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Saiba como me livrei do vício da coca-cola

Por Renata Poskus Vaz

Há algum tempo, fiz aqui no Blog Mulherão um relato emocionado (kkkk… que drama!) sobre meu vício exagerado de coca-cola. Para relembrar, clique aqui. O negócio era sério mesmo! Não passava um dia sem tomar coca-cola, ficava extremamente irritada quando não tomava a bebida. Ingeria cerca de 2 litros de coca por dia. Eu era uma espécie de drogada,  e quando ficava sem coca manifestava os mesmos sintomas de privação que um dependente químico de drogas pesadas sofre. Mas eu não ligava. Um copo de coca, para mim, compensava qualquer surtada.

Isso só mudou quando, ano passado, diante de uma dificuldade séria em minha vida pessoal, fiz uma promessa para Deus. Sou espírita e acredito que Deus não curte ver a gente passando por privações nessas promessas malucas. Ele não é sádico. Porém, achei que demonstraria toda a minha fé e consequente merecimento, se mostrasse que abdiquei de algo que amava em troca de uma graça. Parei de tomar a bebida no mesmo dia da promessa. Não quis esperar ser agraciada. Minha fé era grande.

Nos primeiros dias sofri bastante. Foi só então que percebi o quanto essa coca-cola é perigosa e por mais que a companhia que a fabrica e o Ministério da Saúde digam o contrário, essa bebida tem sim um poder de vício tremendo. Foram inúmeras vezes que tive pesadelo em que estava bebendo um copo geladinho de coca-cola e acordei me sentindo culpada. Uma vez, até chorei. Algumas vezes, sonolenta, chegava a abrir uma garrafa de coca-cola, me servindo, meio que seguindo uma rotina viciante. Depois de alguns segundos percebia que eu não queria beber aquilo. Estava habituada, apenas isso.

Quando meus familiares abriam uma garrafa, conseguia sentir o cheirinho da coca-cola e até cócegas no nariz por conta das bolhinhas de gás. O meu desejo era absurdo. Naquela época eu tomava muito pouco outros refrigerantes. O engraçado é que a gente substituí um vício pelo outro, não é mesmo? Passei a tomar tubaína, soda e citrus. Mas jamais na mesma proporção que tomava a coca-cola.

As primeiras semanas sem coca custaram a passar. Depois de 2 ou 3 meses eu já não tinha mais vontade de tomar essa bebida. Porém, fazia planos para o dia em que eu poderia voltar a tomá-la. Até que 1 ano se passou. No dia final da promessa de 1 ano sem coca-cola, fiz planos de tomar um copão geladinho, mas não tinha coragem. Nisso, se ´passaram 1, 2 semanas… 3 meses! E quando finalmente tive coragem de beber um copo de coca-cola, a surpresa: pensei que estava estragada! O gosto era péssimo. Se madeira tem gosto, deve ser aquele. Pensei que estava vencia e só consegui dar um gole. Na outra semana, mais um teste e novamente senti o mesmo gosto ruim. Depois, tentei com Pepsi e a mesma sensação estranha.

Enfim, nunca mais tentei tomar coca-cola e acho que meu corpo finalmente se livrou daquele vício. Agora, já estou pronta para o próximo passo, que é deixar de tomar os outros refrigerantes.

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Coca-cólatras anônimos

Por Renata Poskus Vaz

Este fim de semana, em uma longa viagem de carro que fiz com meu namorado, percebi em que ponto lastimável chegou o meu vício por coca-cola. E o pior, além de me viciar, acabei corrompendo e induzindo ao vicio o meu gato, que era adepto de uma alimentação saudável e se limitava apenas a tomar suquinhos naturais, vez ou outra.

Na estrada, a cada vez que parávamos para abastecer o carro ou para ir ao banheiro, eu rapidamente sacava dinheiro da carteira para comprar uma latinha daquele elixir dos deuses. E lá iam uma, duas, três, quatro… Mais de 10 latinhas de coca por dia. Não sei o que me desperta tanta vontade por esta bebida. Talvez seja o prazer inenarrável que aquelas bolinhas de gás dão quando em contato com nossa boca. Ou então, seja a cafeína que confere aquela sensação de satisfação.

Momento família: guaraná para eles, coca-cola todinha só para mim!

Vicio mascarado que prejudica a saúde

Quando falo em ser viciada em coca-cola, não falo brincando. Tomo cerca de 2 litros da bebida por dia, o que tem debilitado muito a minha saúde. Os dentes ficam amarelados, o estômago dói, a barriga fica repleta de gases causando desconforto. Então, porque não parar?

Não é tão fácil para quem foi apresentada à bebida na mamadeira, muito antes de completar 1 ano de idade. Meus pais, que são da época da tubaína servida apenas aos finais de semana e coca-cola somente em ocasiões especiais, como nos casamentos dos primos ricos, não imaginavam que a bebida poderia ser prejudicial à saúde.

Em novembro, desesperada tanto quanto um alcoólatra tentando me desvencilhar da bebida que por quase 30 anos consumi, escrevi um e-mail para a coca-cola pedindo auxílio para me livrar da dependência (tá, sei que parece gozação, mas foi real) e recebi a seguinte resposta:

Prezada Sra. Renata,

Agradecemos sua atenção com a nossa empresa!

Respondendo ao seu questionamento, afirmamos que todos os produtos comercializados pela Coca-Cola, não contém qualquer substância nociva à saúde e todos os nossos ingredientes são testados e analisados criteriosamente, não existindo, portanto, a menor possibilidade de fazer mal ao organismo. Além disso, são fiscalizados no Brasil pelo Ministério da Agricultura e pelo Ministério da Saúde.

Acesse também http://www.institutodebebidas.org.br, com dicas de saúde e bem-estar.

Continuamos à disposição!

Coca-Cola Brasil. Viva Positivamente!

Seria cômico se não fosse trágico! Qualquer alimento, mesmo que um natural, quando consumido em excesso, causa algum tipo de efeito colateral. Por exemplo, se ingerir diversos mamões num só dia, certamente terá um desarranjo intestinal tremendo, já que a fruta contém propriedades laxativas. Então, acreditar que consumir coca-cola em excesso todos os dias não causa efeito algum é pura tolice.

Pesquisando na internet, descobri que a bebida foi criada em 1886 para servir como remédio. Isso mesmo. Imagine você fazendo um churrasco e servindo para seus amigos um copo geladinho de Biotonico Fontoura. Estranho, não é?

O nome coca-cola é inspirado nos dois ingredientes usados originalmente na bebida: cocaína, que vem da folha de coca e da noz de cola. Hoje, a cocaína foi substituída por cafeína.

O que fazer?

De acordo com o e-mail da Coca-cola Company, o consumo da bebida está liberado e não há nada de prejudicial nela. Este também deveria ser o discurso deles, há mais de 1 século atrás quando ela levava cocaína, uma temida droga da atualidade, em sua composição.

Então, tenho três opções. A primeira é liberar geral e continuar me entupindo de coca. A segunda é cortá-la definitivamente do cardápio e rezar para não cair em tentação. A terceira, e ao meu ver a mais viável, é reduzir as doses da bebida até que consiga consumi-la eventualmente, sem prejudicar a minha saúde, como vem acontecendo nos últimos tempos.

Na verdade, embora as propagandas nos estimulem a comprar a bebida e a criação que recebemos não tenha criado uma cultura de alimentação saudável, temos livre-arbítrio e comemos o que queremos. Ninguém vem aqui em casa me forçar a bebê-la 10 vezes por dia. Faço porque quero e só depende de mim mudar esta situação. Assim que conseguir susbtituir a “pretinha” por copos e mais copos de água mineral, volto para contar, tá bom? Afinal, não há problema em ser gordinha, desde que seja uma gordinha saudável, não é mesmo?

leia mais sobre a Coca, aqui.

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