Por Eduardo Soares

Nesses quase oito meses de espaço virtual conheci inúmeras histórias de superação, todas dignas de roteiros de filmes clássicos. Há tempos estou para apresentar a vocês algumas destas histórias e a primeira delas não poderia ter sido melhor.

Criticamos aqueles que têm como habito reprovável o ato do (pré) julgamento. Ninguém gosta de ser rotulado apenas por causa do jeito de ser ou devido ao local onde mora. Nossa personagem reside em Ipanema, zona nobre do Rio de Janeiro. Vendo assim, seria comum alguém mandar soltar de cara frases do tipo “ah, ela é patricinha nascida em berço de ouro”. Antes de abrir a boca é necessário abrir a mente para evitar frases prontas e cômodas. Por isso, precisamos fazer algumas viagens no tempo para explicar como a personagem chegou até aqui. Com méritos próprios, diga-se de passagem.

Assim como eu, algumas de vocês irão reconhecer suas próprias origens nesse pequeno trecho. Filha de nordestinos semi alfabetizados que largaram suas cidades natais e famílias visando ter uma vida menos sofrida no Sudeste, Vitória passou por alguns apertos. Mesmo assim ela teve o auxilio de pessoas que acreditaram no seu potencial. Desta forma não levou muito tempo e lá estava ela com o diploma de Enfermagem obtido na renomada UFRJ. Com garra de vencedora (característica que os filhos de nordestinos têm devido aos incentivos dos pais), a recém formada prestou concurso, foi classificada e tornou-se Tenente Enfermeira dos Bombeiros. Com estabilidade e independência financeira já conquistados restava apenas o preenchimento do coração. Mas este será um dos temas principais desta mini biografia e iremos tocar no assunto adiante.

Mais uma viagem do tempo e iremos parar na pré adolescência de Vitoria. Em tempos de transformações e descobertas, veio o primeiro revés de sua vida: o surgimento do bullying. E nessa época a molecada (ainda com ares de infância) implica com suas vitimas sem dó nem piedade. É a fase dos grupinhos, onde cada um cria as famosas “panelinhas” com os amigos de maior afinidade. Musiquinhas ofensivas, piadinhas de humor negro e inúmeros deboches foram os componentes desta fase. Era o inicio da formação do buraco negro da baixa estima que acompanhou Vitoria ao longo dos anos seguintes.

Veio a adolescência e com ela o seguindo golpe da vida, este mais devastador que o primeiro: o pai de Vitória faleceu praticamente no mesmo período de provas para o vestibular. Difícil imaginar o turbilhão de sensações simultâneas que martelavam naquela cabeça. A perda do pai, pressão/cobrança pessoal por uma aprovação no vestibular e estima em baixa. Seria fácil olhar para o céu e culpar a Deus pelo sofrimento para entregar-se de vez ao desespero. Mas essa não era a característica da nossa jovem guerreira.

Quando o panorama parecia assombroso, surge a vida desferindo mais um soco no belo rosto de Vitória. Um dos seus únicos pontos de equilíbrio existentes rompera o laço. Seu noivado chegava ao fim. Esqueça a baixa estima.  O acúmulo de infortúnios originou uma depressão sem precedentes.  Todos os temores de antes – teoricamente adormecidos –voltaram a tona, agredindo impiedosamente Vitória com golpes enfurecidos. Arruinada, com alma sangrando e combalida psicologicamente, restava a ela cogitar a possibilidade “reconfortante” da morte. Analisando friamente, a postura (embora condenável em todos os sentidos) fazia certo sentido. Afinal, eram muitas adversidades em tão pouco tempo de vida. Natural que cresça a ausência de amor próprio aliada com medo de dias piores no futuro. Para quem ainda pensa que dinheiro compra tudo, a felicidade mostra que ela possui valor incalculável e inimaginável. Muito maior do que amontoados de cédulas ou de zeros à direita nas contas correntes. E a menina da zona sul (patricinha para alguns), lindíssima, grande profissional e independente financeiramente estava com o coração e estima afundados no lodo da depressão.

Costumo dizer que pessoas de baixa estima não absorvem elogios. Estes batem e voltam, não conseguem penetrar na aceitação dessa gente. Venha de quem vier, pais, namorado, amigo, ninguém consegue romper essa barreira imposta pelo desamor. Sempre linda, Vitória não tinha segurança para mostrar sua beleza aos namorados. Insucessos foram acumulados e a tristeza não parecia ter fim. Vitória ficou isolada, presa no seu agonizante mundo vazio. Restava-lhe apenas chorar e comer. Copiosamente. Naquele instante, lagrimas e a gula talvez fossem os únicos com acesso livre ao seu mundo.

EU NÃO GOSTO DE GORDA! A frase imbecilóide dita por um namorado burro batizado (vocês conhecem vários deles) foi o divisor de águas. Instantaneamente a região glútea do ilustre psicólogo de Playmobil fora devidamente carimbada com chute bem dado desferido por Vitória. Como sempre, Deus escreve certo por linhas tortas.

Depois disso, a vida lhe sorriu como nunca. Ao conhecer o movimento Plus Size, a guerreira moderna partiu de cara pro vento rumo a São Paulo para participar do Dia de Modelo. Lá ela descobriu vitórias de várias outras Vitórias, todas lindas e com a aceitação a flor da pele.Ao ver suas primeiras fotos desta nova fase, nossa personagem descobriu sua beleza, que embora sempre presente, esteve escondida debaixo da camada antes impenetrável da tristeza.

Eis o foco principal: descartem tudo, absolutamente tudo que seja ofensivo. Pessoas, palavras e pensamentos que trazem negativismo não servem pra nada. Sua mente serve como um filtro onde só é permitido reter aquilo que venha a acrescentar. Mulherão de verdade sabe o quanto é bonita, que deve se cuidar, que exala o perfume do carisma e que tem um amor imenso. Sendo o maior o amor próprio, daquele tipo que vale todos os quilates.

A personagem desta história achava que não era nada. Hoje ela tem/é um diferencial. Antes ela era reclusa. Hoje, virou referência de vida. Tempos atrás, a única coisa que povoava sua cabeça era a péssima idéia de dar fim a tudo. Jamais cogitou a possibilidade de ser quem ela é hoje. Palavras da nossa personagem: O que importa é ter saúde, cuidar do corpo e da alma com carinho porque estes são presentes de Deus.

Sorte a dela (e nossa) que a tal idéia de morte fora sumariamente descartada. Seria uma desfeita a Ele.

Obrigado pela lição de vida, Vitória.

Ou melhor, Miss Tatiana Gaião.  

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Espaço da leitora: Tatiane Gaião, a Miss Plus Size RJ

Mais do que  ser Miss Plus Size RJ – uma vitória pessoal

“Queridas amigas do Mulherão, é com muita alegria que venho participar hoje do Blog como autora de um post. Pedi essa liberdade para a Re, afim de dividir um pouquinho da minha alegria e vitória com todas vocês, equipe e leitoras, que fazem parte desta vitória junto comigo.

Depois de passar por uma depressão, com a autestima lá no pé, por dar atenção a pessoas pequenas que criticaram meu corpo, fui apresentada ao mundo maravilhoso das Plus Size através do Mulherão.

Com toda a minha cara de pau, peguei um ônibus e fui rumo a São Paulo só para fazer o Dia de Modelo e lá conheci meninas lindas, com as mesmas neuras que eu e percebi que eu não era um patinho feio e sozinho no mundo.

Gostei tanto da coisa que fiz meu segundo Dia de Modelo aqui no Rio de Janeiro, nem pelas fotos em si, mas pela oportunidade de estar novamente em contato com a Re, a Kelly, a Carol e conhecer novas meninas plus como eu!  Lembro da Renata dizendo pra mim: “ta doidona, menina, vai fazer outro book pra que, aquele já está ótimo” rsrsrs… Fiz mesmo, pois pra mim era tudo uma diversão só!

Soube do concurso de Miss Plus Size RJ, mas não achei realmente que era pra mim. Mas no DDM RJ eu conheci uma fofura de menina, a Nayra, que um dia antes do evento me convenceu de participar, não com a intenção de vencer, mas de mostrar nosso rostinho e corpitchu para os “olheiros” que estariam no evento.

Foi muito louco, liguei  pra o organizador do evento e ele aceitou nossa inscrição por telefone sem nos conhecer e sem termos participado do ensaio para o desfile!!! Mas como nosso maior objetivo era diversão e contatos, lá fomos nós, eu e Nayra.

Cheguei lá em cima da hora, com minha propria produção e me deparei com lindas meninas bem assessoradas, com suas maquiadoras e cabelereiros, já agenciadas, modelos profissionais… pensei logo: o que estou fazendo aqui!!! Rsrsrsrs

Mas como quem está na chuva é pra se molhar, enfrentei o palco, o juri, a plateia, as luzes e o medo de tropeçar e pagar o maior mico!!! Hahahhahahah

E qual não foi a minha maior e melhor surpresa… Eu, euzinha que vos fala, fui premiada a 1ª Miss Plus Size da história do Rio de Janeiro!!!! Nossa, quanta emoção! Na verdade eu acho que a ficha não caiu até agora!!! A Nay, ficou em segundo lugar e isto pra mim foi fator de maior felicidade ainda!!!

Faço a maior questão de dizer aqui e pra todos os lugares onde tenho dado entrevistas que o Mulherão foi e é o grande responsável por esta virada em minha vida. A Re e sua equipe faz um trabalho lindo de promoção de autoestima com tantas mulheres lindas em todo o Brasil e nada é mais gratificante do que isso!

Agora eu também quero ser vinculo para outras tantas meninas que, como eu, passam ou passaram por dificuldades com seu corpo. Amem-se mais que tudo!  Porque mulher de verdade tem que ter curvas, tem que se cuidar, ser saudável e feliz. Chic é ser feliz!!

A todas vocês meu muito obrigada pela atenção e carinho e a Renata e sua equipe meu eterno agradecimento!

Bjs, Tatiana Gaião” 

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