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Mayara Russi entra no reality show Além do Peso da Record

mayara além do pesoMayara e sua parceira Ingread

Por Renata Poskus Vaz

Enquanto escrevo esse texto, Mayara Russi está ao vivo no Programa da Tarde da Record, sendo apresentada como a nova integrante do Além do Peso, reality show de emagrecimento. Como a competição é em duplas, ela participa com sua amiga Ingread.

Já disse aqui diversas vezes que, na minha opinião, Mayara Russi é a melhor modelo brasileira de todos os tempos. Temos modelos plus size maravilhosas brasileiras, mas embora modelo seja apenas uma referência corporal e não tenha obrigação de ser um exemplo de caráter, Mayara reúne qualidades como pessoa e uma beleza estonteante que a transformam em uma profissional única.

Eu que a conheço bem posso descrevê-la como uma profissional generosa, que divide o que sabe com iniciantes, sem diferenciações. É pontual, educada e atenciosa. Jamais fala de nossas confecções plus size e do trabalho que foi feito até aqui por elas de forma desrespeitosa, nem com desdém, como umas e outras já fizeram por aí. Mayara tece críticas ponderadas, construtivas, sempre. Ela ajuda o mercado a crescer.

Mayara também consegue reunir fãs magrinhas, mulheres que querem as roupas que ela veste. Modelo veste sonhos e sonhos não tem manequim.

No programa, Mayara está dizendo que após um câncer de tireoide engordou muito. Ela começou  a modelar quando usava manequim 46, 48 e engordou até ultrapassar o manequim 54, 56. Ela não se sente bem assim, está se sentindo feia e com a saúde debilitada.

O peso que ela pretende atingir é o que eu peso hoje. Ou seja, ela quer usar um manequim 46, 48… Continuará um mulherão!

Em off, no passado, Mayara me disse que precisava emagrecer, mas que não faria cirurgia bariátrica. E que entrar no reality show Além do Peso seria uma oportunidade de emagrecer de forma saudável, com acompanhamento multidisciplinar.

Muitos podem achar que uma mulher plus size que se ama jamais deveria querer emagrecer. E é justamente ao contrário. Quem se ama, sabe os limites do próprio corpo. Nós, do Blog Mulherão, somos completamente contra a patrulha da banha que é contra quem opta por formas saudáveis de emagrecimento.

E é por isso que somos Team Mayara Russi.

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A Paquita gorda

Por Renata Poskus Vaz

Muitas mulheres da minha geração (sou uma balzaca plus size delicinha de 32 anos), sonharam em ser paquita da Xuxa. Eu não, porque com minha mega ambição só conseguia desejar ser apresentadora igual a Xuxa, não uma entre muitas paquitas. kkk

Mesmo assim, como não me encantar com aquelas meninas lindas, sorridentes, charmosas que tanto sucesso fizeram na década de 90? A minha paquita predileta era a Ana Paula, conhecida como Pituxita. Era uma menina linda, delicada.

paquita gorda 5

Ana Paula deixou de ser paquita por desejo de Marlene Matos, diretora da Xuxa, que mesmo com o sucesso das meninas preferiu demiti-las e criar uma nova formação. Pituxita trabalhou alguns anos na produção da Xuxa, namorou o jogador Romário, se separou e logo em seguida se afastou do meio artístico para casar, ter filho e se dedicar  à vida doméstica.



paquita gorda 3

Recentemente, ela apareceu em um desfile plus size como modelo plus size. Em meio às entrevistas em que dizia que se dedicaria à essa nova oportunidade, Ana Paula, a Pituxita, também dizia não gostar do seu corpo. Com todas as letras,  ela se disse infeliz com a silhueta plus size (e olha que ela virou uma gordinha muito gostosa!).

paquita gorda 2

Não cabe na mesma frase: sou modelo plus size e não me amo. Uma modelo plus size deve se amar, deve se gostar e se cuidar muito. Estar gorda não é motivo para não se gostar e não se cuidar. E o que eu vi na Ana Paula, naqueles poucos minutos de gravação, é uma mulher bonita, mas que não se enxerga assim e que está extremamente triste e com nada de autoestima. Alguém que poderia, mas que de fato não é um exemplo de mulher plus size bem resolvida.

paquita gorda 1

Confesso que se estivesse na condição de uma proprietária de uma confecção, jamais associaria a imagem do meu produto à uma pessoa que publicamente diz não se gostar por estar gorda. Nós queremos nos reconhecer na modelo, ser como ela é. E quem quer ser parecido com alguém que está infeliz e não se gosta?

Atualmente, Ana Paula passa por uma transformação no programa da Eliana. E o que eu acho disso? Que ela deve realmente buscar a felicidade. E se ela acha que a felicidade tem forma e esta forma é um corpo magro, que ela lute por isso. Todo mundo merece ser feliz e estar feliz com o que vê no espelho, todos os dias.

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Esclarecimentos sobre nossa ida ao Spa Jardim da Serra

simone e david

Por Renata Poskus Vaz

Oi Gente! Infelizmente, a nossa ida para o Spa Jardim da Serra terá que ser adiada. Nesta madrugada o Davizinho, filho da minha amiga e modelo plus size Simone Fiuza, adoeceu. Ela ainda está no Hospital com ele. Não é nada grave, não se preocupem, mas não havia como viajarmos e deixar essa fofura só com o papai.

Coisas de mulherão!

Agradeço ao Spa Jardim da Serra que se preparou para nos receber e desejo que no futuro eu possa ter a oportunidade de conhecer esse espaço que me foi tão bem recomendado.

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Quer participar de um reality show de emagrecimento?

Por Renata Poskus Vaz

Olá, mulherões!

Antes de mais nada, aqui é sim um Blog que valoriza a autoestima, independente do manequim. Mas não fazemos militância da banha. Eu e minhas companheiras acreditamos que nós e nossas leitoras somos livres para emsgrecer e engordar sem que ninguém nos encha o saco por causa disso.

E como sabemos que há entre nossas leitoras algumas que desejam emagrecer, vamos divulgar um super e aguardado casting promovido pela Endemol para o reality show Além do Peso. 

No reality show, que é exibido no Programa da Tarde da Rede Record, participantes passam por avaliações físicas, médicas, psicológicas e com nutricionistas visando reduzir o peso. Eles também concorrem a um carro no fim do reality show. Quem perde mais peso em porcentagem, ganha.

Na terceira temporada da atração, a competição acontecerá em duplas.

Então, se você tem em sua família um parente gordinho, inscreva-se. O programa selecionará: tios e sobrinhos, mãe e filho, pai e filho, irmãs, irmãos, primos etc…

Envie um e-mail com nome, data de nascimento,  endereço, telefone e fotos para:

alemdopeso@endemolbrasil.com.br

Boa sorte!

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“Litha, você emagreceu tanto, o que você fez?”

Por Litha Bacchi

Faz mais ou menos 1 ano que muitas leitoras vêm me perguntar isso. Eu me esquivei da resposta por muito tempo. Acho que, principalmente, porque eu ainda não tava vendo eu no meu novo corpo. Eu tinha aceitado que era gorda, eu estava feliz, era a minha identidade (não que eu tenha virado magra, longe disso, era apenas um corpo que eu não reconhecia mais).

Eu não fiz cirurgia. Eu não fiz dieta. Eu não tentei emagrecer. Foi uma combinação de fatores e muitas hipóteses. Eu me mudei pra Londres em setembro/outubro de 2012 e minha vida mudou muito.

1) Eu parei de tomar pílula anticoncepcional, pois aqui não dá pra entrar na farmácia e comprar, tem que ter receita médica todo mês. Fiquei enrolando pra ir e acabei decidindo não tomar mais mesmo.

2) Tenho uma doença auto imune na minha tireoide, que melhora ou piora por motivos que nunca dá pra saber direito quais são. Pois ela deu uma melhorada depois que eu vim, eu não sei o porquê. Eu tomava 150mcg de T4 e agora eu tomo 100mcg.

3) Londres tem muito mais escadas do que Porto Alegre. Eu faço muito mais baldeação no transporte público do que em Porto Alegre. Eu não tenho mãe ou amigos com carro, e o táxi é caro, então só ando de transporte público.

4) Eu comecei a trabalhar no setor de alimentação, primeiro num fast food, depois como garçonete. A gente passa muitas horas de pé, carrega peso, sobe e desce escada, limpa tudo, etc.

5) Eu não tenho mais comida à vontade, porque sou eu que compro a minha própria comida. Antes a minha mãe mantinha a geladeira cheia, às vezes até me dava o cartão dela pra eu mesma ir no super mercado e comprar tudo o que eu queria. Por incrível que pareça, quando eu era mais gorda eu comia muito melhor. Eu vivia comprando todos os tipos de legumes, carnes, peixe, etc, e tinha uma alimentação muito variada.

Quem nunca foi solteiro morando sozinho, que jogue a primeira pedra: mas comida não é um gasto prioritário pra mim. Eu compro comida o suficiente pra me manter alimentada, e como tudo o que posso quando é de graça (trabalho em restaurante). Perto de casa uma caixinha de frango frito é 1 libra, um pacote de cookies é 59 pence. Comida congelada é baratíssimo. Mas eu como menos do que eu comia antes. Não tenho uma alimentação tão boa, mas como menos.

Eu não tentei emagrecer, a vida me emagreceu. Talvez a vida me engorde de novo. Eu parei de perder peso espontaneamente e estabilizei. E também não estou tentando perder peso nenhum. Eu absolutamente detesto falar de dieta e métodos para perder peso porque isso me traz uma sensação muito ruim da parte da minha vida onde eu não me aceitava e me sentia muito triste. Por isso eu ignorei muitas vezes quando me perguntavam, ou dei alguma resposta curta. Porque o assunto me faz mal. Resolvi escrever esse post pra esclarecer e evitar que me perguntem novamente. Espero que entendam, mas o assunto “emagrecimento” me traumatizou muito durante a vida e não é algo que eu queira conversar sobre de novo.

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Eu, meus 94 Kg e Hannah no Spa Saison

Por Renata Poskus Vaz

Quem acompanha o Blog Mulherão desde o comecinho deve se lembrar de quando eu fui para o Spa Saison, em 2010.  Na época eu pesava 76 Kg e cheguei a perder 2 Kg no Spa Saison, em uma semana. Minha meta era descansar e curtir e os quilos perdidos foram apenas um bônus daquela semana muito especial.

Muita coisa mudou de lá para cá. Eu, que usava manequim 44, hoje uso manequim 48/50. Na última sexta-feira, quando me pesei, estava com mais de 94 Kg… Isso mesmo, quase 100 Kg. Ou seja, engordei em 3 anos quase 20 Kg e não, não estou contente com isso pois junto com os quilos extras vieram também alguns problemas de saúde.

Hoje, aos 31 anos, minha preocupação não é mais estética. Confesso que curto pacas a bundinha generosa que ganhei com esses quilos extras, mas quem me conhece e faz parte da minha vida íntima sabe que não estou bem, com uma porção de problemas de saúde associados.

Existem gordinhas saudáveis sim. Porém, hoje, eu não sou uma delas.

Abandonei um tratamento médico e até o Projeto Mulherão Saúde que me comprometi aqui com vocês a me dedicar.  O trabalho aumentou, sou grata a Deus por isso, porém eu não consegui administrar bem meu tempo. Trabalho cerca de 18 horas por dia, de segunda a segunda, me alimento mal, não me exercito… Cheguei a ficar depressiva, mesmo sem me dar conta disso. Não tinha pique para me cuidar e para coisas que facilmente fazia no meu dia a dia, como cuidar da casa, por exemplo. Pensava: “ops, isso não é apenas um cansaço exagerado, é um estado depressivo”, mas não sabia como sair daquele buraquinho chato, triste e vicioso em que me encontrava.

Vocês já se sentiram assim? Já se sentiram percebendo que a energia estava acabando, sem um motivo aparente?

Estou sendo muito transparente com vocês pois embora separadas por grandes distâncias geográficas, somos amigas. E não quero mentir para quem tanto confia em mim. Hoje, como amiga, peço que me ajudem nessa nova etapa da minha vida. Eu preciso me curar de alguns males físicos e me desestressar (se bem que eu sei que vocês curtem, vez ou outra, a Renata enfezadinha…rsrsrs).

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Neste domingo, retorno para o Spa Saison, após 3 anos. Minha meta, ao contrário da visita anterior é sim emagrecer. É claro que me afastar, descansar também será um grande presente. Nesta visita irei com a Hannah (veja aqui), que é jovenzinha, cheia de gás e prometeu que não vai me deixar dormindo até meio dia no SPA. Ela me fez prometer que aproveitaria todas as atividades oferecidas. Não sei porque, mas Hannah se mostrou mesmo interessada em me ajudar, em me ver mais saudável e feliz. Tanto é que foi ela que conseguiu essa segunda oportunidade no Spa Saison para mim. Fiquei até emocionada!

Então, é isso mulherões! Não se preocupem, continuarei plus size… rsrsrs… Não tenho mais o desejo de emagrecer até os 57 Kg.rsrsrs  Curto ser um mulherão e só emagrecerei (se Deus quiser!) o suficiente para equilibrar minha saúde. O Spa será só o começo!

Acompanhem aqui, durante a semana, a nossa visita ao Spa Saison.

E se você quiser ir com a gente para o Spa, será uma honra! Ficaremos lá de 20 a 27 de outubro. O Spa fica em Itaipava, a 50 minutos do Centro do Rio de Janeiro. Ligue, faça um orçamento! Quem sabe essa não é a oportunidade que você também esperava?

Beijos!

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Programa da Tarde da Rede Record terá um reality show só para gordinhos

Por Renata Poskus Vaz

Quem acompanha a programação vespertina da Record, já deve conhecer o Programa da Tarde apresentado por Ana Hickmann, Ticiane Pinheiro e Brito Júnior. No final de setembro, um novo reality show deve estrear no programa: “Além do Peso”.  Embora o formato tenha sido comprado da Endemol conhecida por seus reality famosos, como o Big Brother, a atração é uma espécie de “Medida Certa” do Fantástico, em que os participantes não ficam confinados.

Ou seja, os gordinhos serão acompanhados em sua própria rotina, malhando se alimentando e etc.

Fazer gordinhos emagrecerem não é novidade no Programa da Tarde. O casal Simone Fiuza e Michel Guto aceitaram o desafio e cada um emagreceu mais de 30 Kg durante os 4 meses da atração. Como amiga acompanhei de perto a evolução do casal. Eles realmente mudaram hábitos de vida, passaram a malhar e a se alimentar corretamente, mesmo após o fim do reality. Mas o ganho de alguns quilinhos, na manutenção da dieta pós programa, foi inevitável.

simone e michel

Fico um tanto quanto temorosa com essas competições de eliminação de peso, na TV. Acompanho há meses um reality show do gênero no canal H&H da Discovery. Intitulado Biggest Loser, no Brasil “O Grande Perdedor“, essa competição é bem severa. Os participantes chegam a perder mais de 40 quilos em apenas 9 semanas. São submetidos à dietas rigorosas e um exagerado ritmo de exercícios. Os resultados, no entanto, são surpreendentes. Alguns participantes chegam a perder até 50% do próprio peso no final da competição. E o “Grande Perdedor”, aquele que chega à final com o maior porcentagem de peso perdido, ganha uma bolada em dinheiro.

além do peso

Na foto: Ashley Johnston, 27 anos
Peso inicial: 169 kg
Peso atual: 86 kg
Perda: 83 kg, 48.93% do peso

além do peso 2

Na foto acima: Sherry Johnston, 51 anos
Peso inicial: 98 kg
Peso atual: 53 kg
Perda: 45 kg, 45.41% do peso

Sou a favor que as pessoas façam reeducação alimentar e que emagreçam em prol da saúde, se quiserem isso. Mas alguns questionamentos que faço são:

1) Esse emagrecimento recorde nos reality é feito sob supervisão médica e de educador físico quase 24 horas por dia. Quem está aqui fora e se inspira nesses programas, pode se decepcionar e engordar ainda mais com uma dieta copiada da TV ou ainda prejudicar a sua saúde se inspirando nos participantes, sem o mesmo acompanhamento?

2) Depois desses programas, os participantes recebem orientações para como a saúde e o peso?

3) No programa todos os gastos com médicos é pago pela TV, fora da atração, como buscar esse tipo de atendimento médico na rede pública?

4) Como fica o metabolismo de quem emagrece tanto em tão pouco tempo?

Por enquanto, sem respostas. Façam suas apostas e aguardem o reality show de gordinhos da Record. 🙂

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A história de superação da Miss Plus Size Rio de Janeiro

Por Renata Poskus Vaz

Amanda Santana, 29 anos, manequim 48, já foi uma menina triste, vítima de bullying na infância e adolescência. Achava que o emagrecimento seria a única forma de lhe trazer a tão sonhada felicidade. Mas só depois de muito tempo ela foi perceber que a maior mudança deveria ocorrer dentro dela e não em sua silhueta. Hoje, Amanda possui dois títulos de Miss Rio de Janeiro e é um exemplo de superação para muitas meninas que esperam, um dia, resgatar a autoestima.

Confira o relato de Amanda:

“Meninas, hoje quero contar um pouco mais sobre a minha história. Faço parte de uma família onde herdei a genética da obesidade.

Minha luta com a balança começou aos 7 anos de idade. Meus pais sempre tiveram atenção com minha saúde. Fui apresentada às dietas nesse período, mesmo sem entender o porquê de ter que que emagrecer. Como toda criança, não queria saber de dietas, gostava mesmo era das guloseimas. Os anos foram passando e eu continuei engordando, chegando na adolescência, fui sofrendo as consequências de ser gordinha. Sofria bullying e sempre faltava nos dias em que tinha aula de educação física  para evitar sofrer com as brincadeiras de mau gosto.

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Neste período de transição entre a infância e adolescência fui motivo de chacota por onde eu passava, no colégio, nas ruas, nos transportes públicos, nas lojas de roupas e até mesmo entre amigos, piadinhas de gordo não faltavam. Nisso, fui me escondendo, evitava sair de casa, já não queria ir à escola,  fui me tornando uma adolescente complexada, triste e muito insegura.

Entre meus 15 e 16 anos já era obesa mórbida e não quis uma festa de 15 anos como toda menina sonha. Eu não me via com bons olhos, me achava feia, não tinha o corpinho das minhas amigas, e vamos falar sério naquela época não era fácil encontrar uma roupa básica, imagina um vestido de festa usando manequim 54.

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Aos 17 anos decidi dar um basta! Meus pais já tinham tentado de tudo, nutricionista, endocrinologista, psicólogo, vigilante do peso, fórmulas, shakes e dieta da sopa, tudo que se pode imaginar de dieta. Um certo dia tive um choque de realidade, percebi que a decisão de emagrecer só dependia de mim. Minha mãe sofria junto comigo. Foi então que, chorando, com uma calça manequim 54 na mão, olhei para o espelho e chamei minha mãe e falei que seria a última vez que usaria aquela calça . Minha mãe me abraçou e, em prantos, disse que estaria ao meu lado em qualquer decisão.

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Minha mudança de vida foi bem radical, peguei pesado na dieta, comecei a fazer exercício físico, fui vendo o resultado e me animava cada vez mais, cada mês meu manequim diminuía,  e no período de 1 ano e meio fui do manequim 54 ao 40. Foi então que me deparei com outro dilema: a perda de muito peso em pouco tempo me deixou flácida e com excesso de pele, necessitando de cirurgia plástica reparadora.

Mesmo com a nova silhueta,  eu me via ainda gorda. Tinha uma imagem distorcida de mim mesma, me achando feia. Ainda era escrava da dieta, mas num descuido engordava alguns quilinhos. Nessa fase eu já trabalhava, não tinha tempo de fazer exercícios físico, estava “magra” e não estava feliz e continuava a pensar gordo, pois adoro comer. Percebi que ser magra não era a solução para os meus problemas. Eu não era feliz comigo mesma, independente de como estivesse, magra ou gorda, o problema estava dentro de mim.

Os anos foram se passando e eu desencanei da balança. Na fase adulta aceitei que meu biotipo não era o de uma mulher magra e me conformei com meus quilinhos a mais. Neste período comecei a me interessar pelo mundo plus size. Foram 3 anos acompanhando a evolução do mercado plus, via roupas modernas, modelos e artistas se assumindo como gordinhas, fiquei tão empolgada que sempre comentava com as amigas do trabalho e em casa com minha família.  Fui incentivada por eles a fazer um book profissional. Mesmo me achando fora dos padrões de beleza, resolvi arriscar.

Amanda 8

Para minha surpresa recebi um convite para fazer um mega trabalho para a Glamur Fashion, renomada grife do Rio de Janeiro, e aceitei na hora. Quando surgem as oportunidades não podemos desperdiçá-las, e neste trabalho dei início a minha caminhada de superações. Nunca tinha usado blusa sem manga e, meninas, a coleção era primavera/verão! A experiência foi tão boa que pensei “é isso que quero pra minha vida” e percebi que através desse trabalho havia deixado para trás todos os meus complexos.

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Orientada por uma amiga, fiz a inscrição para o o concurso Miss Plus size Carioca, organizado por Eduardo Arauju.  Pensei que seria uma experiência muito legal e uma oportunidade para conhecer mulheres gordinhas como eu, que tiveram as mesmas dificuldades que as minhas. Achei que me faria bem e me surpreendi ao ser agraciada com o título.

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E olha só que Deus tem feito na minha vida! Meus sonhos não pararam por aí. Recebi o segundo título agora, o Miss Rio de Janeiro 2013 da organização de Renata Issas, e disputarei a final nacional em breve. Chego a não acreditar.

Sinto-me honrada em ser representante de um segmento onde eu realmente faço parte. Digo a vocês que depois dessas experiências hoje me vejo de outra forma. Amo minhas curvas, aceito minhas gordurinhas localizadas, celulites e estrias, não sofro mais, sei que elas fazem parte de mim, meu corpo não mudou, eu que mudei, porque TODA mudança tem que ser de dentro para forahoje consigo enxergar a tal beleza que todos sempre viam em mim. Sou muito mais feliz.

Com meu relato não estou incentivando a obesidade muito menos o sedentarismo, tenho preocupação com minha saúde, cuida da minha alimentação e faço exercícios. Quando olho no espelho vejo uma mulher segura e que sabe o que quer. Tudo que passei na maior parte da vida rejeitando, hoje me trás alegrias.”

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Simone Gutierrez emagrece 18 quilos e está escalada para nova novela da Globo

Por Renata Poskus Vaz

Saiu no site do Jornal Extra que a atriz Simone Gutierrez emagreceu 18 quilos e que também em breve ela estreiará a nova silhueta na novela “Cheias de Charme” da Rede Globo de televisão. Na mesma matéria diz que Simone, ao contrário do que pensávamos, era magra antes de viver a personagem Tracy Turnblad, do musical Hairspray, e fez uma dieta de engorda para manter 80 Kg e viver outras personagens gordinhas.

Vocês gostaram da silhueta esbelta da Simone? Comente.

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Espaço da leitora: Roberta Terra conta sobre o resultado de sua cirugia bariátrica

Roberta Terra agora (com manequim 46) e em 2009, com seu manequim 58

“Olá, meu nome é Roberta e tenho 25 anos. Fiz a cirurgia bariátrica em 18/07/2011 e eliminei 35 kg, e hoje sou uma gordinha feliz! Sim, gordinha, porque mesmo tendo eliminado uns bons kilos, ainda estou bem acima do meu peso ideal. Ideal dentro dos parâmetros do IMC, porque pra mim está perfeito assim.

Toda minha vida fui gordinha, mas até 2009 aproveitava minha vida, saía com os amigos, ria, me divertia e ficava horas em lojas experimentando roupas. Eu gostava de ser o que era, mas como quase toda mulher e adolescente, tentava dietas pra emagrecer. Eram dietas temporárias que me faziam engordar em tempo recorde assim que ela acabava.

Meu maior aumento de peso aconteceu há uns três anos, quando passei pelo momento mais difícil da minha vida. Após perder a minha irmã, fui aprovada em um concurso público em outra cidade.  Precisava continuar minha vida. Mudei e fiquei por 2 anos e meio longe de casa, dos meus pais e dos meus amigos. Hoje sei que fiz a escolha certa naquela ocasião, mas na época ficar sozinha após uma perda familiar tão grande me fez me jogar na comida. O resultado foi 25 kg a mais durante um ano.

Eu escondia toda a minha solidão e sofrimento dos meus pais. Notei que realmente essa compulsão que eu tinha pela comida era uma doença que já estava me afetando física e psicologicamente. A comida foi por um bom tempo a minha companheira numa época em que eu estava totalmente depressiva.

Em 2010, minha mãe me incentivou a fazer mais um tratamento pra emagrecer. Perdi 20 Kg, mas ao fim da dieta acabei engordando mais 10 Kg. Foi aí que me conscientizei que precisava fazer a cirurgia bariátrica. Eu estava totalmente infeliz com a minha situação e não agüentava mais viver assim. Eu sabia que precisava de uma mudança radical na minha vida.

Foi aí que comecei a pesquisar pela cirurgia bariátrica. Li tudo que pude, como seria o pré e o pós-operatório e, então, marquei minha primeira consulta com o médico que esclareceu minhas dúvidas. Também conversei com muitos que já haviam operado. No início minha mãe foi meio contrária a cirurgia. Eu até entendia o medo dela. Sei que ela não suportaria perder mais uma filha.

Confesso que tive medo de algo na cirurgia dar errado, mas o médico sempre deixou claro que o risco de acontecer algo com a cirurgia é bem menor do que o risco de acontecer algo comigo se eu continuasse daquele tamanho e com aqueles maus hábitos alimentares. Isso me tranqüilizou. Até o dia da cirurgia eu estava calma, Quando o enfermeiro pediu pra eu deitar na maca pra me levar pra sala de cirurgia, meu coração quase saiu pela boca. Fiquei muito nervosa, porque mesmo estando em ótimas mãos, eu não sabia exatamente o que me esperava. No fim, ocorreu tudo bem durante a cirurgia.

Descobri que o pior da cirurgia ainda estava por vir: a dieta líquida. Por isso, passar com psicólogos antes de operar é fundamental. Não é fácil quando você tem que enfrentar 28 dias sem mastigar absolutamente nada, quando vem de uma vida inteira vem de uma vida inteira se jogando na comida como se ela fosse a cura de todos os seus problemas. Fui bem forte e não sei como agüentei. Realmente tive que reaprender a comer, como um neném mesmo. Primeiro ingeria liquido, depois só comidas pastosas e mais molinhas, até ser liberado a chamada comida sólida, para mastigar. É uma verdadeira reeducação alimentar, onde você tem que priorizar o que vai te fazer bem.

Com a cirurgia e dependendo da técnica (a minha foi a Capella sem anel), nós ficamos mais propícios a falta de vitaminas. Então é essencial saber qual alimento escolher, e como não conseguimos comer muito, temos a vantagem que na maioria das vezes nem sobra espaço pra uma porcariazinha, rs. Mas claro que uma vez ou outra podemos comer aquilo que vem na cabeça, algumas pessoas depois de operadas não se dão bem com alguns alimentos, que em geral são carnes, comidas muito gordurosas e coisas doces. Eu não tive esse problema e não sei se é bom ou ruim. É bom porque eu posso comer o que quiser sem passar mal. Ruim porque não tenho algo que me breque pra comer a não ser única e exclusivamente o meu bom senso. Hoje eu já como tudo, só optei por não beber mais refrigerante. Estou há 8 meses sem beber e não sinto falta. Hoje, sou adepta das frutas e verduras. Também como pipoca e lanches, mas sem exagero.

Sou a favor de você se sentir bem como você é. Mas quando o seu físico prejudica a sua saúde e a sua vida, você deve procurar mudanças. Antes eu usava manequim 56/ 58.  Hoje já estou no 46 apertadinho, rs. Um dia eu chego no meu sonhado 46 folgado. Não tenho pretensão alguma de ser magra. O melhor eu já consegui, que foi aprender a comer, usar a comida a meu favor e não contra mim.

Meu próximo passo é fazer algumas cirurgias plásticas, pois com o emagrecimento muitas pelanquinhas surgiram. Antes eu não me via tão gorda e me assustei quando participei do Dia de Modelo em dezembro de 2009. Mesmo com todo empenho de todos, eu chorei ao me dar conta que estava daquele tamanho. Não me reconhecia como a gordinha de anos atrás. Em janeiro deste ano, fiz novamente o Dia de Modelo e também me assustei porque não sabia que podia ser tão bonita. Agora sim eu me reconheço como um mulherão!

 Quem quiser tirar mais dúvidas comigo sobre a cirurgia, como foi o pré e o pós, eu fico a disposição.

Roberta Terra

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