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Pelo direito de ser dona de casa

dona de casa

Por Renata Poskus Vaz

Sempre defendi que nós, mulherões, devemos ser independentes. Devemos estudar, trabalhar, ter o nosso próprio sustento para podermos ir e vir, sem depender de ninguém, muito menos de homem, gozando plenamente da nossa liberdade.

Defendia isso com tanto afinco, que não entendia como algumas mulheres de sujeitavam a encostar a barriga no tanque e serem sustentadas pelo marido. “Isso não é ser livre!”, eu pensava.

Hoje, mais madura e após algumas observações da vida alheia e sessões de terapia, cheguei à conclusão que ser livre é poder decidir o que se quer para a própria vida. E isso inclui o direito de querer ser dona de casa.

Cada um tem um objetivo na vida. Uma prima minha, Patrícia Vaz, uma vez me disse: “eu prefiro trabalhar o mês inteiro e gastar o meu dinheiro todo pagando o salário de uma empregada doméstica, a ter que ficar em casa”. Uma amiga de infância, Priscila, me disse na adolescência: “eu serei muito feliz se puder ficar em casa, cuidando dos meus filhos e lavando as cuecas do meu marido”.

Eu compartilho da visão de Patrícia, mas entendo que outras mulheres podem curtir os trabalhos domésticos, cuidando dos filhos em tempo integral e se dedicando aos afazeres do lar que, por sinal, não são nada leves e não são remunerados.

Ser dona de casa imediatamente se aplica a estar casada.

Ter uma vida de dona de casa não significa necessariamente que essas mulheres serão submissas ou desrespeitadas por seus maridos. Uma leva nova e louvável de maridões surge por aí. Caras bacanas, respeitadores, que admiram e valorizam suas esposas. Espero que as aspirantes à dona de casa almejem esse tipo de cara. Para os babacas, machistas etc, já existem algumas leis que não impedem, mas acabam coibindo de alguma forma seus atos de violência. E, até aí, nós, mulheres que trabalham fora, também podemos – infelizmente – sofrer violência doméstica.

As pessimistas dirão que, em caso de divórcio, essa mulher pode ficar desamparada, sem dinheiro etc. Mas é para isso que as donas de casa devem combinar e estabelecer em contrato, nem que seja na própria certidão de casamento, o tipo de divisão de bens que terão em caso de divórcio. O casamento, nesse caso, é uma espécie de sociedade em que um trabalha dentro de casa e o outro fora, os dois com direitos iguais! Um seguro de vida do maridão também vai bem. Se ele partir, infelizmente, você precisará de uma renda! Tem que pensar em tudo, até em possíveis e indesejáveis desfechos tristes e ser tão meticulosa quanto qualquer mulher que trabalhe fora e que não dependa financeiramente do marido.

A verdade é que nem para nós, mulheres que trabalham fora, o futuro é certo. Então, que possamos escolher sempre viver da forma que nos faz felizes de verdade.

Feliz Dia Internacional das Mulheres!

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Trabalho para vendedoras em rede de lojas plus size no Rio de Janeiro

Por Renata Poskus Vaz

A Carlota-rio está procurando vendedoras para suas lojas. Achei bacana dividir com vocês, que gostam de moda, principalmente de moda plus size. A oportunidade é para quem mora no Rio de Janeiro. Boa sorte!

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Campanha plus size de Dia das Mães das Lojas Marisa

Por Renata Poskus Vaz

Olá, Mulherões! Feliz Dia do Trabalho (folgando em casa, lógico!). Por falar em trabalho, vou dividir com vocês minha última atuação como modelo, para o catálogo de Dia das Mães das Lojas Marisa. Fiquei muito feliz ao ser contratada para esse trabalho. Isso porque, além das lojas de departamento pagaram infinitamente mais do que as marcas especializadas em plus size, também pude rever minha amiga Celina Lulai, modelo, que estava afastada para cuidar de sua filhinha recém-nascida, mas que agora já está de volta com força total ao mercado da moda GG.

Outro motivo de satisfação é saber que as lojas de departamento, lentamente, estão se rendendo ao mercado consumidor plus size, ampliando suas linhas de roupas GG. Isso é muito bacana! Fui à Marisa da Lapa, em São Paulo, pegar um catálogo de Dia das Mães (meu momento Robert) e vi que há muitos looks legais na loja em tamanhos plus size, sem cara de roupa da vovó.

Veja só as fotos plus size do catálogo, comigo e com Celina:

Obrigada à Alinne pelo print do catálogo e à Jovi, que me ajudou a obter este trabalho. 🙂

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“Não justifique, faça”

Por Renata Poskus Vaz

Na minha adolescência integrava um grupo de teatro dirigido por meu querido amigo e talentosíssimo Roni Guilherme. Recordo-me que, durante os ensaios, quando nos corrigia em alguma cena e tentávamos explicar o porquê de não termos seguido uma orientação dele, Roni dizia: “não justifique, faça”. Cresci com aquela frase na cabeça. Enquanto adolescente o achava intolerante, pensava que como meu diretor ele deveria parar e ouvir minhas justificativas. Só agora, crescidinha, noto o que ele queria dizer com “não justifique, faça”.

 As vezes a gente perde muito tempo se justificando por ter errado, por ser assim ou assado, enquanto poderíamos aplicar nosso tempo “fazendo diferente”, corrigindo nosso erros, não com palavras, mas com ações.  Ok, você deve estar se perguntando: “mas porque a Renata está me dizendo isso agora?”. Por vários motivos. Entre eles, para que você tente aplicar essa técnica em sua vida.

 “Não justifico o porquê de estar acima do peso”

Se você fica se vitimizando por estar acima do peso, pare de reclamar da vida e tome uma atitude. “Estou acima do peso porque engordei 30 Kg na gravidez, ou porque entrei em depressão e blá, blá, blá”. Esses desabafos você pode fazer aqui, em nosso Mulherão, no terapeuta ou no seu diário, mas em seu dia-a-dia não se justifique para pessoas que nada tem a ver com o seu peso. Se o seu próprio corpo te incomoda, tome uma iniciativa para mudá-lo. Procure um profissional para orientá-la, faça dieta, exercite-se.

 Se estiver se reeducando com relação à alimentação e for à uma festinha, não responda as ofertas de docinhos e salgadinhos com: “não, obrigada, estou de regime”. Só dizer que não quer e agradecer já basta. Dizer que está no regime gera uma série de cobranças que, de repente, em início de dieta, você não estaria preparada para ouvir. Além do que, parece que tem gente que só vive da desgraça alheia. Só porque está de regime, o cunhado chato ou a prima invejosa vão passar a bandeja com delícias na sua frente, cinco vezes mais, só para testar a sua boa vontade.

 “Não aceito justificativas do porquê de ter sido traída”

Você foi traída por uma amiga ou um namorado e não sabe como reagir?  Não aceite justificativas. É muito comum, quando erram conosco, tentarem atribuir a culpa por seus deslizes a alguém. O algoz vira a vítima e vice e versa. Se o namorado te trai, certamente ele dirá que é porque você não lhe dava atenção suficiente, ou porque o relacionamento esfriou, ou porque você elogiou fulano… Só quem já levou um chifre daqueles sabe bem o que estou dizendo.

Então, poupe-se! Não escute justificativas que só vão te deixar nervosa ou, injustamente, culpada. Não estou pregando o fim do diálogo, mas a conversa deve acontecer antes que os problemas ocorram e não depois. Como já diz o título deste artigo, não justifique, faça. E faça direito.

Com amizade vale a mesma premissa. Antes de trair a sua confiança, o “amigo” teve tempo para pensar em seus atos. Afinal, não somos mais crianças. E não somos animais que agem por impulso. E ao pensar, optou por prosseguir mesmo que seus atos te causassem algum tipo de sofrimento. E você não merece sofrer injustamente.

“Reconheço meus erros, mas não me justifico para meu chefe”

No trabalho é muito bacana quando a gente consegue reconhecer que errou e assume que precisa se aprimorar. Todavia, não adianta ficar usando justificativas para tentar encobrir ou amenizar seus erros. “Chefe, eu não terminei esse relatório porque a Cristiane do RH ficou de me mandar os dados e não mandou”. O exemplo ao lado reflete muito do que costumamos fazer. Para justificar não ter concluído uma tarefa, atribuímos a culpa a alguém ou a algum fato, como o trânsito (saia mais cedo de casa), a falta de energia elétrica (não deixe para a última hora a conclusão de um serviço), ou a falta de contribuição de um colega (se isso acontecer, comunique seu chefe antes do prazo expirar). Então, se não conseguiu por qualquer motivo concluir a tarefa, assuma o erro, peça desculpas (sem ladainhas) e peça uma nova data para entregar o relatório.

Não se justificar mostra seu compromisso em querer aprender, crescer, ser um ser humano melhor. Mostra que você não tenta encobrir seus erros, que é madura o suficiente para reconhecer que precisa melhorar e agir da melhor forma nas próximas vezes. Seja feliz. Não justifique, faça.

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Espaço da leitora: Angélica Monteiro

Ela foi humilhada no trabalho por estar acima do peso, mas deu a volta por cima!

“Faz tempo que estou para escrever algo para vocês do Blog Mulherão e acredito que esse é o melhor momento. Um pouco antes de procurar o Dia de Modelo passei pela humilhação mais terrível da minha vida. Estava trabalhando e a minha chefe me ridicularizou por eu estar acima do peso.

Naquela ocasião, alguém precisaria subir em um banco para arrumar algo que minha chefe havia pedido (detalhe: o banco era super firme e já havia subido nele várias vezes antes). Quando me prontifiquei em subir, ela disse: “Você NÃO!!! Pode quebrar a cadeira!”

Ela disse isso na frente de todos os estagiários e todos riram de mim. Engoli o choro a seco, e agi como se nada tivesse acontecido. Mas, depois que sai do trabalho, eu desabei em lágrimas pela vergonha que havia acabado de presenciar. Naquele instante eu queria sumir e até disse no meu intimo: ” Pra que viver nessa humilhação? Não há razão para viver assim!”

Foi então, qu, liguei para minha mãe ela começo a trazer palavras que acalmaram o meu coração. Disse que Deus iria me honrar e que no tempo certo a minha vida seria uma amostra de sucesso para muitas pessoas. Ouvi aquelas palavras, mas no meu intimo, sabia que o que precisava mudar não eram as outras pessoas, mas eu mesma. Eu precisava me achar bonita e me amar sendo gordinha ou não!

Alguns dias depois ,  tive o contato de uma agência que disse que eu teria o perfil para modelo comercial e que me encaixaria no perfil modelo plus size. Sem acreditar muito fui até a agência, fiz a avaliação e para minha surpresa fui aprovada. Alguns dias depois mais duas agencias me procuraram e eu comecei a levar a sério. Decidi procurar o Dia de Modelo e fiz as minhas fotos, que fizeram toda a diferença na minha vida!

Hoje eu entendo que essa ventania forte veio apenas para me fazer acordar para vida e me valorizar por inteiro. Tenho orgulho de dizer que sou modelo plus size e mesmo que muitos não coloquem muita fé eu sei que esse ramo tem muito o que prosperar.

Bom, eu queria compartilhar o que passei, pois o Bolg Mulherão, não só deu um UP na minha autoestima, mas mudou a minha vida!

Obrigada e beijinhos,

Angelica Monteiro”

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